sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

4 348 - O último dia, no Quitexe, do Pelotão de Morteiros 4281!

Os alferes milicianos João Leite, comandante do Pelotão
 de Morteiros 4281, Jaime Ribeiro (do Pelotao de Sapadores)
e António Manuel Garcia (do PELREC) 


O Pelotão de Morteiros 4281 - os «Rápidos e Cer-
teiros» - concluiu, a 4 de Janeiro de 1975, há preci-
samente 43 anos, a sua rotação da vila do Quitexe para a cidade de Carmona, «cessando nesta data o reforço dado ao BCAV. 8423», desde a sua «entrada no Sector» do Uíge ango-
lano - que ocorreu a 6 de Junho de 1974.
O PELMOR 4281 era comandado pelo al-
feres miliciano João Leite, um açoreano
Os furriéis milicianos Fer-
nando Pires e Luís Costa,
do PELMOR 4281
que agora (e desde há muitos anos) é empresário de te-cnologias de informação nos Estados Unidos, em San Lorenzo, na Califórnia, casado, pai de um casal e avô de três netos. Partira de Lisboa para Luanda a 16 de Abril de 1974 e, depois de um «estágio» de uns quatro ou cinco dias no Campo Militar do Grafanil, viajou para o Quitexe, galgando os 240 quilómetros da Estrada do Café - que vai de Luanda a Carmona - e onde rendeu um outro Pelotao de Morteiros (o PELMOR 3095), que já ali estava há 28 meses e, no falar do furriel miliciano Luís Costa «completamente cacimbados». 
A rotação do Quitexe para Carmona começara a 10 de Dezembro anterior (de 1974). O Pelotão de Morteiros 4281 tinha sido formado e mobilizado no Regi-
mento de Infantaria 20 (RI20), em Abrantes, e incluía uma meia dúzia de 1ºs. cabos e uns 40 soldados. Regressou a Portugal em Julho de 1975.

Valdemar e Pagaimo, ambos do
 Pelotão de Morteiros 4281
Tiros de G3 a alvos
em... andamento!

O PELMOR 4281 incluía os furriéis milicianos Fernando Pires e Luís Filipe Costa, para além do 2º. sargento Fernando Gomes (que era o responsável pela secretaria). 
A memória lembra-nos um militar com mais de 40 anos, muito alto e magro e meio desengon-
çado, de tez escura e 3 ou 4 comissões, a pri-
meira delas na Índia. Tinha lá a esposa, mas raramente frequentava o bar e messe de sargentos.
O furriel Luís Filipe Costa avivou-nos a memória sobre o 2º. sargento Go-mes: «Era o antigo «chefe» da carreira de tiro de Mafra e uma máquina a fazer tiro de G3. Conseguia saltar de um «burro de mato» em andamento e acertar num alvo em andamento e a uma distância considerável». 
O furriel Luís Filipe Costa é agora aposentado da SONAE e administrador de condomínios em Tavira. Reside no Estoril. O Fernando Pires é reformado da GNR e reside bem perto, em S. Domingos de Rana, embora seja do Porto.
O 1º. cabo Celestino Pagaimo era outro «morteiro» e viria a ser nosso compa-
nheiro em outras andanças da vida pós-jornada africana do Uíge angolano. É natural e residente em Cantanhede e reformado das Brigadas de Trânsito da GNR. E também o Valdemar e o Delmar Alves, de Espinho. Tudo boa gente!
Quem nos pode dar dicas sobre os tantos outros Morteiros 4281 do Quitexe, companheiros da jornada angolana do Uíge?

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