quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

3 289 - Comandante no Sector e Savimbi em Nova Lisboa

A chegada de Jonas Savimbi, presidente da UNITA, a Nova Lisboa (Huambo), 
a 27 de Janeiro de 1975, terá envolvido meio milhão de pessoas. A foto é 
do jornal A Província de Angola, de 28 de Janeiro desse ano


O furriel António Artur Guedes e família
no 1º. Encontro dos Cavaleiros do Norte, 

em Águeda, a 9 de Setembro de 1995. 
Na foto de baixo, o Rodrigo  Manteigas, 1º. 
cabo clarim da 1ª. CCAV. 8423, GNR 
aposentado, de Idanha a Nova? E o 
outro, quem o identifica?
A 28 de Janeiro de 1975, o comandante Almeida e Brito voltou ao Comando do Sector do Uíge (CSU) para mais uma jornada de «estabelecimento de contactos operacionais», acompanhado do oficial adjunto - o capitão José Paulo Falcão.
Ao tempo, recordemos, era «murmurada uma nova remodelação do dispositivo, na qual o BCAV. 8423 iria sediar-se em Carmona», no BC12 - que «desde 1961 guarnecera a capital do distrito do Uíge» e, como se lê no Outubro da Unidade, «iria ser extinto». O que se veio a confirmar no dia 2 de Fevereiro desse mesmo 1975, quando para lá foi a CCS dos Cavaleiros do Norte.
O dia era terça-feira e soube-se que o jornalista António Cardoso tinha sido libertado pela FNLA, na véspera, «a pedido da UNITA», como reportava o Diário de Lisboa, «uma vez que os trabalhadores da Emissora Oficial de Angola se recusavam a fazer a cobertura da chegada de Jonas Savimbi a Nova Lisboa». Foi entregue «muito combalido, ao comando da Região Militar de Angola»
Savimbi chegou a Nova Lisboa a 27 de Janeiro de 1975 e o DL reporta(va) que «foi ovacionado por uma enorme multidão, que alguns jornalistas calculam em meio milhão de pessoas». O DL, a rematar esta notícia, dava conta que «continua a verificar-se, de resto, um nítido parcialismo da imprensa angolana, em favor da FNLA e da UNITA e em prejuízo do MPLA».
A FNLA,  por sua vez e em comunicado a partir de Kinshasa, denunciava «a presença em Luanda de perigosos agitadores a soldo do imperialismo internacional», que, frisava o DL, «não pertenceriam a qualquer dos três movimentos de libertação e teriam tomado conta da Emissora Oficial de Angola».


1 comentário:

  1. Ontem ao ler o post, escrevi um comentário, mas ter-me-ei esquecido de carregar no "publicar".
    Aí vi ele de novo: Na fotografia de baixo, reconheço o companheiro da direita, de óculos, é ele Rodrigo António do Carmo Manteigas, ex- 1º cabo clarim, juntou-se à 1ª CCav, já em Angola. É de Idanha-a-Nova, onde reside, aposentado da GNR e nasceu a 05-03-1952. A senhora parece-me ser a esposa.

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