terça-feira, 20 de novembro de 2018

4 303 - As CCAÇ. 4145 de Vista Alegre; o transporte dos militares em 74/75!

Combatentes da CCAÇ. 4145/72, que jornadeou por Vista Alegre e Ponte do Dange,  africanas terras
 do Uíge angolano do norte e que, há 44 anos, estavam no «sai-não-sai» de Vista Alegre para Luanda  

e Portugal, logo depois. Alguém reconhece alguém?
O 1º. cabo Jorge Silva, da 1ª. CCAV. 8423,
a de Zalala, no posto de rádio de Vista Alegre

A CCAÇ. 4145/74 assim chegou e assim foi em-
bora de Vista Alegre, onde supostamente iria substituir da CCAÇ. 4145 mas de 1972, a Angola chegada em 1973 e, há 44 anos, em vésperas de voltar a Luanda para regressar a Portugal. Para lá acabaria por ir a 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala.
A CCAÇ: 4145/72 tinha chegado a Vista Alegre no dia 1 de Abril de 1973 (..., não, não foi enga-
no, mentira muito menos), depois de uns dias de «estágio» no Campo Militar do Grafanil, assim que foi a sua chegada a Luanda - nos últimos dias de Março de 1973. 
Os «caçadores» da 4145/74 é que nem o lugar aqueceram em Vista Alegre (e muito menos no
CCAÇ. 4145/72
(Destacamento da Ponte do Dange) e, a 20 de Novembro de 1974, há precisamente 44 anos, voltaram a Luanda - onde, provavelmente, terão integrado as Forças Militares Mistas. Nada sobre isso sabemos.
A 4145/74 era, recordemos, comandada pelo capitão Ga-
briel Gomes, oficial que tinha estado «implicado» no Golpe das Caldas (da Rainha), em 16 de Março de 1974.
A CCAÇ. 4145/72,  a única da intervenção da zona, já agora e recordando, era comandada pelo capitão Raul Alberto Sousa Corte Real e tinha sido formada no Regimento de Infantaria nº. 1 (RI1), na cidade da Amadora. Regressou a Portugal em Dezembro de 1974.
Requisição à CP de um bilhete de Águeda para
Lamego Central, em 2ª. classe e, como se pode
ler, ««devendo a importância do mesmo trans-
 porte ser paga pelo Ministério do Exército».

Exército pagava o
transporte dos militares

Há algum tempo, encontrámos na net uma sin-
gular discussão sobre os custos das viagens da tropa colonial, nomeadamente no período de recruta e especialização, depois no de mobili-
zação e embarque para os teatros operacionais - fosse para Angola, Moçambique e Guiné, ou Cabo Verde, Madeira, Açores, S. Tomé Príncipe, Macau e Timor.
As viagens de avião e/ou barco, eram naturalmente custeadas pelo Estado Português. Não havia dúvidas. Dúvidas havia (e em nós ficaram multiplica-
das...) sobre quem pagava as deslocações internas, dentro do Portugal Me-
tropolitano e de nossas casas para (e das) as unidades militares.
A argumentação era tão farta, de um lado e de outro - os que diziam que pa-
gava o Estado (total ou parcialmente), ou pagava o militar. Tão farta e expres-
siva, que medraram as dúvidas e nenhuma certeza ganhámos quando, pelo telefone, perguntámos a meia dúzia de companheiros: pagávamos, ou não pagávamos os bilhetes da tropa? Ninguém se lembra bem!
Quis o destino que achasse, aqui por casa, um exemplar de uma requisição de transporte, em 2ª. classe, no caso à CP e da Estação de Águeda para a de La-
mego Central, quando, já concluído o curso de Operações Especiais, lá fiquei colocado. Se repararam bem, verificarão que a requisição era do Ministério do Exército, via DL 2023, de 4 de Fevereiro de 1922, expressamente referindo, e citamos, «devendo a importância do mesmo transporte ser paga pelo Minis-
tério do Exército»Está todo esclarecido: pagava o Estado.  

Furriel C. Viegas

Viegas,  furriel do Quitexe,
66 anos em Águeda !

O furriel miliciano Viegas, do PELREC da CCS do BCAV. 8423, festeja 66 anos a 21 de Novembro de 2018.
Cavaleiro do Norte do Quitexe, e especialista de Operações Es-
peciais (Rangers), jornadeou pelo Quitexe e Carmona e regres-
sou a Portugal a 8 de Setembro de 2018, no final da sua jornada africana por terras do Uíge angolano. Fixou-se em Ois da Ribeira, a sua terra natal do concelho de Águeda, e trabalhou nas áreas administrativa, jornalística e bancária. Já aposentado, mora na mesma localidade e hoje fica ele com os parabéns em casa. É (sou) o editor deste blogue!

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