quarta-feira, 23 de março de 2016

3 344 - Adeus de Hermida e Farinhas, futebol em Carmona!

O alferes José Leonel Hermida e a esposa Graciete, no Quitexe. A seguir, o casal
 Margarida e alferes Cruz e a esposa do tenente Mora (em frente). Aqui, à esquerda 
e de cigarro na mão, o sargento ajudante Machado, o neto e filha do capitão 
Oliveira, NN, esposa do capitão Oliveira, NN, e tenente Mora. Atrás, sentados, 
o capitão José Paulo Fernandes, furriel Reino, comandante Almeida e Brito, 
Armando Mendes da Silva (3ª. CCAV.) e capitães José Paulo Falcão (meio 
encoberto) e António Oliveira


O furriel Joaquim Farinhas e
as suas leituras, na messe de Carmona,
há precisamente 41 anos! Faleceu a
14 de Julho de 2005, em Amarante

O mês de Março de 1975 foi tempo de saída do alferes miliciano José Leonel Hermida (transmissões) e do furriel miliciano Joaquim Farinhas (sapadores), ambos da CCS dos Cavaleiros do Norte. A ordem de serviço nº. 69 deu conta dos motivos (disciplinares) que os levaram a sair do Batalhão de Cavalaria 8423.
O alferes Hermida acumulava com as funções de oficial de acção psicológica e sua esposa, a dra. Graciete, foi professora primária numa das sanzalas do Quitexe. Actualmente, reside na Figueira da Foz - depois de uma carreira dedicada ao ensino, de que é aposentado, como professor de Física e Matemática. Tem formação académica na área da engenharia e goza os prazeres da reforma com a sua «mais-que-tudo» de sempre: a dra. Graciete. Saído dos Cavaleiros do Norte, esteve algum tempo no Songo e Luanda, antes de, já em Maio de 1975, estar colocado em Nova Lisboa. Daqui, e depois de alguns conturbados incidentes envolvendo os movimentos de libertação, ainda esteve no Luso, no leste angolano, onde, como nos contou, ainda passou mais momentos - no período final da soberania portuguesa 
O Farinhas, de volta a Portugal, esteve algum tempo emigrado nos Estados Unidos e, mais tarde, fez carreira na Guarda Florestal. Infelizmente e vítima de doença, faleceu a 14 de Julho de 2005,  na sua Amarante natal. Pelo Quitexe, foi companheiro de fartas e discordantes conversas, que algumas vezes politicamente se estremaram. Tinha as suas ideias, pouco coincidentes com as da maioria (politicamente impreparada) dos frequentadores da nesse e bar dos sargentos, mas isso não afastou sensibilidades ou camaradagem. Era um bom companheiro!
Campo do Futebol Clube do Uíge, na saída
de Carmona para Quitexe e Luanda e visto da messe
de oficiais do bairro Montanha Pinto .
Foto de Jorge Oliveira (1973)
A 23 de Março de 1975, um domingo, hoje se passam 41 anos, pode ter sido o dia de alguns problemas no campo do Futebol Clube do Uíge, à saída de Carmona para o Quitexe - onde decorreu um dérbi local e aconteceram alguns incidentes, que levaram a PM a interromper o jogo (logo recomeçado). Foi dia de correio e, chegado este e distribuído no BC12, releio o aerograma do Alberto Ferreira (que estava na base Aérea de Luanda), dando conta do pasto de saias que, por lá lhe (e nos) endrominava o juízo e o desejo. De Portugal, chegaram recados de saudades, lidos e relidos de um fôlego - e mais tarde mais atentamente, saboreando o gosto das palavras de incentivo que nos chegavam!!!
Há 41 anos!!!


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