quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

4 347 - Comandante no Sector do Uíge e tempo de cimeira(s)!

Cavaleiros do Norte em momento de refeição. Na fila de trás e da direita para a esquerda, Gaiteiro, Serra,
 1º. cabo Malheiro, Aurélio (Barbeiro), 1º. cabo Mendes (de óculos), condutor Miguel e... ? Em primeiro
plano e assinalado, o 1º. cabo João Monteiro (Gasolinas), que amanhã festeja 67 anos. Cabrita, Calçada,
Gonçalves, NN e NN (de costas) e Florêncio. Quem são os quatro em primeiro plano, alguém reconhece?
Cavaleiros do Norte da CCS do BCAV. 8423, ambos 1ºs. cabos
 e na parada do BC12: João Monteiro, o Gasolinas, e Manuel
 Marques, o Carpinteiro (que faleceu a 1 de Novembro de 2011,
de doença e em Ovar)

O tenente-coronel de Cavalaria Carlos Almeida e Brito, comandante do BCAV. 8423, deslocou-se a Carmona no dia 3 de Janeiro de 1975, onde reuniu no Comando do Sector do Uíge (CSU).
A cimeira dos movimentos de libertação de Angola com o Governo de Portugal, projectando a independência da então colónia portuguesa, estava na ordem do dia e foi, seguramente, tema desta conferência de comandantes das Unidades que operavam no Uíge e ali estabeleciam «contactos operacionais»
Os presidentes Agostinho Neto (MPLA), Holden
Roberto (FNLA) e Jonas Savimbi (UNITA)
 
O BCAV. 8423 era uma delas. 

Movimentos no Quénia
a preparar Portugal

Ao tempo, MPLA, FNLA e UNITA estavam reunidos no Quénia, para prepararem a cimeira do Algarve, ainda não se sabia onde..., mas já se sabia que Portugal iria propor a formação de um Governo Angolano com 12 ministros - três portugueses e três de cada um dos três movimentos.
As delegações eram lideradas pelos respectivos presidentes: Agostinho Neto (do MPLA), Holden Roberto (da FNLA) e Jonas Savimbi (da UNITA).
«Os três movimentos deverão considerar, ainda, as suas posições sobre a proposta portuguesa de dissolver as suas Forças Armadas e formar uma força unificada de defesa integrada junto das tropas portuguesas», reportava o enviado especial do Diário de Luanda, a partir da queniana Mombaça, precisando que «a aceitação desta proposta pressupõe que cada um dos grupo entregasse o controlo militar das áreas onde tem operado e que tonaram durante a dura e cruenta guerra de guerrilha cm os portugueses».
Assim iam os dias descolonizadores de há 43 anos, por terras nortenhas de Angola.

O 1º. cabo Monteiro
em 1975 (em cima) e
2018 (ao lado)

Monteiro, o 1º. cabo Gasolinas,
67 anos em VN de Gaia !

O 1º. cabo João Monteiro, especialista de combustíveis e lubrificantes da CCS dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, está em festa de anos: os 67 que comemora a 4 de Janeiro de 2019.
João Fernando Carvalho Dias Monteiro, de seu nome com-
pleto, foi imortalizado com o epíteto de Gasolinas, na jorna-
da africana do Uíge angolano e ainda hoje assim é afectuo-
samente chamado no ambiente da nossa saudade militar. Regressou a Por-
tugal no dia 8 de Setembro de 1975 e fixou-se em Braz Oleiros, na freguesia de Águas Santas, na Maia - onde residia. Actualmente, é empresário do sector oficinal automóvel e reside em Chãos de Monte, em Vila Nova de Gaia. Para lá vai o nosso abraço de parabéns! 

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