quarta-feira, 8 de junho de 2016

3 421 - Cavaleiros da CCS em Custóias e mais calma em Carmona

Cavaleiros do Norte da CCS em Custóias: António José Cruz
(furriel), 

Luís Oliveira (1º. cabo de transmissões), José Pires (furriel), 
António 
Gonçalves (condutor) e António Albano Cruz (alferes)
Alfredo Coelho (o Buraquinho, da organização) e (o
alferes) António Albano Cruz. Atrás, o capitão
Acácio Luz (encoberto) e esposa

O encontro da CCS dos Cavaleiros do Norte foi na Igreja de Custóias, onde foi celebrada missa e se fez a evocação dos companheiros que já partiram e estão na nossa imorredoura saudade. O momento de memória foi na leitura do (furriel) Manuel Machado, tocando na sensibilidade de todos.
O convívio foi na Maia, e incluiu dança (até de ventre) muito aplaudido - não sobrando fartos sorrisos dos sexYgenários Cavaleiros, que nem os olhares mais severos das suas amazonas perturbaram. Partiu-se o bolo
João Monteiro (o 1º. cabo Gasolinas) e o (furriel)
Neto, certamente a falarem de pesca e caça.
À direita, de óculos, o clarim José Caetano. À 

esquerda, o furriel Cruz e o 1º. cabo Oliveira
e houve oratórias emotivas. O (alferes) Cruz, depois de enfatizar «estes momentos de felicidade» - os que se vivia, no coração e mediam nos olhos dos Cavaleiros do Norte -, sugeriu, apelando, que «mandem notícias para o blog, notícias da família, os casamentos dos filhos, os baptizados dos netos, os momentos bons das famílias, para que a família dos Cavaleiros do Norte seja cada vez maior e mais feliz».
Isto foi (parte) do encontro da CCS, de 2016 - em Custóias e Maia, com organização de Alfredo Coelho (o 1º. cabo Buraquinho), Miguel Teixeira (1º. cabo escriturário) e Joaquim Celestino da Silva (condutor). Amanhã, dele voltaremos a falar. Há 41 anos, a 8 de Junho de 1975, a cidade de Carmona acalmava os seus dias, mas a FNLA acusava a actuação das NT (os Cavaleiros do Norte) de «discricionária e partidária». 
O Livro da Unidade dá conta que disso «resultou um período seriamente preocupante para o BCAV.». Porém, e felizmente, ultrapassado quando o Exército de Libertação Nacional de Angola (ELNA, da FNLA), que expulsara o MPLA, reconsiderou a posição da força militar portuguesa e, por consequência disso, «acabou por se colmatar as desinteligências existentes e novamente se reiniciou a calma no distrito». O distrito do Uíge. 
Luanda, a capital, é que acordou na manhã da véspera (dia 7) com «tiroteio e rebentamento de morteiros e bazucas», depois de «uma sensível melhoria durante a noite» e após a leitura, na rádio e pouco depois da meia noite, de um comunicado dos três movimentos, a «decretar o cessar fogo».
Dança oriental sénior no encontro da CCS de
Custóias e Maia, a 4 de Junho de 2016.

Um momento bonito!
Os incidentes ocorreram principalmente nas avenidas do Brasil (onde se situava uma delegação da FNLA) e dos Combatentes (uma da UNITA) e Vila Alice (quartel-general do MPLA) e bairros Marçal, Lixeira e Cuca. O Diário de Lisboa dava conta que «de acordo com os números fornecidos pelos hospitais (...) já haveria mais de 40 mortos e 100 feridos». Não se contavam, naturalmente, as vítimas que não chegavam aos hospitais. Morreram dois soldados portugueses.
O 8 de Junho de 1975 foi domingo e Carmona e o Uíge faziam o necessário balanço dos dias de combates que tinham começado uma semana antes, um outro domingo - os dias de «o grave conflito armado entre os movimentos de libertação, através das suas forças ELNA e FAPLA, os quais atingiram todas as vilas do distrito, onde tais forças existiam», como se lê no Livro da Unidade.
Felizmente, sem feridos ou vítimas mortais entre as NT - o Batalhão de Cavalaria 8423, os Cavaleiros do Norte!

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