quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

3 268 - O primeiro dia, há 42 anos, dos Cavaleiros do Norte

Oficiais dos Cavaleiros do Norte, na avenida do Quitexe e em frente ao edifício do comando: alferes 
milicianos Jaime Ribeiro e António Garcia (falecido, de acidente,a  2 de Novembro de 1979) e tenentes 
Acácio Luz e João Elóy Mora (falecido a 21 de Abril de 1993, de doença) 


Três furriéis milicianos da 3ª. CAV. 8423,
Cavaleiros do Norte da Fazenda Santa Isabel: Grenha
Lopes e Agostinho Belo (atrás) e Graciano Silva 

A 7 de Janeiro de 1974, uma segunda-feira e oriundos de um pouco de todo o país, a maior parte dos futuros Cavaleiros do Norte apresentou-se no Regimento de Cavalaria 4 (o RC4), em Santa Margarida, a unidade mobilizadora do nosso Batalhão de Cavalaria 8423 - a que, já desde os últimos dias de Dezembro de 1973, estavam a chegar alguns dos futuros quadros (oficiais e sargentos). 
Furriéis de Aldeia Viçosa: Jesuíno
Pinto, José Gomes. António carlos Letras
e Amorim Martins 
Os futuros praças (soldados e 1ºs. cabos) que há 42 anos se apresentaram no Destacamento do RC4 deveriam ter participado no quarto turno de instrução especial de 1973, mas este não se realizou «por condicionalismos diversos», como assinala o Livro de Unidade. Nesse dia de há 42 anos, conheceram o tenente-coronel Almeida e Brito (comandante do BCAV. 8423) e parte dos oficiais - nomeadamente os milicianos e os comandantes de companhia: os capitães António Oliveira (da CCS), Castro Dias (1ª. CCAV.), José Manuel Cruz (2ª. CCAV.) e José Paulo Fernandes (3ª. CCAV.). 
Um ano depois, em vésperas do início (dia 10) da cimeira inter-movimentos, não se confirmava a chegada de Agostinho Neto a Lisboa, «ou de qualquer outro destacado dirigente» do MPLA. Viana do Castelo, à data, era o local indicado para local da cimeira. Ofir, era outra probabilidade mas, como se sabe, viria a ser no Alvor (Algarve).
Furriéis de Zalala, da 1ª. CCAV. 8423: Américo
Rodrigues, Eusébio Martins, Jorge Barata (falecido a
10 de Outubro de 1997) e Plácido Queirós
O dia 7 foi também tempo para se saber que Jonas Savimbi, presidente da UNITA e na véspera, se encontrou com Leopold Senghor. líder do Senegal. E que, noticiava o Diário de Lisboa, «começou a desmembrar-se a Facção Chipenda» e que, em Serpa Pinto, «60 elementos aderiram ao MPLA». Em Nova Lisboa, «milhares de pessoas participaram no comício da FNLA», presidido por Hendrik Vaal Neto, com «uma mensagem de paz do presidente Holden Roberto». A FLEC insistia na independência do Enclave de Cabinda e, em Kinshasa, um seu comunicado referia que «o acordo de Mombaça (...) só diz respeito ao território de Angola».
Um ano depois,  a imprensa dava conta que «a FNLA encontra-se derrotada no seu próprio campo - o norte». E que a UNITA «forçada a uma dispersão de forças a leste, centro e sudoeste não parece  estar em condições de resistir muito tempo, sobretudo se se vir privada do auxílio do seu principal aliado, a África do Sul»

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