sábado, 16 de julho de 2016

3 459 - Cavaleiros de Aldeia Viçosa operacionais em Carmona


O grupo de combate do alferes Domingos Carvalho (primeiro, da 
esquerda) foi em diligência para Carmona, a 16 de Julho de 1974. Há 
42 anos! A imagem inclui o capitão José Manuel Cruz e os alferes 
António Albano Cruz e João Periquito (de pé) e Jorge Capela (em baixo) 

Os alferes António Albano Cruz e Mário Jorge
de Sousa de jeep e à saída da Fazenda de Zalala
A 16 de Julho de 1974 - hoje se passam 42 anos -, o grupo de combate comandado pelo alferes miliciano Domingos Carvalho de Sousa, atirador de Cavalaria da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, foi «cedido ao Comando do Sector do Uíge (CSU), para patrulhamentos na área suburbana de Carmona». Necessidades operacionais tanto exigiam e para lá foi o GC da Companhia do capitão miliciano José Manuel Cruz.
Notícia do Diário de Lisboa de 16 de Julho de
1974, há 42 anos, sobre a situação em Angola
A decisão decorria da alguma instabilidade que se previa, refere o Livro da Unidade que «na sequência dos acontecimento de Luanda». Luanda onde o Governador Geral e Comandante-Chefe das Forças Armadas, o general Silvino Silvério Marques, era acusado pelos movimentos, jornais e alguma população (principalmente a africana) de «excessiva brandura, ou mesmo complacência, em relação aos movimentos extremistas de direita».
O jornal «A Província de Angola», na pena do jornalista Bobela da Mota, lembrava vários aspectos do seu mandato e ironizava sobre o mandato do general, enquanto governador do tempo de Salazar. No geral, as autoridades civis e militares (portuguesas) eram acusadas de, seguindo o Diário de Lisboa de 16 de Julho de 1975, «terem contribuído muitíssimo para os acontecimentos decorridos em Luanda» - que, sumariamente, aqui temos relatado. Acusadas também de «ausência de capacidade de previsão e falta de espírito de decisão».
Um ano antes, precisamente a 16 de Julho de 1973 - hoje se fazem 43 anos... -, um grupo de futuros Cavaleiros do Norte iniciou em Lamego o seu curso de Operações Especiais (Rangers), frequentando o 2º. Turno de Instrução do Centro de Instrução de Operações Especiais (CIOE).
Apresentaram-se no quartel da cidade e «marcharam» para o aquartelamento de instrução, em Penude, os então cadetes e futuros alferes milicianos:
Alferes Garcia e furriel Viegas, 2 Cavaleiros do
Norte que há 43 anos iniciaram o curso
de Operações Especias (Rangers) em Lamego
- CCS, a do Quitexe: António Manuel Garcia, natural de Pombal de Ansiães, em Carrazeda de Ansiães. Faleceu a 2 de Novembro de 1979, vítima de acidente e ao serviço da Polícia Judiciária
- 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala: Mário Jorge de Sousa Correia de Sousa. Natural de Lisboa (Calçada da Lavra, na freguesia de S. José), mora(rá) em Alfena, em Valongo.
- 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa: João Francisco Pereira Machado. Natural de Lisboa (S. Sebastião da Pedreira) e residente na Amadora, é aposentado da administração fiscal. 
- 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel: Augusto Rodrigues. Natural de Vouzela e ao tempo residente em Lisboa (avenida dos Estados Unidos). Aposentado da função pública (Instituto de Meteorologia), mora em Lisboa.
- E os instruendos e futuros furriéis milicianos:
- CCS, a do Quitexe: José Augusto Guedes Monteiro. Natural de Fornos, em Marco de Canaveses, mora em Paredes e é aposentado dos Transportes Colectivos do Porto. - Celestino José Pinheiro Morais Viegas, natural e residente em Ois da Ribeira, em Águeda. - José Francisco Rodrigues Neto, empresário, residente em Águeda.
- 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala: Manuel Moreira Pinto. Empresário do ramo automóvel, natural de Penafiel e residente em Paredes.
- 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa: António Carlos Dias Letras. Natural de Setúbal, reside em Palmela e é empresário aposentado.
- 3ª. CCAV. 8423, a de Zalala: Armindo Henriques Reino, do Sabugal. Foi do curso seguinte e é aposentado da GNR.

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