Cavaleiros do Norte à mesa da messe do Quitexe. À esquerda, Cândido Pires, Victor
Velez e Miguel Peres (paraquedista), etc. À direita, Graciano Silva, José Pires,
Viegas, Francisco Neto, Rebelo (de pé), Luís Mosteias e Nelson Rocha
O furriel Viegas de férias em Nova Lisboa, com a madrinha Isolina e as suas netas Fátima e Idalina, filhas de Cecília Neves e Rafael Polido |
Setembro de 1974, para mim, foi tempo de férias. Que preferi gozar em Angola, descobrindo a imensidão das suas paisagens e a fibra e carácter das suas gentes, a vir a Portugal - onde teria o gosto e a alegria da chegada mas, depois, a tristeza de nova despedida! Não me arrependi!!!
Os primeiros dias foram vividos em Luanda, na descoberta da sua riqueza urbana e paisagística, os seus templos - os religiosos e os profanos, os turísticos! -, as suas praias e lazeres, as suas noites de feitiço, as esplanadas e os bares, os cinemas e as teenagers mais sedutoras que nos rasgavam apetites de toda a ordem. Ou as noites!!! Ai, as noites!!!...
Meu companheiro desse tempo era o Alberto Ferreira, vizinho de Fermentelos e dos bancos da escola de Águeda, por lá cabo especialista da Força Aérea - cumprindo a sua missão na Base Aérea de Luanda.
A 16 de Setembro desse 1974 da nossa memória africana, o jornal A Província de Angola (que eu religiosamente lia logo pela manhã, no «mata-nicho» da Portugália) dava conta do encontro de António Spínola com Mobutu Sese Seko e dava eco da posição do Partido Cristão Democrático de Angola, lamentando que «essas conversações tenham sido efectuadas sem prévio conhecimento dos partidos e rodeadas de sigilo, o que significa, em linguagem simples, (...) serem todos ou parte dos movimentos políticos excluídos do conhecimento do conteúdo dessas conversações».
O PCDA, considerou-se «deplorado» e reafirmou «mais uma vez que a solução dos problemas políticos angolanos incumbe unicamente à população de Angola, por intermédio dos seus partidos políticos». Que eram, segundo o seu comunicado, ele próprio (PCDA), o MPLA, a FNLA e a UNITA.
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