quinta-feira, 19 de novembro de 2015

3 219 - Zalala muda para Vista Alegre e Angola há 40 anos


Alberto Pimenta (mecânico), Carlos Carvalho (enfermeiro) e cunhado (de 
óculos) e  Victor Cunha  Cavaleiros de Zalala na Póvoa do Lanhoso, preparados 
para a «operação» de Geraz do Minho, a 14 de Novembro de 2015


Carlos Ferreira, 1º. cabo mecânico
de armas ligeiras, a 1ª. CCAV: 8423, a de
Zalala, já no aquartelamento de Vista Alegre


A 19 de Novembro de 1974, chegou a Vista Alegre a CCAÇ. 4145/74, que ia substituir a CCAÇ. 4145/72. Curiosamente, a 4145/74, saiu no dia seguinte e, segundo o Livro da Unidade, «permitiu o início da saída definitiva da CCAÇ. 4145/72, para Luanda, que se começou a processar a 21 de Novembro».
Há aqui qualquer coisa menos bem informada (e que nós não conseguimos esclarecer), sendo possível que logo nessa data se tenha começado a processar a rotação da 1ª.. CCAV. 8423. Na verdade, o Livro da Unidade refere que «tornando-se necessária a ocupação de Vista Alegre e Ponte do Dange, previamente teve início a rotação da 1ª. CCAV. 8423, a que completou os seus movimentos no dia 25 de Novembro, data em que assumiu a responsabilidade da sua nova ZA, ficando deste modo abandona a Fazenda Zalala». 
Notícia do Diário de Lisboa de
19 de Novembro de 1975. Em baixo, a
chamada rota dos mercenários
O 1º. cabo Carlos Alberto Ferreira, quarteleiro de armas em Zalala, contou-nos há algum tempo que uma equipa que ele integrava foi para Vista Alegre uns dias dantes. Por exclusão de partes, conclui-se que se a 25 já os Cavaleiros do Norte tinha concluído a sua rotação, é porque a iniciaram, dias antes. Porventura em fase coincidente com a chegada e saída da 4145/74 e a saída da 4145/72.
A Angola independente. um ano depois, continuava em guerra civil e, titulava o Diário de Lisboa de 19 de Dezembro de 1975, «com violentos combates nas três frentes». No Lobito, relatava o jornal, «a situação militar e considerada muito complicada». Na Quibala,  «foi detectada a presença de sul-africanos nas forças da UNITA». Na Frente Centro, «toda a região do Rio Queve é cenário de confrontações militares, com especial incidência sobre a ponte lançada sobre Nova Lisboa». Na Frente Norte, «mercenários portugueses, apoiados por unidades regulares da República do Zaire, lançaram uma ofensiva na área de Lucala, tentando abrir caminho para Luanda, a partir do Leste, como alternativa à derrota da FNLA, no Caxito, no passado dia 10».


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