sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

3 241 - Extinção da «Contra-Subversão» e 18 anos do MPLA


Grupo de furriéis milicianos no varandim do bar e messe de sargentos do 
Quitexe: Ribeiro e Fernandes (de mãos dadas), Viegas (a olhar para ambos), Belo 
(de óculos e bigode), José Lopes (tapado), Bento, Costa (morteiros) e Flora. 
À frente, Rabiço (de bigode), Graciano e Abrantes (de cachimbo) 


Furriéis de Zalala e o macaco: José
António Nascimento e Manuel Dinis Dias,
num momento de descontracção


A Comissão Local de Contras-Subversão (CLCS) do Quitexe foi extinta a 11 de Dezembro de 1974, substituída pela Comissão Local de Coordenação Civil-Militar (CLCCM). O que ia dar mais ou menos no mesmo, acrescentado do propósito da «necessidade de estreitamento das relações civil-militar e procurando uma outra feição de actuação», segundo se lê no Livro de Unidade.
A reestruturação, porém e ainda segundo o LU, tinha em conta «o clima da paz que se procura e a aceleração do processo de descolonização que se vive, impondo uma mudança radical nos hábitos dos longos anos de guerra». Assim se pensava, há 41 anos!
O Quitexe, ao tempo, acomodava a 3ª. CCAV. 8423 o melhor que podia, nas suas limitadas instalações (divididas por vários pontos da vila) e estreitavam-se, cimentadamente, os laços de camaradagem entre os Cavaleiros do Norte de Santa Isabel e da CCS,  na sede do BCAV. 8423. 
O MPLA, em Lisboa, festejava o 18º. aniversário da sua fundação e  Paulo Jorge, o seu responsável pelas Relações Exteriores, afirmava no Pavilhão dos Desportos, e convictamente, que «faremos tudo para não desiludir a confiança na força do povo angolano».
Notícia do Diário de Lisboa de 11 de Dezembro
de 1974, sobre o 18º. aniversário do MPLA,
celebrado na capital portuguesa
«O MPLA - afirmou Paulo Jorge - é a única garantia de um independência real, é a única garantia de uma revolução, é a garantia do estabelecimento de uma cooperação futura com Portugal». Cooperação essa que, e citamos o Diário de Lisboa de há precisamente 41 anos, «só terá garantias se as forças progressistas tomarem o poder, em Portugal e em Angola».
Paulo Jorge afirmou ainda que «o MPLA é uma garantia da defesa dos legítimos interesses dos portugueses e estrangeiros» que, sublinhou, «desejem colaborar nas tarefas da independência».

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