O capitão miliciano José Paulo Fernandes, comandante da 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel, que integrou a coluna e Carmona para Luanda- Há 44 anos! |
Comunicado da 5ª. Divisão do EMGFA |
A coluna do BCAV. 8423 chegou ao Grafanil às 12,45 horas de 6 de Agosto de 1975. Há 44 anos!
«Terminou assim a odisseia de milhares de civis que, à chegada a Luanda, choravam por se sentirem salvos», reporta o livro «História da Unidade».
O dia começou bem cedo, era quarta-feira e já o terceiro da epopeica coluna de Carmona para Luanda. Após uma «nova interrupção de marcha», depois do Dondo, registou-se novo arranque às 7 horas, quando, finalmente, e definitivamente, «foi retomada». Luanda estava a 174 quilómetros.
Recapitulemos, textualmente, o livro «História da Unidade»:
«A coluna, às 10,20 horas, foi sobrevoada por dois aviões Fiat e um heli, com uma reportagem da BBC, para passara Catete ás 11 horas e começar a chegar ao Grafanil às 12 horas, aqui com o tempo de escoamento de 45 minutos.
Terminou assim, ás 12,4 horas de 6 de Agosto de 1975 o movimento do BCAV. 8423 de Carmona para Luanda, nos 570 quilómetros de itinerário e no tempo de 58,45 horas, trazendo consigo cerca de 700 a 800 viaturas».
Um comunicado da 5ª. Divisão do Estado Maior General das Forças Armadas dessa data referiu-se à saída das NT, no dia 4 desse Agosto de 1975.
«Como é habitual, grande parte da população acompanha a tropa portuguesa. A coluna, constituída por centenas de viaturas, que se estende por vários quilómetros, saiu ontem de Carmona e Negage», reportava o comunicado da 5ª. Divisão do EMGFA (ver imagem).
A imprensa de Luanda reportou a chegada dos Cavaleiros do Norte a Luanda. Há 44 anos! |
Centenas de viaturas e
milhares de desalojados !
A imprensa escrita de Luanda, no dia seguinte, deu conta da chegada dos Cavaleiros do Norte ao Grafanil, a poucos quilómetros de Luanda.
«Centenas de viaturas e milhares de desalojados vindos do Uíge», titulava um dos jornais diários de Luanda.
«Rostos cansados, mas com um sorriso de alívio, era o quadro representativo dos que esperam na capital a oportunidade de embarcar para Portugal», reportava o jornal, como se pode ver na imagem, acrescentando que era «gente de todas as condições sociais, de todas as idades».
«Muitos apenas traziam uma mala de roupa e a vontade de partir, o mais rápido possível. Semblantes que, embora pensativos, conseguiam sorrir», precisava o jornal - cujo recorte nos foi agora facilitada pelo 1º. cabo Jorge Silva, das TRMS da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala.
Quanto aos Cavaleiros do Norte, considerando que esta «teria sido a missão mais difícil», acrescentaram no HdU que foi também «aquela em que bem demonstrou o seu «querer e saber querer», conduzindo uma operação que forçosamente terá de ser um pilar bem marcante da sua história».
Sem dúvidas!
Adão Correia, 1º. cano da 1ª. CCAV. |
Adão, 1º. cabo de Zalala,
faleceu há 10 anos !
O 1º. cabo Adão, da 1ª. CCAV. 8423, da Fazenda Zalala, faleceu há precisamente 10 anos, vítima de doença, em Lousada.
Adão Luís Correia de Morais, de seu nome completo e atirador de Cavalaria de especialidade militar, regressou a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975 e fixou-se no lugar de Bolas de Cima, freguesia de Ordem, no concelho de Lousada (Porto).
Por lá fez a sua vida e lá ainda festejou os 57 anos, a 10 de Abril de 2009, fale-
cendo poucos meses depois - a 7 de Agosto desse ano, vítima de doença. Hoje o recordamos com saudade. RIP!!!
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