terça-feira, 15 de setembro de 2015

3 253 - O capitão médico Leal, 41 anos depois do Quitexe!!!...

Alferes miliciano António Albano Cruz (à esquerda) e o capitão médico miliciano Manuel 
Soares Leal, com a sua «mais que tudo», na Póvoa do Varzim, 41 anos depois do louvor 
ao militar dos Cavaleiros do Norte e Delegado de Saúde do Quitexe

O capitão Manuel Leal (de cigarro na boca) há 41
anos, no Quitexe, com os alferes milicianos António
Manuel Garcia (falecido a 02/11/1979, de acidente) e 

Jaime RP Ribeira (ambos à esquerda) e o
tenente Acácio Carreira da Luz (à direita).

A vida tem destas coisas: há 41 anos, o capitão médico miliciano Manuel Leal era louvado pelo comando do BCAV. 8423 e condecorado com a Medalha Militar Comemorativa das Campanhas do Exército Português, com a legenda ANGOLA-73-74. Agora, 41 anos depois, ocasionalmente, encontrou-se, na Póvoa do Varzim, com (o nosso alferes) António Albano Cruz.
Um, era curador de corpos (e de almas) dos bravos Cavaleiros do Norte da jornada africana do Uíge angolano - o capitão médico Leal. Outro, «curava» as viaturas do batalhão - o alferes miliciano Cruz, mecânico-auto.
Nada destas coisas são por acaso, embora ocasionais: são duas figuras notáveis dos Cavaleiros do Norte e o destino pô-los em abraço amigo na vilegiatura da Póvoa do Varzim, onde o «nosso» capitão Leal, do alto dos seus (quase) 87 anos, que fará a 3 de Outubro próximo, dá o braço à sua «mais que tudo» e multiplica os seus dias com a família.
«Foi um curto encontro, mas que deu para recordar uns bons momentos», comentou o engº. António Albano Cruz, acrescentando que «ficou a promessa de nos voltarmos a encontrar».
Também há 41 anos, mas no dia 14 de Setembro, o general António Spínola esteve reunido com Mobutu Sese Seko (presidente do Zaire), em Cabo Verde, para analisarem a situação de Angola. «Se dependesse unicamente do general Spínola, a descolonização de Angola iria muito mais depressa», disse o presidente africano, porém adiantando que «os irmãos angolanos ainda estão divididos no seio do MPLA».
O encontro de
correu na Pousada de Santa Maria, na ilha cabo-verdeana do Sal, e Mobutu considerou também que «continuamos à espera de uma frente comum». Bem esperou!!!

Um ano depois (em 1975) e já 
Notícia do Diário de Lisboa de há precisamente 40 anos,
sobre os combates que o MPLA continuava em duas  

frentes - uma a norte, outra a sul de Angola
com os Cavaleiros do Norte em Portugal, finda a sua comissão angolana, MPLA e UNITA combatiam pela posse da cidade do Luso - ambas reclamando vitória -,  e a norte, pelos lados da «nossa» Carmona, prosseguiam os combates, um deles em Duque de Bragança, onde, segundo o MPLA, citado no Diário de Lisboa, «as forças rivais bateram em retirada». 
A ofensiva, ainda citando o vespertino de Lisboa, «inseria-se na progressão das suas forças, ruo a Ambriz e Carmona, iniciada após a expulsão da FNLA da Barra do Dande».

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