terça-feira, 8 de agosto de 2017

3 847 - Cavaleiros no Grafanil e FNLA «corrida» de Luanda!

A vila do Quitexe em 1967, antes da chegada (1974) dos Cavaleiros do Norte.
As setas indicam os sentidos da Estrada do Café, entre Luanda e Carmona


Cavaleiros do Norte no Quitexe: Migue (condutor?), furriel  Mo-
rais, alferes Cruz e 1º. sargento Aires, 1ºs. cabos Malhei
ro (en-
 
(tre Miguel e Morais), Teixeira, estofador (entre Morais e Cruz)
  e Cuba (atrás do Teixeira, de óculos). Atrás e do lado direito
os atiradores Ferreira e 1º. cabo Almeida

Os Cavaleiros do Norte, a 8 de Agosto de 1975, continuavam aquartelados no extinto Batalhão de Intendência, no Grafanil, muito mal instalados e expec-
tantes sobre o seu futuro próximo.
A epopeica rotação de Carmona já lá ia, dois dias depois da chegada ao Grafanil, e após «um  curto período de repouso e o arranjo de viaturas (...), logo o BCAV. foi chamado a actuar, dado quer ficará em Luanda a cumprir missões de unidade de reserva da RMA».
José Borges Martins, de Zalala,
aqui no Quitexe com um grupo

de crianças locais
Notícias da «nossa» já saudosa Carmona eram poucas. E há tão pouco tempo de lá tínhamos saído!!! Iko Carreira, do MPLA, declarou que o Uíge e o Zaire, províncias do norte Angolano, tinham sido «militarmente ocupadas por forças da FNLA» - o não era propriamente uma novidade. Desmentiu que a FNLA tivesse entrado em Luanda, sequer que para lá avançasse.
«A tomada eventual da capital por forças da FNLA, por soldados da FNLA, como anunciado por certa imprensa, não se registará porque vamos opôr ao invasor a resistência popular generalizada», disse Iko Carrreira, sublinhando o inverso: «Cerca de 3000 militantes da FNLA foram neutralizados e evacuados de Luanda, por forças do MPLA». Tinham sido, 
A picada de Zalala, com 3 «zalala´s»: o Santos
e os furriéis milicianos Barreto e Nascimento
segundo afirmou, «introduzidos a capital com o objectivo de ocuparem o poder pela força».

Comandante Almeida
e Brito em Zalala

Um ano antes, o comandante Almeida e Brito deslocou-se a Zalala, onde estava aquartelada a 1ª. CCAV. 8423, comandada pelo capitão miliciano Davide Castro Dias.
O mês de Agosto de 1974 decorria «com inúmeras visitas a povos e fazendas, em apoio às vidas de todos estes», no seguimento de «directivas superiores, que impõem a não realização de acções ofensivas».
A esse tempo, os Cavaleiros do Norte continuam a proteger os trabalhos de requalificação do itinerário (picada) do Quitexe para Zalala, que estavam a ser realizados pela Junta de Autónoma de Estradas de Angola (JAEA).
Os trabalhadores da JAEA, na prática, trabalhavam «sob a protecção de escol-
tas militares». Como, por exemplo, acontecia na estrada do Café. entre Vista Alegre e Ponte do Dange. Ou na picada para o Liberato.

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