quinta-feira, 28 de maio de 2015

3 133 - O dia do meio da partida e o encontro de Mortágua

Hipólito, Monteiro, Almeida e Vicente (de pé), Garcia, Leal, Neto e Aurélio (Barbeiro), 
Cavaleiros do Norte do PELREC, no Quitexe, O alferes Garcia (2/11/1979), os 1ºs. cabos 
Almeida (28/02/2009) e Vicente (21/01/1997) e o soldado Leal (18/06/2007) já faleceram. 
Comandante Almeida e Brito (falecido a 20/06/2003) e o capitão médico Manuel 
Leal a 27 de Setembro de 1997, no encontro de Penafiel




Sábado, dia 30 de Maio de 1975, é dia de encontro dos Cavaleiros do Norte, em Mortágua. Anfitrião e organizador é o (sapador) Afonso Henriques de Sousa - que preparou programa a condizer: concentração junto à Câmara Municipal (10,30 horas), missa no Santuário do Senhor do Mundo (11,30) e «celebração» gastronómica no restaurante «A Roda».
Lá estaremos, para assinalar o dia (30 de Maio de 1974) da nossa chegada a Luanda. Há precisamente 41 anos!
Dia 28 de Maio de 1974, hoje se fazem os mesmos 41 anos, boa parte dos Cavaleiros do Norte da CCS estava no RC4 (Campo Militar de Santa Margarida) a aguardar a partida para Lisboa, de onde seguiriam, em estreia aérea, para Luanda - a bordo de um avião dos Transportes Aéreos Militares, os TAM. Adiada da véspera, para o dia seguinte.
Portugal continuava mergulhado na revolução e o Serviço de Informação Pública das Forças Amadas dava conta, em comunicado oficial, da morte de mais militares, em combate. Em Angola, a do furriel miliciano António José Duarte da Silva, de Marmelede (Monchique). E de mais um furriel miliciano e um soldado em Moçambique, respectivamente Francisco José Nunes Gonçalves, de Vale de Santiago (Odemira), e João Carlos Mota Medeiros, do Picos das Canas (Ponta Delgada). Na Guiné, a dos soldados Joaquim dos Santos Pinho, da Quinta (S. João da Madeira, e Domingos da Silva Ribeiro, do Bairro do Bosque, na Venda Nova (Oeiras). 
Em Londres, exigências dos dirigentes do PAIGC adiaram o acordo com a delegação portuguesa. Ainda não havia cessar fogo. Ambas as delegações reconheceram a dificuldade das negociações.
Um ano depois, 28 de Maio de 1975, o problema de Angola era lavado a Conselho de Ministros, em Lisboa. Em Luanda, Jonas Savimbi, presidente da UNITA, regressado de Kinshasa, admitia a hipótese de a cimeira prevista para 1 de Junho ser adiada. O dia 1 de Junho seria, como todos nos lembramos, o do início dos trágicos incidentes de Carmona.

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