Cavaleiros do Norte do PELREC. Atrás, Ferreira e 1º. cabo Almei- da. A contar da esquerda, e no sentido contrario do relógio, Bote- lho (?, de bigode), Aurélio, Florêncio (bigode), Messejana, 1ºs. ca- bos Soares e Vicente (ambos de bigode), Leal, NN (tapado), NN, 1º. cabo Ezequiel e alferes Garcia |
Sábado, dia 2 de Agosto de 1975. A cidade de Carmona acorda serena, pelo menos na aparência, mas sabe-se da cada vez mais próxima rotação dos Cavaleiros do Norte para Luanda. A população civil «conhecedora do movimento das NT (...) decide-se pelo êxodo».
O comando do BCAV. 8423 «para além dos muitos cuidados com o que se pode chamar a coluna militar», na preparação do movimento de rotação, deparou-se com mais esse: a saída de população «descrente do seu futuro e receosa de quaisquer represálias».
Muitos deles tentaram «negociar» com militares o transporte de bens pessoais, a troco de dinheiro ou de outros bens: automóveis, motas(o-
rizadas), aparelhos de música, má-
quinas de filmar e fotográficas, o que mais pudesse interessar.
O dia seguinte seria - domingo, 3 de Agosto de 1975 - seria o da
partida da CCS e da 1ª. CCAV., por via aérea. Na madru-
gada de 4, seria a da 2ª. CCAV. e da 3ª. CCAV.. Por terra. As duas últimas Companhias Portuguesas em terras do Uíge.
Tiros na Base Aérea 9
e 2 helicópteros no ar
Angola, segundo a imprensa do dia, tinha «a situação estacionária em todo o território, nas últimas 24 horas». Em Luanda e Caxito, os pontos mais sensíveis, não havia «modificações visíveis». Na capital, para onde íamos no dia seguinte, no entanto, registaram-se «disparos de arma automática contra a central de emissores da Base Aérea 9», o que levou a que «descolassem dois helicópteros armados». Sem actuarem, por não se repetirem os tiros.
Acções de fogo registaram-se, todavia, em Quibala e Gabela, onde «a situação se agravou esta manhã» - a de 2 de Agosto de 1975. As populações «face ao conflito verificado», referia o Diário de Lisboa de 2 de Agosto de 1975, «querem abandonar estes locais a todo o custo».
Manuel Gonçalves dos Santos, 1º. cabo da 1ª. CCAV., a de Zalala |
Santos de Zalala
faleceu há 5 anos
O 1º. cabo Santos foi apontador de metralhadora da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, e faria 65 anos a 2 de Agosto de 2017. Faleceu a 29 de Fevereiro de 2012, há 5 anos!
Manuel Gonçalves dos Santos integrou o 2º. Grupo de Combate, comandado pelo alferes Carlos Sampaio, e não consta da lista dos militares de Zalala que, a 9 de Setembro de 1975, desembarcaram, em Lisboa. Regressou em data desconhecida, devido ao acidente de caça que teve em Ponte do Dange - de onde foi evacuado para o Hospital do Negage, não tendo voltado à 1ª. CCAV. 8423.
A única notícia, posterior, que dele temos tem a ver com a data da sua morte, em Ega, no concelho de Condeixa-a-Nova. E sabemos também que era o sócio 6967 da Associação dos Deficientes da Forças Armadas. RIP!!!
J. Oliveira (César) do BCAV. 1917 |
César do BCAV. 1917,
72 anos em Matosinhos
O 1º. cabo rádio-telegrafista José Oliveira (César) comemora 72 anos a 2 de Agosto de 2017, em Matosinhos.
Integrou a CCS do BCAV. 1917, antecessor dos Cavaleiros do Norte no Quitexe - onde jornadeou de 12 de Maio de 1967 a 8 de Maio de 1969. É colaborador deste blogue e, em 2016, deu-nos a honra e o prazer de participar no encontro da CCS dos Cavaleiros do Norte que ser realizou em Custóias (Matosinhos). Parabéns pela bonita idade que hoje festeja. Que repita a data por muitos e bons anos!
Obrigado amigo Viégas, daqui de Matosinhos envio um forte abraço com muita saúde.
ResponderEliminarBoa tarde como fasso para encontrar o meu pai no vosso grupo dos cavaleiros o nome dele e João da Costa Botelho
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