sábado, 10 de outubro de 2015

3 279 - Cavaleiros de Aldeia Viçosa em Salvaterra de Magos (15)

Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa no encontro de Salvaterra de 
Magos: António Soares (atirador e esposa),  José Freire (clarim), Jorge 
Capela (alferes),  João Azevedo (1º. cabo ap. morteiros), António Ferreira 
(1º. cabo enfermeiro) e Victor Vicente (1º. cabo ap. morteiros)


O casal Viegas e António Letras. Dois furriéis
milicianos de Operações Especiais (Rangers)
dos Cavaleiros do Norte nol encontro de
Salvaterra. O Viegas da CCS (no Quitexe) o Letras
da 2ª. CCAV. 8423 (a de Aldeia Viçosa)

Há 41 anos, reuniram os comandantes das Unidadesa no Comando do Sector do Uíge (CSU), em Carmona, «a diversos níveis e entre as diversas autoridades». Voltaram a reunir-se nos dias 18, 21, 25, 26 e 18 desse mesmo Outubro de 1974.
No mesmo dia 10 deste Outubro, mas no Clube do Quitexe e no âmbito das actividades de acção psicológica, iniciou-se um ciclo de rodagem de «novo filme, em toda a ZA», até 23 de Outubro - acção que, segundo o Livro da Unidade, foi «completada em actividade orientada para as populações, com a sua projecção no Quitexe, a 29 de Outubro».
Ao mesmo tempo, o presidente do MPLA afirmava que «o problema angolano tem sido objecto de múltiplas manobras mistificadoras, às quais não são alheias as potencialidades e a situação geográfica e estratégica de Angola». Agostinho Neto acrescentou que «pretender estabelecer as bases de quaisquer negociações concernentes à independência de Angola sem ter em conta a principal força nacionalista, o MPLA, constitui o mais flagrante ultraje a todos aqueles que, voluntariosamente, verteram o seu sangue e o seu suor ao longo de 13 anos de luta armada». Isso significaria «perpetuar a guerra em Angola».
Um ano depois, nas Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, o major Melo Antunes, recusando «impor soluções em África», manifestou, todavia, a sua «preocupação sobre a transferência de poderes na data da independência, atendendo à situação concreta que se vive actualmente em Angola, de verdadeira guerra civil». Estava-se a 32 dias da independência (11 de Novembro de 1975) e o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal referiu ter «grande confiança na cooperação dos Estados africanos, mormente daqueles com maiores interesses na área». 
«Portugal não quer impor soluções em
África», disse Melo Antunes na Assembleia
Geral das Nações Unidas, citado pelo Diário de
Lisboa de há precisamente 40 anos
As  particularidades (e outras) destes dois tempos da jornada africana dos Cavaleiro do Norte foram amiúde lembradas , nas conversas de 
«mata-saudades» do encontro dos companheiros da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, em Salvaterra de Magos - a 26 de Setembro de 2015. Foram tempos de grande generosidade e enorme coragem de todos os homens da guarnição - cada qual no seu posto, do combatente de arma na mão (a galgar trilhos e picadas de mil perigos e medos), à mais recuada missão de apoio, do quartel para as matas do Uíge, onde fizemos história na história do país que, então, estava para nascer!
Esta gente, toda esta gente que todos os fins de semana se reúne por Portugal fora, das muitas unidades que partiram do Portugal europeu e revivendo a a sua história de combatentes, é gente que ama Angola!!!

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