terça-feira, 3 de setembro de 2019

4 801 - A chegada ao Liberato dos Caçadores da 209 do RI 21

Grupo de militares da CCAÇ. 2019/RI 21, de Nova Lisboa, que se aquartelou na Fazenda do Liberato a
 2 de Setembro de 1973. Os da esquerda são furriéis milicianos: o Gaspar (de camisa branca) e o Flora.
Alguém pode ajudar a identificar os restantes?

O capitão Victor Correia, comandante, e o furriel
miliciano vagomestre José Oliveira, da CCAÇ.
209/RI 21, a da Fazenda do Liberato. Quem se-
rão os dois outros «caçadores»?
Monumento dos Mortos
na Fazenda do Liberato

A Companhia de Caça-
dores 209 chegou e aquartelou-se na  Fazenda do Liberato, no Uíge angolano, a 2 de Setembro de 1973. Ontem, exactamente, se passaram 46 anos!
Formada no RI 21, em Nova Lisboa (actual Huambo), era comandada pelo capitão mili-ciano Victor Correia e de lá  saiu a 9 de No-
vembro de 1975, regressando a Nova Lisboa.
A CCAÇ. 209/RI 21 ficou associada ao BCAV. 8423, como sua subunidade orgânica, a par-
tir de 6 de Junho de 1974, quando os Cava-
leiros do Norte chegaram ao Quitexe e
O condutor Nogueira da Costa e o furriel José
Oliveira, ambos da CCAÇ. 209/RI 21, em casa
e com o furriel Viegas, em Dezembro de 2012
passaram a ser responsáveis pelo Sub-Sector.


Os quadros e a revolta
dos Caçadores do Liberato

A CCAÇ. 209/RI 21 era essencialmente formada por militares da incorporação local (angolana) e imortalizou-se pela «revolta» de finais de Setem-
bro de 1974, quando tentaram «invadir» Carmona, dando «asas» à sua insatisfação quanto à situação do tempo (ver AQUI).
Um dos seus quadros europeus, o furriel miliciano José Marques de Oliveira, vagomestre de especialidade, foi companheiro de escola do editor deste blogue e amigos continuam, mais de 50 anos depois.
Olímpio Carvalho foi 1º. cabo de transmissões do Liberato e ajudou-nos, em tempos, a recompor parte do quadro da CCAÇ. 201/RI 21). Graças a ele, pode-
mos acrescentar mais dados.
- VICTOR. Victor Corrêa de Almeida, capitão miliciano, comandante da  Com-
panhia. Substituiu o capitão Parracho, que era do Quadro Permanente (QP) e estava colocado no RI 21, de Nova Lisboa.
- PEIXINHO. José Carlos Peixinho, alferes miliciano e engenheiro mecânico, ao tempo morador no Lobito.
- SERENO. José Adalberto Sereno de Castro e Melo, alferes miliciano. De família de Águeda, licenciou-se em engenharia química e morava em Nova Lisboa. Agora, na zona de Viseu.
- PEREIRA. Nelson Pereira, alferes miliciano, era de Sá da Bandeira.
- SPOSSEL. Carlos Manuel Morbey de Oliveira Spossel, de Luanda. A mãe era americana e o pai quadro superior dos Caminhos de Ferro de Benguela. 
Olímpio Carvalho, o nosso correspondente, foi 1º. cabo de transmissões e é bancário aposentado. Europeu, foi para Angola aos 4 anos e por lá ficou até 1979, já como empregado bancário, no Banco Totta. Mora em Mirandela.
Samuel Oliveira



Samuel de Aldeia Viçosa, 67
anos Vermoim da Maia !

O soldado condutor Samuel, da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, festeja 67 anos a 3 de Setembro de 2019.
Samuel Pereira de Oliveira é natural de Gueifães, no concelho da Maia, e lá regressou a 10 de Setembro de 1975, no final da sua jornada africana do Uíge angolano. Mora agora na Urbanização do Sobreiro, em Vermoim, também na Maia, para onde vai o nosso abraço de parabéns!
O alferes Garcia e o
soldado A. Gomes

Gomes, do Quitexe,
faria 67 anos !

O soldado Armando Domingues Gomes, do PELREC da CCS do BCAV. 8423, faleceu a 3 de Setembro de 1989. Há 30 anos!
Atirador de Cavalaria, foi louvado «pela maneira eficiente e dedicada como voluntariamente exerceu as funções de padeiro da sua subunidade, sem que para tal tivesse conhecimentos profissionais, nunca olhando a esforços, embora por vezes lhe fosse pedido trabalho que se pode considerar extenuante».
O louvor foi publicado na OS 165, que o sublinha como «militar correcto no trato, disciplinado e bom camarada». Hoje o recordamos com saudade. RIP!!!  

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