sexta-feira, 5 de outubro de 2018

4 261 - Cavaleiros no Uíge e atentos à Comissão de Conciliação para Angola!

Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 à porta da Casa dos Furriéis do Quitexe, em 1974: Cândido Pires (sa-
 pador, à civil), António Cruz (rádio-montador), José dos Santos Pires, que hoje faz 66 anos em Bragança),
 todos da CCS; Armindo Reino (Rangers) e Grenha Lopes (atirador de Cavalaria), ambos da 3ª. CCAV.
8423; Norberto Morais (mecânico-auto, da CCS) e Agostinho Belo (vagomestre), da 3ª. CCAV. 8423.
À frente e sentado, António Lopes (enfermeiro), da CCS 
Furriéis milicianos da 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel:
António Pires Flora, atirador de Cavalaria (que hoje festeja
66 anos), o vagomestre Agostinho Belo e os atiradores de
Cavalaria António Fernandes e Alcides Ricardo 

O dia 5 de Outubro de 1974 foi um domingo e dia de se festejarem 64 anos da República. E de dois jovens Cavaleiros do Norte comemoraram 22 fresquíssimos anos, ambos furriéis milicianos: o Pires, das Transmissões, de Bragança e o Floro, atirador de Cavalaria.
Os tempos, um ano depois e com os Cavaleiros do Norte já em Portugal, não iam fáceis para o processo de descolonização de Angola e, reunidos em Kampala, MPLA, FNLA e UNITA de lá saíram com mais diferenças que afinidades. «As delegações angolanas levantam serias dúvidas quando aos resultados efectivos deste encontro da Comissão de Conciliação para An-
gola organizado sob auspícios da OUA», reportava o Diário de Lisboa, referin-
do-se ao encontro da capital ugandesa, que terminou a 5 de Outubro de 1975 (hoje, precisamente, se fazem 43 anos) e teve Idi Amin Dada, presidente do Uganda e da Organização de Unidade Africana (OUA), como anfitrião e a parti-
cipação de uma delegação portuguesa.
O dia 11 de Novembro de 1975 como dia da declaração da independência foi, no fundo, o único ponto de acordo, se bem que outro conciliasse posições: as interferências estrangeiras estavam a dificultar o processo angolano. 
A partir destas duas concordâncias, e ainda segundo o Diário de Lisboa, «as divergências aprofundam-se, não só em relação ao processo de entrega de poderes por parte de Portugal, como quanto à origem e natureza das interfe-rência estrangeiras». Assim ia Angola, há 44 anos, quando os Cavaleiros do Norte jornadeavam por terras do Uíge!
O furriel José Pires, em 1974, nas Quedas
do Duque de Bragança, em Angola
J. Pires 2015

Pires, furriel da CCS, 
66 anos em Bragança !

O furriel miliciano Pires, especia-
lista de Transmissões e Cavaleiro do Norte da CCS do BCAV. 8423, na vila do Quitexe, festeja 66 anos a 5 de Outubro de 2018.
José dos Santos Pires é natural de Vale de No-
gueira, do trasmontano concelho de Bragança, freguesia a que regressou no dia 8 de Setem-
bro de 1975, no final da sua (e nossa) jornada africana do Uíge angolano do norte. Fez carreira profissional como agente das Brigadas de Trânsito (BT) da GNR, trabalhou em unidades de Lisboa e do Porto, fez segurança de Voltas a Portugal em Bicicleta e os (mais ou menos) últimos 20 anos de serviço no activo cumpriu-os no Destacamento Territorial de Bragança.
Aposentado, mora na cidade capital de Trás-os-Montes e para lá vai o nosso abraço de parabéns, embrulhado no desejo de que a feliz  data se repita por muitos e bons anos!
Furriéis do BCAV. 8423 no Bar
de Sargentos do Quitexe: Ribeiro
(com garrafa na mão), Viegas,
Bento e Flora. Depois, Rocha,
Carvalho, G. Lopes e Capitão.
À frente, o Reino
A. Flora 2016

Floro, furriel de Santa Isabel,
66 anos em Famões de Odivelas!

O furriel miliciano António Pires Flora, da 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel, festeja 66 anos a 5 de Outubro de 2018.
Atirador de Cavalaria, «desempenhou, em verdadeiro exemplo, as suas funções como militar,  sa-lientando-se pelo método de trabalho e eficácia e pron-
tidão do mesmo», como se lê no louvor do comandante Almeida e Brito, também sublinhando que foi «discipli-
nado, disciplinador, exigente embora não austero, sem-
pre sabendo vencer todas as dificuldades, com traba-
lho afincado, sabendo merecer não só o respeito de todos como a confiança total do Comando».
O louvor foi publicado na Ordem de Serviço nº. 174 e cita-o como «cotado como auxiliar inestimável em qualquer circunstâncias, mesmo sob condições desfavoráveis ou delicadas», pelo que foi «exemplo digno de seguir e, consequentemente, merecedor de público louvor».
O António Pires Flora é natural de Alcains e fez vida profissional como quadro da Caixa Geral de Depósitos, em Lisboa. Já aposentado, mora em Famões, no concelho de Odivelas, para onde vai o nosso abraço de parabéns.

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