quinta-feira, 28 de abril de 2016

3 380 - Comandante no Quitexe, Savimbi, Cruz e Viegas em Luanda

Grenha Lopes (que amanhã comemora 64 anos), Viegas, António 
Fernandes (de bigode) e Delmiro Ribeiro (de óculos): quatro furriéis 
Cavaleiros do Norte à porta da Casa dos Furriéis, no Quitexe


Campo  Militar de Santa Margarida. O RC4 (assinalado
no hexágono amarelo), a capela (seta) e o Destacamento
onde, há precisamente anos, estava o BCAV. 8423.
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Os dias de Abril de 1975 iam passando, Luanda fervia em boatos e incidentes, desentendiam-se os movimentos e Jonas Savimbi, presidente da UNITA - ali chegado dois dias antes, no sábado (estávamos na 2ª.-feira, dia 28) - reafirmava a sua disponibilidade para a cimeira entre os três movimentos.
Savimbi fora «recebido no aeroporto de Luanda por uma multidão entusiástica e ruidosa»,  porém (e ainda bem) «não se tendo registado quaisquer distúrbios». Manifestou «todo o apoio ao Governo de Transição» e sublinhou que «é imperioso que os três movimentos de libertação coexistiam pacificamente». Quanto à cimeira, «poderia realizar-se em Angola ou no estrangeiro», acrescentando Jonas Savimbi «ter a certeza que ela reduziria a tensão entre os movimentos de libertação». Referiu, também ter estado com Agostinho Neto em Lusaka, mas recusou-se a comentar a reunião.
O comandante Almeida e Brito e o capitão
José Paulo Falcão no Encontro de Águeda, a 9
de Setembro de 1995, 20 anos depois do
regresso de Angola
O dia, pelas bandas do Uíge, foi de visita do com,andante Almeida e Brito à 3. CCAV. 8423, ao tempo ainda no Quitexe - o nosso saudoso Quitexe. Tinha lá estado dois dias antes (a 26 de Abril), nesta altura fazendo-se acompanhar do oficial adjunto - o capitão José Paulo Falcão.
Um ano antes e por terras de Santa Margarida, o BCAV. 8423, que se havia preparado para fazer o IAO (Instrução Altamente Operacional, ou Instrução de Adaptação Operacional) nem sequer o começou - devido ao 25 de Abril.  «A instrução foi novamente interrompida, face ao Movimento das Forças Armadas», relata o Livro da Unidade. 
A mobilização, essa era certo ser para Angola, muito embora «desconhecendo-se ainda o local do destino na RMA». Todavia, «foram marcadas as datas de embarque do batalhão, para fins de Maio, princípios de Junho», como assinala o Livro da Unidade.

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