A Missão do Quitexe, onde sacerdotou o Padre Albino Capela. Mesmo ao lado da Igreja de Santa Maria de Deus |
O padre Capela em baptizado de Elisabete Rei |
A 8 de Dezembro de 1974, curiosamente um domingo e um feriado nacional, como hoje e hoje se fazem 45 anos (o tempo voa, voa!...), foi dia de «ir à missa» da pequena Igreja da Mãe de Deus do Quitexe, onde ao tempo sacerdotava o padre Albino Capela, da
O furriel Viegas na entrada da Igreja do Quitexe, vendo-se vá- rias das placas com nomes dos mortos de 1961 |
O povo do Quitexe, de qualquer cor, era maioritariamente católico e, por isso, não surpreendia a sua participação na celebração, a que se associavam muitos militares. Desse dia, e do tempo depois do final da Missa, por lá fiquei (assim que esvaziou) em alguns momentos de recolhimento pessoal, cerrando os olhos e imaginando-me na Igreja de Santo Adrião de Óis da Ribeira, a minha terra natal - mesmo aqui ao lado e na qual fui baptizado e onde cresci e aprendi os ensinamentos da catequese.
Recordo uma foto (não desse dia), em que apareço sentado nas escadas da entrada principal do templo e em que se vêem, na fachada, algumas das
Cassetes com algumas das memórias angolanas do furriel miliciano Viegas, dos anos de 1974 e 1975 |
Leituras e sons
da torre sineira
A tarde desse dia de há 45 anos, que vivi muito nostálgico - vá lá saber-se porquê!... -, foi tempo de (re)leituras no meu quarto (e do Neto, já regressado de férias) e de audição, repetida, da cassete que tinha levado daqui, com os repeniques e sinais de chamada da torre sineira da minha aldeia - que eu mesmo gravara e tocando-os eu mesmo.
Foram momentos intensamente sentidos, diria que emocionados e emocionantes. Reflectivos e grávidos de saudade do meu chão natal e das gente do meu sangue e amizade mas próximas.
Era domingo, mas dia de correio militar - que o 1º. cabo Rodolfo Tomás sempre ia buscar a Carmona, chegado de Lisboa por via aérea e principalmente através do SPM - o Serviço Postal Militar. Recebi o jornal da terra e devorei as notícias. As notícias e os anúncios, da primeira à última página. A leitura era um consolo de alma, um retemperar de entusiasmos!
Os Cavaleiros do Norte de Santa Isabel, os da 3ª. CCAV. 8423, continuavam a sua operação de mudança para o Quitexe. Iam abandonar a mítica fazenda - aquartelada por NT desde o início da guerra colonial, em 1961.
António A. Guedes |
Furriel António Guedes
continua internado !
O (furriel miliciano) António Artur Guedes continua internado no Hospital dos Lusíadas, em Lisboa, na sequência do AVC que sofreu a 6 de Dezembro de 2019.
«Está estável, mas afectado a nível motor, do lado direito», disse-nos Pedro Guedes, o filho (militar da GNR), acrescentando que está «algo combalido» mas que «ele é dos duros».
Ainda sem previsão de alta médica, continua internado no Hospital dos Lusíadas e para lá, para ele!!!, vai o nosso grande abraço, amigo e solidário, de todos os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423.
Força, pá!!! Já resististe a outras, és mesmo dos fortes!
José M. Beato, actual, em 2018 |
O 1º. cabo José Maria Beato em 1974/75... |
Beato, 1º. cabo de Aldeia
Viçosa, 67 anos em Valongo !
O 1º. cabo José Maria Pedrosa de Pinho Beato, da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, festeja 67 anos a 9 de Dezembro de 2019.
Cavaleiro do Norte rádio-telegrafista, foi louvado pelo «elevado interesse e dedicação postos nos seus serviços da sua especialidade, com o que conseguiu tornear as dificuldades por vezes encontradas, quer devido ao muito uso do material, quer devido às condições em que era obrigado a operar».
O louvor foi publicado na ordem de serviço nº. 170 e sublinha ainda que foi «cumpridor, disciplinado, consciente das responsabilidade das suas funções».
Regressou ao seu Porto natal a 10 de Setembro de 1975 e agora, aposentado e regular colaborador deste blogue, mora em Valongo, para onde vai o nosso abraço de parabéns!
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