terça-feira, 27 de setembro de 2016

3 532 - Cavaleiros de Aldeia Viçosa confraternizaram em Guimarães

Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, em Guimarães. 
Este ano, apareceu um novo conviva: o «cripto» Alberto Marques, de Gaia

Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV. 8423 que, por uma
razão ou outra, não estiveram no encontro de Guimarães:
os furriéis milicianos António Rebelo (vimaranense),
Amorim Martins. Abel Mourato e Mário Matos

A 2ª. CCAV. 8423, a dos Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa, esteve reunida em Guimarães, a 24 de Setembro de 2016 e pela 16ª. vez, com uma novidade: uma rábula que evocou uma ocorrência em dias próximos do Natal de 1974, lá pelas terras do Uíge, quando houve um «desvio» de produtos recolhidos no aquartelamento, no sequência de  um acidente de uma viatura de uma coluna de MVL. 
 O furriel Rafael Ramalho e o 1º. cabo José Maria
Beato, organizadores permanentes dos encontros da 2ª.
CCAV. 8423. Este ano, com o furriel Freitas Ferreira
A bela surpresa foi proporcionada pelo furriel Freitas Ferreira, vimaranense e responsável pela logística do encontro. A interpretação foi de dois actores locais, durante o repasto e muito aplaudida. O programa começou na concentração no campo de S. Mamede, junto ao Castelo de Guimarães - onde D. Afonso Henriques se pôs em armas contra a mãe, na batalha do mesmo nome. Aqui se fixou da imagem que a posteridade guardará: a foto do grupo.
A imagem mostra, logo na frente e da esquerda para a direita, Oliveira, furriel Freitas Ferreira, capitão José Manuel Cruz, 1º. cabo José Maria Beato (rádiotelegrafista), Manuel Almeida e Manuel Oliveira (cozinheiros, este de bengala). Na segunda fila: Samuel Oliveira (condutor), Joaquim Verde, furriel António Carlos Letras, 1º. cabo Leonel Sebastião (mecânico-auto), 1º. cabo José Joaquim Freire (clarim), alferes Jorge Manuel Capela (de t-shirt branca), António Venâncio, Joaquim Morgucha Grave (mecânico-auto), 1º. cabo João Inácio (apontador de morteiros, de mão na cabeça), João Oliveira (condutor) e Carlos Quaresma (atrás do Oliveira). Mais atrás: 1º. cabo Alberto Marques (cripto, de mão no queixo), alferes João Francisco Machado (camisola preta nos ombros), 1º. cabo João Azevedo (de verde, apontador de morteiros), 1º. cabo Luís Filipe Alves, Adelino Couto (apontador de morteiros), furriel Rafael António Ramalho (de boina), 1º. cabo António Ferreira (enfermeiro) e furriel António Artur Guedes. Na última fila: Adelino Santos, alferes Domingos Carvalho de Sousa (de vermelho em óculos), 1º. cabo Mário Araújo (cripto, tapado pelo Ramalho) e António Soares. 
Os furriéis Jesuíno Pinto, Freitas Ferreira, José
Gomes e António Artur Guedes num recente encontro
dos Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa 
Os furriéis milicianos José Gomes e António Cruz e o condutor José Barbosa «faltaram» à foto, mas juntaram-se ao grupo no restaurante, lá partilhando as saudades comuns da jornada africana da angolana Aldeia Viçosa, de Carmona e de Luanda. Amanhã, voltaremos ao encontro.   
A 27 de Setembro de 1974, uma sexta-feira, realizou-se em Lisboa a anunciada reunião de dirigentes (cerca de 30), representantes das forças vivas da sociedade angolana (menos os três movimentos), com o Presidente António Spínola, dele ouvindo «a confirmação dos princípios do nosso processo de descolonização».
O comandante Almeida e Brito esteve uma vez mais em Carmona, reunindo no Comando do Sector do Uíge (CSU), e, na Fazenda do Liberato - onde se aquartelava a CCÇ. 209/RI 21 -, «na sequência de outros incidentes internos, processaram-se graves problemas disciplinares, os quais passaram ao controlo do Comando do Sector do Uíge».
Notícia de Angola no Diário de Lisboa de 27
de Setembro de 1975. Há 41 anos!
Um ano depois, sabia-se que as forças do MPLA estavam a reagrupar-se na zona do Caxito e Barra do Dande, «procedendo a um recuo estratégico, permitindo à FNLA a ocupação dos Libombos». Os combates «prosseguiam na região» mas deles, segundo o Diário de Lisboa, «não havia notícias precisas».
A sul, no Lobito, houve incidentes entre a tropa portuguesa e os estivadores do porto, «depois de estes terem descoberto viaturas de retornados que estava a ser embarcadas sem prévia autorização». Ouviram-se tiros. 
O Luso continuava a posse do MPLA, apesar dos «violentos combates em curso, a apenas 16 quilómetros da cidade». Ainda a sul, tanto este movimento como a FNLA e a UNITA reorganizavam forças em «pontos nevrálgicos das confrontações».
O MPLA denunciou forças da Organização Popular do Sudoeste Africano (SWAPO) que, na sua versão, estavam a «combater conjuntamente com as forças da UNITA e da FNLA, estas últimas chefiadas pelo traidor Daniel Chipenda».
Ao tempo, recordemos, já os Cavaleiros do Norte tinham regressado a Portugal, entre 8 e 11 desse Setembro de 1975, ao ritmo de uma companhia por dia. Há 41 anos!!!

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