sexta-feira, 9 de outubro de 2015

3 278 - Cavaleiros de Aldeia Viçosa em Salvaterra de Magos (14)

Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa em Salvaterra de Magos, a 26 de Setembro 
de 2015: condutor Samuel Oliveira e furriéis Rafael Ramalho e António Carlos 
Letras.Atrás, o soldado padeiro Estevão Neto

O Freire e o Pisco no encontro dos
Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV. 8423,
 em Salvaterra de Magos

Um mês e um dia depois da chegada da CCS dos Cavaleiros do Norte a Lisboa, um mês depois de chegarem os companheiros de Zalala (sucedendo-se os de Aldeia Viçosa e Santa Isabel), a Portugal chegaram notícias de Carmona - a «nossa» Carmona. 
«A 33 dias da data da independência, registam-se violentos combates entre as forças do MPLA e da FNLA, que (...) tentam assegurar o controlo de novas posições», relatava o Diário de Lisboa de 9 de Outubro de 1975, que agora relemos.
Os combates registaram-se ena zona de Úcua, tão conhecida dos Cavaleiros do Norte - principalmente da 1ª. CCAV. e da 2ª. CCAV. 8423 -,  mas não haviam «notícias pormenorizadas». Todavia, referia o DL de há 40 anos, «tudo indica que a ofensiva do MPLA, rumo a Carmona, tem progredido com êxito, enquanto em Úcua a sorte da batalha foi favorável à FNLA, que teria conseguido ocupar a vila».
«Samba Caju e Aldeia Viçosa, dois pontos estratégicos das ligações rodoviárias de Carmona com o Sul, encontram-se em poder do MPLA, depois de violentos combates, que decorreram nos últimos dias», relatava o Diário de Lisboa.
Aldeia Viçosa, recordemos, era (é) a vila onde estava aquartelada a 2ª. CCAV. 8423, comandada elo capitão miliciano José Manuel Cruz e que, a 26 de Setembro deste ano de 2015, festejou os 40 anos do regresso da missão de soberania em Angola.
Este dia de memória foi farto em recordações e da afirmação, inquestionável, da nobreza da nossa missão - num tempo tão delicado da vida política portuguesa, a que os Cavaleiros do Norte emprestaram coragem e garbo, determinação e honra.
Notícia do Diário de Lisboa de 9 de
Outubro de 1975, já depois da chegada
a Portugal dos Cavaleiros do Norte
Um ano antes, era notícia a morte de militares em combate, em Angola: as dos furriéis milicianos carlos Alberto Coelho Tomé (de Abrantes) e Manuel Félix Cotovio (de Lisboa), do 1º. cabo José Manuel de Sousa Baptista (de faro) e dos soldados Manuel Francisco Marreiros de Jesus (de Lagos) e Gabriel Fernandes da Torre (de A-Ver-o-Mar, na Póvoa do Varzim). Mortos em combate.

Sem comentários:

Enviar um comentário