Cavaleiros do Norte do Liberato: capitão Victor, comandante da CCAÇ. 209/RI 21, e o furriel José Oliveira (que hoje faz 67 anos, em Águeda). E 2 NN´s: em cima (à direita) e em baixo |
O mês de Abril de 1975, há 43 anos, come-
çou com a expectativa, da parte dos Cava-
leiros do Norte, de que se «realizaria o pro-
grama de continuação do dispositivo».
Ao tempo e no que ao BCAV. 8423 dizia res-
peito, faltava a rotação da 1ª. CCAV., que continuava em Vista Alegre e Ponte do Dange, e da 2ª. CCAV., em Aldeia Viçosa.
«As indicações dadas pelos movimentos emancipalistas, resultantes do abandono de determinadas instalações militares, levou-nos a ter de aguardar que se resolvessem, a alto nível, as questões pendentes e inerentes a esse abandono», explicou o comandante Almeida e Brito.
Os furriéis Cruz, Viegas Dias e Neto em 2015 e no encontro de Mortágua |
Férias numa Luanda
em estado de tensão
O dia 1 de Abril, e não por engano, o de 1975, foi o primeiro das férias angolanas dos furriéis Cruz e Viegas, ambos da CCS e a Luanda chegados ao fim da tarde da véspera.
A capital angolana estava algo tensa, por esses dias, mas não tanto como nas vésperas. «Esta manhã, crianças e jovens brancos dirigiam-se calmamente para as escolas e liceus», relatava o Diário de Lisboa, recordando, todavia, o tiroteio da véspera, na avenida do Brasil, embora precisando que «não passou de um pequeno incidente».
A baixa da cidade, onde se «aquartelaram» (no Katekero) os dois furriéis Cava-
leiros do Norte, apresentava-se estranhamente serena, com todos os serviços a funcionar - como, avulsamente, ambos puderam testemunhar.
Notícia do dia teve a ver com a coluna do ELNA, o exército da FNLA, que, em Ambriz foi impedida, pelas Forças Armadas Portuguesas, de «prosseguir o avanço para a cidade de Luanda» - o que foi muito asperamente criticado pelo movimento de Holden Roberto.
O condutor Nogueira, do Liberato, e os furriéis Viegas e Oliveira, também do Liberato (que hoje faz 67 anos, em Águeda). Imagem de Dez./2013 |
Oliveira, furriel do Liberato,
66 anos em Águeda!
O furriel miliciano Oliveira, vagomestre da CCAÇ. 209/RI 21, a da Fazenda do Liberato, está hoje em festa: comemora 67 anos.
José Marques de Oliveira serviu os «liberatos» em regime de substituição, de lá saindo a 9 de Setembro de 1974 e de Luanda voando para Lisboa em vésperas do Natal desse ano. A CCAÇ. 209/RI 21, de Nova Lisboa, era principalmente formada por militares angolanos e aquarte-
lava-se na Fazenda do Liberato desde 2 de Setembro de 1973.
Natural do Caramulo, estudou em Águeda (era o Zé Marques, do Comércio) e aqui se fixou, fazendo carreira como funcionário bancário, na Caixa Geral de Depósitos e agora já aposentado. Para lá vai o nosso abraço de parabéns!
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