domingo, 21 de agosto de 2016

3 495 - Cavaleiros no Grafanil e FNLA no Quifangondo !

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Cavaleiros do Norte 1ª. CCAV. 8423, a da fazenda Zalala, na gruta 
do Quijoão, em 1974: furriéis milicianos Victor Costa, José Louro (?) e 
José António Nascimento


Peixoto, Neto e Viegas: trio musical
de furriéis milicianos no Quitexe


A 21 de Agosto de 1975, uma quinta-feira, especulava-se em Luanda que nesse mesmo dia se realizaria uma cimeira entre dirigentes do MPLA e da UNITA - que poderia ser no Lobito ou mesmo na capital angolana. Mas, ao certo nada se sabia, nem mesmo se conheciam os resultados de um encontro da UNITA, que na véspera teria decorrido em Silva Porto.
Notícia do Diário de Lisboa de 21 de Agosto de 1975
O Diário de Lisboa desse dia, de que nos socorremos, dava conta que «a situação militar em Luanda, ontem, não sofreu grandes alterações», mas, acrescentava, «há pelo menos a registar alguns incidentes originadas pela presença de força de fuzileiros em serviço de segurança no porto de Luanda» - onde se registavam greves atrás de greves, que punham em perigo a fragilizada economia angolana.
Os Cavaleiros do Norte continuavam aquartelados no BIA, ao Grafanil, e muito embora fossem «unidade de reserva» de Angola, a verdade é que não interviam no dia a dia. O que competia a outras unidades, ora do exército, ora da aviação ou da marinha.
Luanda aparentava essa calma, mas a intervenção do MPLA no porto levou a novas greves do pessoal e nova paralização, numa altura em que a cidade (e o país) estava(m) carentes de abastecimentos. E havia fala de bens de primeira necessidade.
A FNLA  não esmorecera o seu plano de conquista da capital e, estacionada no Caxito, chegara a avançar até Quifangondo, onde foi rechaçada pelas forças do MPLA e obrigada a recuar 15 quilómetros. Mantinha-se a situação do Caxito e no Lobito «a noite foi calma e a vida tende a voltar à normalidade», relatava o Diário de Lisboa, acrescentando, relativamente a Salazar, que «a zona de confronto situa-se entre Banda e Cacuso».

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