quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

4 016 - Governo de Transição de Angola, a Revolta do Leste de Chipenda

Cavaleiros do Norte no Quitexe. Atrás e de pé, NN, Serra, furriéis Mosteias
 (mais à frente e de cabelo rapado) Neto, Pires (TRMS) e Rocha, dra. Graciete
 Hermida, NN (atrás) e alferes Hermida, NN, 1º. cabo Mendes (mais à frente),
Felicíssímo (de bigode e mais atrás), NN, 1ºs. cabos Pires (Fecho-Eclair) e Oli-
veira, Soares. De cócoras, Madaleno, Sapador, 1º. cabo Luciano, Silva, 1ºs. ca-
bos Coelho (Buraquinho) e Gomes (à civil), NN e furriel Cruz (de óculos) e...?. À
frente, 1º. cabo Florindo, Salgueiro, NN, Cabrita, NN, furriel Pires (sapador) e NN

Junta Governativa de Angola: capitão de mar e guerra Leonel
 Cardoso, brigadeiro Altino Magalhães, almirante Rosa
Coutinho, coronel Silva Cardoso e major Emílio Silva
A 25 de Janeiro de 1975, há 43 anos... e a um sábado, confirmou-se a escolha do brigadeiro Silva Cardoso para o cargo de Alto-Comissário de Portugal no Go-
verno de Transição de Angola. Seria em-
possado dias depois - a 28 e em Lisboa!
A nomeação foi da Comissão Nacional de Descolonização e Silva Cardoso já fazia parte da Junta Governativa de
Imagens dos Cavaleiros do Norte, do BCAV. 8423 numa
montagem automática dos serviços do facebook
Angola, liderada pelo almirante Rosa Coutinho - que ia abandonar o cargo de Alto-Comissário, precisamente dando lugar a Silva Cardoso.
A nomeação foi da Comissão Nacional de Descolonização e Silva Cardoso já fazia parte da Junta Governativa de Angola, liderada pelo almirante Rosa Coutinho - que ia abandonar o cargo de Alto-Comis-
sário, precisamente dando lugar a Silva Cardoso. O brigadeiro tinha participa-
do na Cimeira do Alvor e assistira à cerimónia de assinatura do acordo entre Portugal e os três movimentos de libertação.
Notícia do Diário de Lisboa de 25 de Janeiro de
1975 sobre a Revolta do Leste de Daniel Chipenda

A Revolta do Leste
de Daniel Chipenda

O Quitexe o Uíge continuavam tranqui-
quilos e expectantes quanto à evolução do processo de descolonização, envol-
Daniel Chipenda
vidos nas suas tarefas diárias - sempre de forma atenta, é verdade, mas descomplexada.
O mesmo não acontecia na zona leste de Angola, na cidade do Luso, onde Daniel Chipenda chegara na véspera e para onde se dirigia a sua facção «Revolta do Leste», dissidente do MPLA e que, segundo o luandino jornal «Comércio», era facto a causar «uma certa preocupação nos meios políticos da capital».
As forças da RL estavam aquarteladas em Ninda e uma compa-
nhia de 100 homens, com os comandante Rosa e Kilimanjaro -, avançava para o Luso, precisamente para fazer a segurança a Chipenda. Estava anunciado o congresso da RL, que definiria a sua posição sobre o Acordo do Alvor.
Forças portuguesas e do MPLA, entretanto, tinham tomado posição na estrada de entrada na capital do Moxico, para, segundo o jornal «A Província de Ango-
la», estabelecer «uma barreira para impedir a entrada das forças de Chipenda».
O major Soares (português) parlamentou com os comandantes Rosa e Kila-
manjaro, mas a proposta de desarmamento, para entrar na cidade, não foi acei-
te. Só o fariam se as forças do MPLA também fossem desarmadas. O que não aconteceu. Para «evitar quaisquer incidentes», os comandante da RL determi-
naram a retirada da sua unidade «para uma distância de 3 quilómetros».
Outro dos objectivos da RL era a integração dos seus militares nas então For-
ças Armadas de Angola, «ao abrigo de acordos que garantam a sua participa-
ção no futuro do país». Enquanto isso, «uma unidade da FNLA, saída do Luso, começou a movimentar-se nas proximidades onde estavam as forças de Chi-
penda, ao mesmo tempo que as o MPLA regressavam à capital do Moxico».
Daniel Chipenda tinha forças aquarteladas em Ninda, Bom e Ivungo.

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