quinta-feira, 6 de outubro de 2016

3 541 - Deserção de 6 «mesclagens» e Campala sem conclusões!

Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa. Reconhecem-se os furriéis
 milicianos Amorim Martins (mecânico-auto e assinalado a vermelho) e Abel Mourato (vagomestre, 
a amarelo). Quem ajuda a identificar os restantes?
A ajuda do Aniano Tomás permite (quase) refazer os nomes. Vejamos, em cima e da 
esquerda para direita: Sintra (cond.), Cantinas, NN, Seco Tomás e Abrantes
 (cond.) e NN. Em baixo: Samuel (cond.), NN, Nunes (cond.) e Martins (furriel), NN, 
NN e Mourato (furriel)


O furriel Carvalho, de Santa Isabel, ao centro
e na frente. Atrás, o 1º. cabo Ferreira. E os outros
dois da frente? Quem os identifica?
A 6 de Outubro de 1975, o presidente do MPLA garantiu que «a independência de Angola será proclamada a 11 de Novembro, pelo MPLA e em nome do povo de Angola». Agostinho Neto não tinha dúvidas: «Só pode haver uma independência sob a direcção do MPLA».
As declarações foram feitas em Luanda, no dia 4 (um sábado), quando ainda decorria a Cimeira de Campala, mas para o líder do MPLA «uma coisa é certa». Era certo que «encaramos o futuro com optimismo, conscientes que o MPLA domina politicamente Angola e goza do apoio e da simpatia da população, mesmo nos territórios ainda sobre controlo da UNITA e da FNLA».
Os três movimentos, em Campala, tinham chegado a acordo quanto a manter a data da independência, concordando também quanto ao facto de «as interferências estrangeiras dificultarem a solução do problema angolano». Mas divergiam quanto ao processo de transferência de poderes por parte de Portugal, como também quanto à «origem e processo das interferências estrangeiras», como noticiava o Diário de Lisboa.
Noticia do Diário de Lisboa de 6 de Outubro de 1975
O MPLA, assegurava Agostinho Neto, «está preparado para sustentar as responsabilidades que sobre ele recaem» e, sublinhou, «é igualmente certo que o Governo Angolano não pode existir sem a sua participação» - a do MPLA.
«Se a FNLA e a UNITA optarem pela secessão, lutaremos pela unidade de Angola livre. Uma Angola livre e unida será um país mais democrático e progressista, em que as classes exploradas pelo colonialismo - trabalhadores, camponeses e técnicos -  representarão a sua força principal», disse Agostinho Neto.
Um ano antes, e pelas bandas do Uíge e na área de acção do BCAV. 8423., acontecerem 6 deserções no Grupo de Mesclagem atribuído à 2ª. CCAV. 8423, todos oriundos do RI20. Eram do recrutamento local, todos soldados e apenas os recordamos pelos últimos apelidos: Gabriel, Amaro, Bartolomeu, Júnior e Sobrinho. 

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