sábado, 19 de março de 2016

3 340 - Clima de paz em Carmona e FNLA a...ganhar eleições

Cavaleiros do Norte de Zalala, como furriel miliciano Manuel Dinis Dias em destaque, faria hoje 64 anos 
mas faleceu a 20 de Outubro de 2011, em Lisboa e vítima de doença. Atrás, Rocha (?), Espinho (?), Fião, 
Romão, Tarciso, Aprumado, Mora, Mamarracho e Pereira. À frente, Azevedo, Rego, Orlando Oliveira (?), 
Lopes, Dorindo e Manel Dinis Dias

Alferes Carlos Silva, da 3ª. CCAV. 8423
A actividade operacional do BCAV. 8423, aquartelado em Carmona desde 2 de Março de 1975 - e já íamos no dia 19! -, caracterizou-se, entre outros pontos de relevante interesse (que tinham a ver, principalmente, com a segurança de pessoas e bens, actividade muito discreta mas eficiente, se bem que pouco valorizada pela população), caracterizou-se por intensos contactos com os dirigentes dos movimentos. Eram diários e, como refere o Livro da Unidade, verificava-se «uma boa aceitação das medidas militares tomadas», de tal modo que «têm sido a origem do clima de paz que se vive no distrito». 
A paz na ZA dos Cavaleiros do Norte (o enorme Uíge angolano...) era real, de verdade, embora à custa do enormíssimo esforço da guarnição. Nunca regateado, mas que se multiplicava no dia-a-dia, noite-a-noite, enfrentando as dificuldades que medravam mas que não se equivaliam às vividas em outras regiões e cidades da imensa Angola.
Notícia do Diário de Lisboa de 19/03/1975

A19 de Março de 1975, Holden Roberto, presidente da FNLA, afirmava em Kinshasa (Zaire), peremptoriamente e sobre os incidentes que se iam sucedendo em Angola, que «temos um exército disciplinado e poderoso (...) composto dos filhos do povo, que combateram as forças colonialistas durante 14 anos».
O líder da FNLA concedera uma entrevista ao Diário de Luanda, citada pela ANI, e aproveitou para  sublinhar que o seu movimento se implantara «em todas as camadas populacionais com um sucesso que ultrapassa as previsões». De tal modo que, acrescentou, «estenderemos, nos próximos meses, a nossa audiência por todo o país».
«O nosso objectivo é ganhar as eleições», frisou Holden Roberto, precisando que depois delas «analisaremos os resultados e precisaremos, depois, a nossa posição (...), não sendo contra a formação de um governo de união nacional», tudo dependendo, porém, «das nossas relações com os outros partidos».





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