quinta-feira, 27 de julho de 2017

3 835 - MPLA disparou pelas costas contra militares Portugueses!

O PELREC: 1º. cabo Florindo (enfermeiro), Caixarias. 1º. cabo Pinto, Mar-
cos, 1º. cabo Ezequiel, Florêncio, 1º. cabo Soares. Neves, Messejana e 1º.
cabo Almeida. Em baixo, furriel Neto, Madaleno, Aurélio (Barbeiro), 1ºs. cabos
Hipólito e Oliveira (TRMS), Leal, Francisco, furriel Viegas e 1º. cabo Vicente.
O furriel miliciano João Rito, de barbas e da 1ª. CCAV.
8423, com um grupo de Cavaleiros do Norte de Zalala



Aos 27 dias de Julho de 1975, um domingo, a cidade de Carmona e todo o Uíge continuavam pacíficos, aparentemente calmos, mas nada que evitasse o permanente alerta dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 84323, bem «avisados» para iminentes problemas com a  FNLA.
O cozinheiro José Miguel dos Santos, da CCS,
à saída de Igreja do Quitexe
Era, como refere o Livro da Unidades, «uma calma fictícia», caldeada de ameaças e boatos, numa altura em que já toda a gente (a civil incluída) sabia da cada vez mais próxima retirada da tropa, para Luanda. 
Luanda acordou nesse dia dominical com com «um sangrento incidente» no Bairro Vila Alice e envolvendo militares portugueses e do MPLA: «um grupo armado das FAPLA desarmou militares portugueses que seguiam numa viatura do Exército». Depois disso e de mandarem seguir a viatura, «abriram fogo pelas costas, contra os ocupantes, ferindo dois, u deles em estado grave».
O Comando Operacional de Luanda (COPLAD) reagiu e exigiu a entrega dos agressores, até às 8 horas da manhã - o que não aconteceu. Nem foram entregues os culpados, nem qualquer explicação foi dada.
As forças portuguesas aguardaram até às 10 horas e, então e sem qualquer reacção do MPLA, «montaram um dispositivo para deter os elementos das FAPLA, estacionados em Vila Alice».
O comandante da força discutiu com o responsável do MPLA e, quando se encontrava no exterior, «as forças das FAPLA dispararam sobre as forças portuguesas, que ripostaram». Generalizou-se o incidente que acabou por «provocar mortes e feridos entre o MPLA e civis». Ler AQUI

FLEC não reconheceu
e demitiu Nzita Tiago

Malanje, no mesmo dia 27 de Julho de há 42 anos, foi cenário de novos combates entre o MPLA e a FNLA, «após uma ligeira trégua conseguida pelas autoridades portuguesas», que pretendiam «a evacuação dos feridos e o reabastecimento de víveres» para a população.
Enquanto isso, a FLEC emitiu um comunicado a desmentir «a legitimidade e representatividade de Nzita Henriques Tiago», que em Paris se apresentara como 1º. Ministro do Governo Revolucionário Provisório de Cabinda, com Luisi Ballu como Ministro dos Negócios Estrangeiros.
«Não pode comprometer o nosso movimento sem autorização do presidente Luís Ranque Franque», referia o comunicado, sublinhando também que «esta sua iniciativa e portanto demagógica e das mais graves consequências».
O documento da FLEC frisava depois que «foi já demitido da funções que tinha na FLEC» e considerava que «o acto inqualificável destes dois homens constitui um acto de afirmação pessoal em detrimento dos superiores interesses da nação cabinda, no momento em que, em Kampala, se tornam importantes decisões quanto ao acesso de Cabinda a sua soberania»».

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