segunda-feira, 19 de novembro de 2018

4 302 - O dispostivo de Vista Alegre, entre CCAÇ.´s e CCAV.s!

Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, todos milicianos. De pé, furriéis Melo e Matos,
NN, alferes Carvalho e NN (de mangueira na boca). Em baixo, furriéis Mourato e Ramalho, alferes Macha-
do e, parece-nos, mais à direita, o furriel Rebelo
Cavaleiros do Norte de Zalala no encontro de Águeda, em
1995,  todos milicianos: furriel Plácido Queirós, capitão
Castro Dias, alferes Lains dos Santos e furriel Mota Viana 


A Companhia de Caçadores 4145/74 chegou a Vista Alegre no dia 19 de No-vembro de  1974, há 44 anos, no âmbito de processo de remodelação do disposi-
tivo militar da ZA dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423. 
A Companhia era comandada pelo capi-
tão Gabriel Gomes, um oficial ligado ao
Capitão Raúl Corte Real
Golpe das Caldas (16 de Março de 1974) e algo de anormal, entretanto, se passou, do que se deduz da leitura do livro «História da Unidade». «Começou a rotação com a chegada, a 19 de Novembro, da CCAÇ. 4145/74, a qual, em 20 de Novem-
bro, saiu do Subsector e permitiu o início da saída definitiva da CCAÇ. 4145/72 para Luanda, que se começou a processar a 21 de Novembro», lê-se no HdU.
A 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, apenas no dia 25 iniciou a rota-
ção, «por ser necessário a ocupação de Vista Alegre e Ponte do Dange». o que parece deixar concluir que a CCAÇ. 4145/74 apenas por algumas horas esteve em Vista Alegre, lá continuando a  CCAÇ. 4145/72, a do capitão Raúl Corte Real, até ser substituída pelos Cavaleiros do Norte do capitão Castro Dias.   
É certo, pela leitura do HdU, que a CCAÇ. 4145/72 ainda se encontrava em Vis-
ta Alegre no dia 21 de Novembro de 1974, quando foi visitada «em contactos operacionais» pelo capitão José Paulo Falcão, que ao tempo exercia as fun-
ções de comandante Interino do BCAV. 8423. E estava no dia 25, seguramente, quando começou a rotação da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala. 
O alferes João Machado, o comandante Almeida
 e Brito e o capitão José Manuel Cruz, comandante
 da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa

Vista Alegre, Luísa Maria
e GE 209 na «Turbilhão»

O capitão Raul Corte Real, em tempos corres-
pondendo-se com o blogue «Cavaleiros do Norte», dava como certo que, e citamo-lo, «quem quem ficou em Vista Alegre, depois de nós, foi a de Zalala, do capitão Castro Dias».
Acrescentou que «estive pouco tempo com o vosso Batalhão, até porque, nesse último período, Vista Alegre ficou a integrar uma grande operação no Quanza Norte - a Operação Turbilhão - e eu fiquei a comandar a única ZI».
A Operação Turbilhão foi em Junho, como se lê mo HdU, referindo precisa-
mente a CCAÇ. 4145 que, com a guarnição do Destacamento de Luísa Maria (o grupo de combate do alferes João Machado, da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa) e o GE 208 «estavam cedidos temporariamente ao Sector Centro Norte, para a realização da Operação Turbilhão».
Operação que, na ZA do BCAV. 8423 e a ainda segundo o HdU, «incidia espe-
cialmente sobre as «Centrais» de Camabatela e Quiculungo».
Notícias do Diário de Lisboa de 19 de Novem-
bro de 1974 sobre a situação de Angola

MPLA não aceita
UNITA e a FUA

O ministro Melo Antunes, há 44 anos e afinal, reuniu-se com Agostinho Neto, presidente do MPLA e para tratar do processo de indepen-
dência de Angola. Reuniu-se em Argel, capital da Argélia, e não em Paris, co-
mo tinha sido anunciado na véspera - dia 18 de Novembro de 1974.
Portugal, a esse tempo de há 44 anos, promovia a constituição de um Governo de Transição, com elementos dos três movimentos de libertação, mas o MPLA opunha-se à participação da UNITA de Jonas Savimbi, acusando-a de «cumpli-
cidade com o Exército colonialista» e com a Frente de Unidade Angolana (FUA), que Neto considerava «ser um movimento representativo dos sectores  mais reaccionários da população branca de Angola».

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