quarta-feira, 31 de julho de 2019

4 767 - Saída do BCAV. 8423 de Carmona, viaturas e Companhias de apoio!


Cavaleiros do Norte da CCS do Batalhão de Cavalaria 8423 (BCAV. 8423), de várias especialidades mili-
 tares e mobilizados no RC4, em Santa Margarida. Aqui, em Setembro de 1974 e em pose para o futuro e
 a história, então na parada do Quitexe, no uíjano norte de Angola
Sexteto de Cavaleiros do Norte do PELREC, na caserna do
Quitexe: João Marcos, furriel José Monteiro (à civil), alfe-
 res António Garcia, 1º. cabo Joaquim Almeida (mais
atrás), Aurélio Barbeiro e Dionísio Baptista


A operação de retirada do BCAV. 8423 para Luanda «começou a materializar-se a 31 de Julho de 1975», depois de várias reuniões dos comandos dos Cavaleiros do Norte com o QG da RMA.
O livro «História da Unidade» dá conta que nesse dia, uma 5ª.-feira de há rigo-
rosamente 44 anos, começou «a chega-
da de viaturas e tropas de reforço», já obtidos estavam, necessariamente, «os meios necessários à execução de tal operação»
Os Cavaleiros do Norte, ainda assim, continuavam os seus patrulhamentos na cidade e acessos principais, procurando manter a ordem pública - por um lado, enfrentando a hostilidade crescente da FNLA e dos homens do seu Exército de Libertação Nacional de Angola (ELNA), por outro procurando aliviar as tensões e angústias que medravam no espírito de comunidade civil europeia, que tardou a perceber que o rumo, o futuro de Angola era outro, que não o que expectavam.
Os furriéis milicianos Manuel
Pinto, da 1ª. CCAV. 8423, e Grenha
 Lopes, da 3ª. CCAV. 8423, aqui
ainda em Santa Margarida

Angola com conflitos
em todo o território

Ao tempo, e segundo o Diário de Lisboa desse dia, «os conflitos armados que até agora se circunscreviam a Luanda, Quanza Norte e Malanje, alastram-se agora a outros pontos do território».
Um comunicado do Alto Comissário deu conta que «eclodiram violentas confrontações entre o MPLA e a FNLA na cidade de Porto Amboim, importante porto piscatório do Quanza Sul», com emprego de armas pesadas, o que «deixou a população em pânico» e, por isso, sendo evacuada de barco para o Lobito. Mais a sul, em Novo Redondo, os combates tinham «cessado na terça-feira à tarde» (dia 29), mas a população local, alarmada, preparava-se para abandonar a cidade.
Em Malanje, mais a leste do imenso território angolano, as 6000 pessoas que se tinham  refugiado nos quartéis portugueses, «começaram a ser evacuadas para o sul de Angola, em comboios de 50 viaturas, com escolta de militares portugueses durante 10 quilómetros» - até à saída da cidade.
A situação em Luanda, a capital, e no Caxito «mantinha-se estacionária, não havendo notícias de incidentes nem de movimentos assinaláveis das tropas, quer da FNLA, quer do MPLA».
A Estrada do Café, entre Luanda
e Carmona, aqui em Aldeia Viçosa

Salcedas de Aldeia Viçosa,
faleceu na Covilhã !

O 1º. cabo Salcedas, da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viço-
sa, faleceu há 13 anos. A 31 de Julho de 2006, na Covilhã.
João Duarte Salcedas foi 1º. cabo atirador de  Cavalaria de especialidade militar e combatente dos Cavaleiro do Norte comandados pelo capitão miliciano José Manuel Romeira Pinto da Cruz. Regressou a Portugal no dia 10 de Setembro de 1975, no final da sua comissão de serviço por terras uíjanas de Angola. Também em Carmona.
Fixou-se, então, na sua natal aldeia e freguesia de Carvalho, município da Co-
vilhã, e sabemos que faleceu, por razão que desconhecemos, quando residia no Loureiro da Moita, mesmo ao lado. Hoje o recordamos com saudade! 

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