Junta Governativa de Angola: capitão de mar e guerra Leonel Cardoso, brigadeiro Altino Magalhães, almirante Rosa Coutinho, coronel Silva Cardoso e major Emílio Silva |
verno de Transição de Angola. Seria em-
possado dias depois - a 28 e em Lisboa!
A nomeação foi da Comissão Nacional de Descolonização e Silva Cardoso já fazia parte da Junta Governativa de
Imagens dos Cavaleiros do Norte, do BCAV. 8423 numa montagem automática dos serviços do facebook |
A nomeação foi da Comissão Nacional de Descolonização e Silva Cardoso já fazia parte da Junta Governativa de Angola, liderada pelo almirante Rosa Coutinho - que ia abandonar o cargo de Alto-Comis-
sário, precisamente dando lugar a Silva Cardoso. O brigadeiro tinha participa-
do na Cimeira do Alvor e assistira à cerimónia de assinatura do acordo entre Portugal e os três movimentos de libertação.
Notícia do Diário de Lisboa de 25 de Janeiro de 1975 sobre a Revolta do Leste de Daniel Chipenda |
A Revolta do Leste
de Daniel Chipenda
O Quitexe o Uíge continuavam tranqui-
quilos e expectantes quanto à evolução do processo de descolonização, envol-
Daniel Chipenda |
O mesmo não acontecia na zona leste de Angola, na cidade do Luso, onde Daniel Chipenda chegara na véspera e para onde se dirigia a sua facção «Revolta do Leste», dissidente do MPLA e que, segundo o luandino jornal «Comércio», era facto a causar «uma certa preocupação nos meios políticos da capital».
As forças da RL estavam aquarteladas em Ninda e uma compa-
nhia de 100 homens, com os comandante Rosa e Kilimanjaro -, avançava para o Luso, precisamente para fazer a segurança a Chipenda. Estava anunciado o congresso da RL, que definiria a sua posição sobre o Acordo do Alvor.
Forças portuguesas e do MPLA, entretanto, tinham tomado posição na estrada de entrada na capital do Moxico, para, segundo o jornal «A Província de Ango-
la», estabelecer «uma barreira para impedir a entrada das forças de Chipenda».
O major Soares (português) parlamentou com os comandantes Rosa e Kila-
manjaro, mas a proposta de desarmamento, para entrar na cidade, não foi acei-
te. Só o fariam se as forças do MPLA também fossem desarmadas. O que não aconteceu. Para «evitar quaisquer incidentes», os comandante da RL determi-
naram a retirada da sua unidade «para uma distância de 3 quilómetros».
Outro dos objectivos da RL era a integração dos seus militares nas então For-
ças Armadas de Angola, «ao abrigo de acordos que garantam a sua participa-
ção no futuro do país». Enquanto isso, «uma unidade da FNLA, saída do Luso, começou a movimentar-se nas proximidades onde estavam as forças de Chi-
penda, ao mesmo tempo que as o MPLA regressavam à capital do Moxico».
Daniel Chipenda tinha forças aquarteladas em Ninda, Bom e Ivungo.
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