segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

3 293 - Cavaleiros lá pelo norte e Governo em Luanda

O Governo de Transição de Angola tomou posse a 31 de Janeiro de 1975, 
ontem se completaram 41 anos. Posse conferida por Almeida Santos, ministro 
português da Coordenação Inter-Territorial


Encontro de Águeda, a 9 de Setembro de 1995.
O Alfredo Coelho (Buraquinho) e o Moreira (?),
na imagem da esquerda. O furriel António Cruz
e o Buraquinho, na da direita


O Governo de Transição de Angola foi «saudado por mais de 5000 manifestantes, junto do Palácio do Governo». Agitavam bandeiras dos três movimentos de libertação e «gritavam com um brado uníssono de glória, glória», quer aos governantes quer ao Alto Comissário Português, quando assomaram às varandas do Palácio e como relata o Diário de Lisboa do dia seguinte - 1 de Fevereiro de 1975.
Antes, tinham guardado um minuto de silêncio «em memória dos angolanos que tombaram de armas na mão durante os 13 anos de luta pela independência». 
«A máscara do colonialismo caiu (...).  Está definitivamente enterrado o tempo em que das varandas dos palácios coloniais, erguidos com o trabalho forçado do nosso povo, os sorriso do ouro e os gestos da abastança procurava, disfarçar a fome, a usurpação e o genocídio», disse Manuel Rui Monteiro, o Ministro da Informação.
O Alto Comissário Português, por seu lado, reafirmou que o MPLA, a FNLA e a UNITA «são os únicos legítimos representantes do povo angolano» e, citamos o DL, «desenhou o enquadramento político e histórico do Governo de Transição», do qual, sublinhou Silva Cardoso, «angolanos e portugueses esperam capacidade para conduzir Angola à independência, num clima de paz, justiça e respeito mútuo».
Posse do Governo de Transição: o Alto-Comissário
Silva Cardoso (de perfil), Lúcio Lara (MPLA, de
fato claro), Johnny Eduardo (FNLA) e José N´Dele
 (UNITA, de fato e gravata). À direita, Almeida Santos
O Ministro Almeida Santos, da Coordenação Inter-Territorial, por sua vez, afirmou que «o acordo da Penina (do Alvor) será o que os angolanos quiserem que ele seja: a Constituição de Angola ou um simples papel tornado letra morta»
Os Cavaleiros do Norte, lá pela sua ZA uíjana, continuavam expectantes e mantendo a sua actividade normal. Porém, como se lê no Livro da Unidade, «muito limitada, por grande falta de meios humanos». E, de resto, «quase só conduzida ao longo do alcatrão, em constantes patrulhamentos, apeados e auto, através dos quais se garante a nossa presença e a liberdade de itinerário».
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