sábado, 6 de outubro de 2018

4 262 - Delegação da OUA em Angola e o «achamento» do atirador Dioonísio!

Cavaleiros do Norte do PELREC no encontro de 1 de Junho de 1996, há 22 anos: o 1º. cabo José Cordeiro,
soldado Dionísio Baptista (hoje «achado» no Seixal, pelo condutor Nogueira do Liberato), furriéis
Francisco Neto, Viegas e José Monteiro e soldado Francisco Madaleno
O Nogueira da Costa, condutor do Liberato, «achou»
hoje o Dionísio Baptista (à direita), que foi garboso
atirador de Cavalaria do  PELREC  da CCS do BCAV.
8423. Esteve emigrado na Suíça e mora no Seixal
A imprensa de 6 de Outubro de 1975 dava conta das divergências dos movi-
mentos de libertação, depois da cimeira de Kampala, terminada na véspera.
Os dirigentes do MPLA, FNLA e UNITA, ainda assim, acordaram a deslocação de uma delegação da Organização de Uni-
dade Africana (OUA) a Angola, para «vi-
sitar as diferentes áreas  de influência». 
«Provavelmente, a visita iniciar-se-á por Luanda, uma vez que é na capital que se mantém a administração portuguesa,
Os presidentes Holden
Roberto (FNLA), Agosti-
nho Neto (MPLA) e Jo-
nas Savimbi (UNITA)
que, até à data da independência, continua a ser a única responsável por todo o território», reportava o Diário de Lisboa, quase um mês depois do regresso do BCAV. 8423 a Portugal e de cada Cavaleiro do Norte à sua terra e família.

Independência a
11 de Novembro

O jornal da capital portuguesa dava também conta de de-
clarações de Agostinho Neto,  na antevéspera, sábado, dia 4: «Só pode haver independência de Angola sob direcção do MPLA. A independência será proclamada a 11 de Novembro pelo MPLA e em nome do povo de Angola», disse A. Neto, acusando Portugal de «não ter definido a sua política em relação a Angola».
Agostinho Neto afirmou também que «o MPLA está preparado para sustentar as responsabilidades que sobre ele recaem» e que era igualmente certo que «o Governo de Angola não pode existir» sem o seu movimento.
«Se a FNLA ou a UNITA optarem pela secessão, lutaremos pela unidade de Angola. Uma Angola livre e unida será um país democrático e progressista, em que as classes exploradas pelo colonialismo - trabalhadores, camponeses e técnicos - representarão a sua força principal», afirmou Agostinho Neto.
Dionísio Baptista, Cava-
leiro do PELREC, foi
«achado» a 06/10/2018

Dionísio do PELREC
«achado» no Seixal !

O soldado Dionísio Baptista foi garboso atirador de Cava-
laria do PELREC da CCS do BCAV. 8423 e andava «fugido» há 22 anos. Foi hoje «achado» no Seixal.
Dionísio Cândido Marques Baptista especializou-se na 2ª. CCAV. 8423 (a de Aldeia Viçosa) e rodou para a CCS (e pa-
ra o PELREC) a 1 de Março de 1974, ainda no  Destaca-
mento do RC4. Ele, o 1º. cabo Vicente e os soldados José Neves, Augusto Florêncio, Aurélio (Barbeiro) e Messejana.
Jorneadeou pelo Quitexe, depois em Carmona (no BC12) e regressou a Portugal no dia 8 de Setembro, a Amora, onde morava. Trabalhou como pintor e, à volta de 20 anos, emigrou para a Suíça, onde continuou na arte e de onde, já reformado, regressou em Abril deste ano de 2018.
A persistência do Nogueira da Costa, que foi condutor da CCAÇ. 209/RI 21, a Companhia da Fazenda do Liberato, levou a que hoje mesmo fosse «achado» na sua casa do Seixal e com ele tivéssemos oportunidade de, ao telefone, ma-
tar as saudades deste tempo que nos separou. Mais de 20 anos!
Grande abraço, Dionísio!
Obrigado, Nogueira da Costa!

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