sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

3 297 - Mosteias morreu há 3 anos! Agostinho Neto em Luanda!

Furriéis milicianos Viegas e Luís Mosteias, falecido há 3 anos, no dia 5 de Fevereiro de 2013. 
Imagem captada em 1974, no varandim da Casa dos Furriéis do Quitexe


O furriel Luís Mosteias em
Águeda, a 9 de Setembro de 1995

O Mosteias faleceu há 3 anos mas a memória não deixa esquecer, não pode!!!, um companheiro maior, que na nossa jornada africana do Uíge Angolano se afirmou sempre como homem solidário e presente, dado de mãos e de alma a todos quantos por lá foram parte da história do país novo que então nascia. 
O Mosteias, o Luís João Ramalho Mosteias, era furriel miliciano sapador mas a sua presença era transversal ao universo humano dos Cavaleiros do Norte aquartelados no Quitexe da nossa saudade. Houvesse um serviço ou uma falta a cobrir, um combate de ideias ou uma discussão mais acesa, uma luta a assumir, um problema a resolver, lá estaria o Mosteias a comungar o que fosse, a partilhar a sua generosa solidariedade, sempre cúmplice do irmão Cavaleiro do Norte.
Mosteias e o seu primeiro filho, Luís
João, nascido a 21 de Setembro de 1974,
quando jornadeávamos pelo Quitexe
A saúde traiu-o em finais de 2012, mas foi forte até ao fim da sua luta contra o inimigo invisível. Faleceu há três anos e hoje aqui o recordamos com saudade! Até um dia destes, grande Mosteias!!!
Há 41 anos, dia 5 de Fevereiro de 1975, o comandante Almeida e Brito deslocou-se ao Songo e lá, no  quartel do BCAÇ. 5015, participou na reunião de comandos do Comando do Sector do Uíge (CSU) - por sinal, a última. Nesse dia, a escolta foi assegurada por um grupo do PELREC  - que eu próprio integrava, com o alferes António Garcia, que, julgo bem, lá participou na reunião de delegados do MFA.
Agostinho Neto chegara na véspera a Luanda e, segundo o Diário de Lisboa, «uma multidão de mais de 300 000 pessoas o vitoriou». Foi da varanda do aeroporto e depois de se encontrar com a mãe e familiares que o presidente do MPLA afirmou que «temos de fazer que o nosso povo se sinta realmente dono do nosso país». Acrescentou: «Que seja livre. Que a unidade e a democracia não sejam palavras que nós só pronunciamos, que só estejam presentes diante do microfone, mas que sejam os ideais que nós, na realidade, defendemos».
Chegada de Agostinho Neto a Luanda,
a 5 de Fevereiro de 1975
«Hoje, dia 4 de Fevereiro, estamos a comemorar o início da luta armada para a libertação do nosso país. Esta luta voa precedida de várias outras lutas, tanto no plano legal como no plano clandestino, por aquela que culminou com a acção do nosso povo vitorioso pela sua independência», afirmou Agostinho Neto.
Sobre os incidentes de S. Paulo foram conhecidos nomes de algumas das vítimas, entre elas o capitão miliciano Ramiro José Amaro de Azevedo Pinheiro e o alferes miliciano José Domingos dos Santos. Em estado grave, ficou o capitão miliciano Manuel Guilherme de Carvalho Figueiredo.
Falecidos: sargento Álvaro Lopes (FNLA) e os civis Joaquim Dulo, Afonso Figueiredo, Kianguili Kalena e José Alberto Carvalho Silva. 
Entretanto, relatava o Diário de Lisboa, «a calma parecer ter retornado à cidade». Ainda bem!!!
- A MORTE DO AMIGO MOSTEIA. Ver AQUI
- MOSTEIAS. Luís João Ramalho Mosteias foi furriel miliciano
sapador, da CCS do Batalhão de Cavalaria 8423 - os Cavaleiros 
do Norte. Natural de Cabeção (Mora), viveu em Lisboa, no 
Montijo (a sua terra de afeição) e Vila Nova de Santo André, 
onde trabalhava e residia. Faleceu a 5 de Fevereiro de 
2013, no Hospital do Litoral Alentejano.o.

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