terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

3294 - Comício em Aldeia Viçosa e reconhecimento de Angola

O comandante Bundula, da FNLA (à direita), seguido do capitão José Manuel Cruz (comandante da 
2ª. CCAV.), um combatente da FNLA e do capitão José Paulo Fernandes (comandante ~
da 3ª. CCAV., com a mão na boca), em Aldeia Viçosa


Os furriéis milicianos António Carlos Letras e
António Cruz (e esposa) em  1998, 9 de Setembro, em
Águeda. Ambos da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa

A 2 de Fevereiro de 1975, realizou-se um comício da FNLA em Aldeia Viçosa, de  novo havendo memória de incidentes. Poderá ter sido neste dia que os capitães milicianos José Manuel Cruz e José Paulo Fernandes, respectivamente, comandantes da 2ª. CCAV. 8423 e da 3ª. CCAV. 8423 - se acharam com o comandante Bundula.
O Livro da Unidade regista
O 1º. cabo Alfredo Coelho (o
Buraquinho) e o Joaquim Moreira,
enfermeiro (de pé), ambos da CCS.
E o 1º cabo enfermeiro António 
G. Rocha, da 2ª. CCAV. 8423
«incidentes entre FNLA e MPLA, rapidamente sanados pelas NT», o que deixa entender que não devem ter sido de grande monta. Havia, de resto, já algum cadastro de experiência nestes casos, desde as anteriores «situações de atrito», sendo a de 26 de Janeiro «a  mais grave», aquando da abertura da delegação da FNLA naquela localidade. Então, os dois movimentos pretenderam fazer um comício conjunto, mas «não conseguiram entendimento».
Na ordem do dia estava o Governo de Transição, empossado a 31 de Janeiro desse ano de 1975 e sobre o qual «caíam» grandes expectativas.Um ano depois, com Angola independente desde 11 de Novembro de 1975, «círculos governamentais angolanos, embora mantendo-se na expectativa, não escondem um certo optimismo face às recentes notícias divulgadas em Lisboa, sobre o próximo reconhecimento da República Popular de Angola pelo Estado Português». 
Os jornais diários, a rádio e a televisão oficiais angolanos, e citamos o Diário de Lisboa de 2 de Fevereiro de 1976, «desde há vários dias (...) que cessaram a publicação de quaisquer noticias que hostilizem, ou desfavoreçam as autoridades portuguesas». A esta posição, reportava o DL, «não devam ser alheias recomendações governamentais sobre o assunto».

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