quarta-feira, 7 de outubro de 2015

3 276 - Cavaleiros de Aldeia Viçosa em Salvaterra de Magos (12)

Chegada do grupo do Porto e "arredores". À frente, o atirador António Rocha 
Soares, o 1º. cabo José Maria Beato e o capitão José Manuel Cruz, Ao  fundo, 
r os 1ºs. cabos enfermeiros António Rocha e António Ferreira e 
cozinheiro Manuel Oliveira


Amigo do Teodósio, João Ribas Teodósio (mecânico 
auto), ambos de Almeirim; Adelino V. Santos (atirador) e
José Joaquim Freire (clarim)


   A


Há 41 anos, lá pelo Uíge angolano, os Cavaleiros do Norte iam adaptando o seu dia-a dia às novas realidades e, no plano operacional - já sem operações na mata!!!, o que era a melhor novidade que se poderia ter, assim se pensava... -, caracterizando-se, assim leio no Livro da Unidade, por «intensa actividade de patrulhamentos, nomeadamente orientadas para a obtenção da liberdade de itinerários».
Há 40 anos, precisamente - e com os Cavaleiros do Norte já em Portugal, depois de cumprida a sua missão... -, estava-se a 36 dias da independência de Angola e o MPLA, que controlava 12 das 16 províncias de Angola (incluindo Luanda, a capital), «preparava-se ara assumir todas as responsabilidades», como noticiava o Diário de Lisboa.
Fernando Balha Ferreira, Cavaleiro
do Norte de Aldeia Viçosa que, pela primeira
vez, participou nos encontros da 2ª.  Companhia
de Cavalaria 8423
«O MPLA declarará, quase inevitavelmente, a independência unilateral do território, que poderá ser transformado num Estado federado, com o Governo central instalado em Luanda», noticiava o Diário de Lisboa.
O que, ao tempo, não se sabia bem era qual seria a posição de Portugal, nesse quadro. S entrega do problema à ONU? Sabia-se que o MPLA e algumas forças progressistas internacionais (ligada à esquerda política) repudiava tal possibilidade. Nem sequer à OUA.
As altas patentes militares portuguesas, ao tempo, opinavam que «a FNLA e a UNITA desencadearão uma ofensiva contra as forças do MPLA, antes do acesso de Angola à independência, a 11 de Novembro». FNLA que continuava no Caxito, a 50 quilómetros a nordeste de Luanda.
Estas e outras (muitas) coisas foram lembradas no encontro dos Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV. 8433, a de Aldeia Viçosa - que se realizou a 26 de Setembro de 2015, em Salvaterra de Magos. Um encontro de reencontro de amigos, alguns dos quais não se viam vai para 40 anos. Outros há mais de 20, ou há 30, por aí...
Um deles, recorda o (furriel miliciano) António Artur Guedes, mordomo, juiz e anfitrião do encontro de Salvaterra de Magos, foi o Fernando Balha Ferreira, 1º. cabo atirador de cavalaria, que pela primeira vez participou nos convívios dos Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa.
Notícia do Diário de Lisboa de há precisamente
40 anos, sobre a situação em Angola
Comentou o Guedes que «40 anos e 15 dias depois, pois chegámos a 10 de Setembro de 1975, julgo que nenhum dos participantes o terá reconhecido de imediato». Mas, sublinhou, «a primeira pessoa que o cumprimentou foi o capitão Cruz», o comandante da Companhia.
É de ali perto (de Salvaterra de Magos), o Balha Ferrreira - de S. José da Lamarosa, em Coruche. Mas que grande e indesperdiçável oportunidade de reencontrar companheiros de um tempo tão especial das nossas vidas!!!

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