segunda-feira, 13 de agosto de 2018

4 226 - O colapso do Governo angolano: FNLA e UNITA fora de Luanda!

Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, todos furriéis milicianos e à porta do bar
 e messe de sargentos do Quitexe: Ribeiro, Fernandes, Viegas, Belo (de ócu-
los), Bento, Costa e Flora. À frente, Ângelo Tuna Rabiço (que hoje festeja
68 anos em Guimarães), Graciano e Abrantes (de cachimbo)

A imprensa de Luanda falava de «dificuldades de toda a
ordem»
para recolher «as vítimas dos acontecimentos de
 Luanda».
O necrotério da cidade, sublinhava, «reve-
lou-se insuficiente para esta emergência»

Aos 13 dias de Agosto de há 43 anos, Luanda estava «tomada» pelo MPLA, assim admitiam as autoridades portuguesas. 
«Mantém o controlo total da cidade e o seu presidente, Agostinho Neto, está agora em posição de assumir o poder total do Governo central e declarar uni-
lateralmente a independência», noticia-
va o Diário de Lisboa desse dia, citando forças militares portuguesas. 
Notícia do Diário de Lisboa de 13 de Agosto de
1975 sobre «o colapso do Governo de Angola»
As tropas da FNLA, enquanto isso e ainda segundo o mesmo jornal vespertino de Lisboa, «dispuseram-se em torno da capital, a fim de pressionar o movimento rival a fazer conces-
sões políticas».
Os combates na capital angolana tinham ces-sado e 600 homens da FNLA tinham sido eva-
cuados do Forte de S. Pedro da Barra, situado à entrada do Porto de Luanda, e não era pre-
visível, segundo as autoridades portuguesas,  qualquer ataque deste movimento.
Quando à UNITA de Jonas Savimbi, já tinha retirado as suas tropas de Luanda, o que, de acordo com o Diário de Lisboa de 13 de Agosto de 1975, «marcou o colapso do Governo de Angola tripartido que deveria conduzir o país à inde-
pendência, marcada apara 11 de Novembro».
Os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, a este tempo de há 43 anos, continua-
vam aquartelados nas instalações do extinto Batalhão de Intendência de An-
gola (BIA), agora já minimamente utilizáveis, e mantinham-se como «unidade de reserva da Região Militar de Angola» e à espera de notícias sobre a data do regresso a Portugal. Expectantes quando a tudo o que se passava na terra an-
golana que a 11 de Novembro desse anos de 1975 seria um novo país! 
Furriéis da 3ª. CCAV. 8423: José Querido, Victor
Guedes (falecido a 16/04/1998, de doença e em
Lisboa),  António Fernandes, Agostinho Belo (de
óculos) e Ãngelo Tuna Rabiço, que hoje faz 68 anos

Rabiço,  furriel enfermeiro,
68 anos em Guimarães!

O furriel miliciano Ângelo Tuna Rabiço, enfer-
meiro da 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel, festeja 68 anos a 13 de Agosto de 2018.
Natural e ao tempo residente na Morgado Ma-
teus, freguesia de Lordelo, concelho de Guimarães, lá regressou após a jornada africana do Uíge angolano. Era (e é) o mais velho dos furriéis milicianos. O tempo de formação dos cursos de enfermagem levava a que todos os furriéis milicianos fossem mobilizados mais tarde que o geral dos combatentes.
Professor do ensino primário era e professor do ensino primário continuou a ser, entretanto aposentado há alguns anos e agora morador em Guimarães, para onde vai o nosso abraço de parabéns! 



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