sexta-feira, 27 de setembro de 2019

4 825 - A revolta do Liberato na memória dos Cavaleiros do Norte!

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Uma coluna da CCAÇ. 2019/RI, a da Fazenda do Liberato e subunidade do BCAV. 8423,  numa progres-
são auto-transportada numa picada do Uíge angolano. Companhia formada, maioritariamente, por mili-
tares angolanos, revoltou-se  27 de Setembro de 1974

A esposa e capitão Victor Correia, comandante da CCAÇ.
209/RI 21, com o furriel José Oliveira e dois militares de
 identidade desconhecido (o de cima, à direita, e
o de baixo). Quem serão?
Grupo de «liberatos»


A 27 de Setembro de 1974, há 45 anos, a guarnição do Quitexe viveu um dos seus dias mais difíceis e dra-
máticos: o da revolta da Companhia do Liberato. Tais momentos já foram aqui suficientemente narrados (ver nos links abaixo), mas fal-
tava a associar o dia exacto. Qual foi  
ele, qual não foi, como foi? Pois, foi 27 e foi um sábado de Setembro muito encalorado e de muitos suores e temores.
O Livro da Unidade faz-lhe referência: «Em 27 de Setembro, na sequência de outros incidentes internos, processaram-se na CCAÇ. 209 graves problemas disciplinares, os quais passaram ao controlo do Comando do Sector do Uíge!»A CCAÇ. 209 era a do Liberato e, sobre os incidentes, nada mais diz. 
Ao tempo e passado o susto que nos poderia ter enlutado a alma e o corpo, eu tinha regressado de férias, de laurear o queijo pela imensa Angola e, se me lembro bem, a gravidade do assunto andou em bolandas opinativas durante largos dias. E o aquartelamento em prevenção que não nos descansou o físico.
Na véspera e no dia seguinte, por coincidência, o comandante Almeida e Brito 
O furriel Viegas em 2012, com dois «liberatos»:
o condutor Nogueira e o furriel Oliveira (à direita)
esteve reunido em Carmona, no Comando do do Sector do Uíge. Já estivera a 21 e 23, «sempre acompanhado por oficiais da CCS do BCAV.», precisamente para «contactos necessários aos bom andamento dos trabalhos militares».

O Liberato em Águeda,
na «casa» dos CdN !

A 1 de Dezembro de 2012, entretanto, e inesperadamente, fui visitado em casa por dois militares da Companhia do Liberato: o (furriel vagomestre) José Oliveira (que foi meu companheiro de turma na Escola Industrial e Comercial de Águeda e, para mim, é eternamente o Zé Marques) e o José Luís Nogueira da Costa, condutor da CCAÇ. RI/21, que nasceu em Tomar, para Angola foi aos três anos e por lá cresceu e fez vida, lá cumprindo o serviço militar e, entretanto, se «converteu» em colaborador/investigador deste blogue. 
Aqui aparecessem agora, e de novo, e teríamos de abrir espumante, enquanto refrescaríamos a memória sobre este dia de 1974.
As famosas Portas de Zalala

Catuna Santos de Zalala
terá falecido no Brasil !

O soldado Catuna dos Santos, atirador de Cavalaria a 1ª. CCAV. 8423, faria 67 anos a 27 de Setembro de 2019, mas já faleceu, no Brasil.
Joaquim José do Nascimento Catuna Santos era residente em Albufeira, no Algarve, e lá regressou a 9 de Setembro de 1975, no final da sua jornada africana do Uíge angolano. O furriel João Dias informou-nos que, em data desconhecida, emigrou para o Brasil e que lá terá falecido, por razões e data também desconhecidas. Hoje o lembramos com saudade! RIP!!!
1 - A revolta da Companhia do Liberato 1 /// Clicar AQUI
2 - A revolta da Companhia do Liberato - 2 \\\ Clicar AQUI
3 - A revolta da Companhia do Liberato - 3 /// Clicar AQUI
4 - O comandante do Liberato \\\ Clicar AQUI
5 - Dois «liberatos» em minha casa /// Ver AQUI

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