terça-feira, 31 de dezembro de 2019

4 922 - A Corrida de S. Silvestre de 1974 na uíjana vila do Quitexe!

A Avenida do Quitexe, a 24 de Setembro de 2019. Aqui terminou a prova de S. Silvestre de 31 de Dezembro
de 1975. Há 45 anos!!! A meta esta instada frente à Messe de Oficiais, a casa dor de laranja onde está parado
 um jeep branco. Em primeiro plano, à direita a secretaria da CCS e a Casa dos Furriéis
Jorge Custódio Grácio, o Spínola,
 vencedor da S. Silvestre do Quitexe,
em 1974/75. Faleceu, vítima de 

acidente, em Carmona e a
  2 de Julho de 1975 
Celestino Pagaimo
o 2º classificado

Os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 viveram entusiasmados e em festa (a possível...) a noite de passagem do ano de 1974 para 1975.
A guarnição do Quitexe, onde se aquartelavam a CCS e a 3ª. CCAV., disputou aguerrida Corrida de S. Silvestre, o «rancho» até foi foi melhorado e a malta fora das escalas de serviço procurou os melhores programas possíveis, dentro dos condicionalismos que se viviam numa guarnição militar.
A noite desse 31 de Dezembro de há 45 anos foi intensamente chuvosa, mas não suficientemente forte para atemorizar os atletas-militares que se prepararam para «a tradicional corrida de S. Silvestre no Quitexe» - corrida que, como sublinha o Livro da Unidade, procurava «marcar a passagem do ano de 1974/75 em convívio fraterno e de paz, tal como as famílias do Quitexe fizeram, tendo no seu seio as famílias de militares, aqui presentes, por impossibilidade de juntar todo o BCAV.»
O Pagaimo em Outubro de 2019, ladeado pelos
furriéis Viegas, à esquerda, e Neto

S. Silvestre de chuva imensa
com Spínola e Pagaimo na frente!

A noite desse 31 de Dezembro de há 45 anos, lá pelo norte de Angola, foi intensamente chuvosa, mas não suficientemente forte para atemorizar os atletas-militares que se prepararam para «a tradicional corrida de S. Silvestre no Quitexe» - corrida que, como sublinha o Livro da Unidade, procurava «marcar a passagem do ano de 1974/75 em convívio fraterno e de paz, tal como as famílias do Quitexe fizeram, tendo no seu seio as famílias de militares, aqui presentes, por impossibilidade de juntar todo o BCAV.».
A prova viria a ser ganha, e com todo o mérito, por Jorge Custódio Grácio, soldado atirador de Cavalaria da 3ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Santa Isabel, e por lá (e depois pelo Quitexe) imortalizado como Spínola. O segundo lugar foi do 1º. cabo Celestino Pagaimo, do Pelotão de Morteiros 4281.
O Jorge Grácio (Spínola), tragicamente, viria a ser vítima mortal de um acidente de viação, na rotunda da cidade de Carmona - na qual embateu, sozinho, quando se transportava de motorizada. Faleceu a 2 de Julho de 1975 e o seu corpo veio para Portugal no avião que transportou a 3ª. CCAV. 8423, a 11 de Setembro do mesmo ano. Está sepultado na sua terra natal, o Casal das Raposas, Vieira de Leiria. Hoje, o recordamos com saudade. RIP!!!
O 1º. cabo Celestino de Jesus Pagaimo fez carreira militar nas Brigadas de Trânsito (BT) da GNR e, já aposentado, mora em Montemor-o-Velho.

O 1º. cabo Alfredo Coelho (o Buraquinho), que
 (não) venceu a S. Silvestre do Quitexe, de 1974
 para 1975. Na foto, com o maqueíro Joaquim
 Moreira (o Penafiel), um dos seus «cúmplices»
(com o 1º. cabo Gomes) da falsa corrida 

A (não) S. Silvestre
do Alfredo Buraquinho

A corrida da S. Silvestre teve partida à meia-noite, na estrada para Carmona, no ponto onde se cortava para a picada de Zalala. Seguiu para o Quitexe, pela Estrada do Café, e virava-se na no Bar do Rocha para a avenida. A meta estava instalada em frente à messe de oficiais.
Resolveu o 1º. cabo Alfredo Coelho (o Buraquinho) fazer das dele. E fazer o quê? Ele mesmo conta: «Como os enfermeiros tinham de acompanhar a corrida, na ambulância, combinei com o Gomes e Moreira (o Penafiel) que quando a corrida começasse, eu isolar-me-ia e entraria na ambulância, sem que fosse detectado. À frente e no mesmo percurso das viaturas militares que iam a fazer escolta e a iluminar a estrada até ao Quitexe».
Assim foi e ninguém deu por nada. As noites de África, como sabemos, são muito cerradas e a chuva «ajudou». Ao momento oportuno, o Buraquinho saltou da ambulância e começou a correr. «Íamos a passar próximo da casa do administrador, onde estava este e vários oficiais a verem a corrida, e, ao verem-me, entusiasmaram-me, gritando «força, Buraquinho, és o primeiro!!!...».
Era, mas não era e... fez-se justiça: «Cometi um erro, ao virar para a avenida, deveria ser na rua do Rocha e eu cortei antes», explicou ele, agora e lembrando que «cheguei à meta em primeiro, até fui vitoriado pelo capitão Oliveira, por eu ser da CCS, como ele, mas quando chegou o segundo classificado, este foi naturalmente o primeiro, o vencedor». Era o Grácio, mais conhecido por Spínola, da 3ª. CCAV. 8423 mas ao tempo já no Quitexe. 
«Denunciou a minha chegada forjada e, pronto, foi declarado vencedor, como tinha de ser», recorda o Alfredo Buraquinho, a sorrir-se desta sua «notável» proeza atlética de há precisamente 45 anos. 

segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

4 921 - A véspera do dia final de 1974! A cimeira dos movimentos angolanos!

A vila do Quitexe, a 24 de Setembro de 2019. O condutor Nogueira do Liberato (de costas) e o furriel Viegas,
 da CCS do BCAV. 8423 e em frente ao antigo Restaurante Rocha, a casa verde, que é agora uma farmácia.
Há pelo menos mais duas, nesta saudosa terra do Uíge angolano

Cavaleiros do Norte. Atrás, NN, Canhoto, Miguel, NN (mecânico),
Gaiteiro NN, Picote (de mãos nas ancas), A. Teixeira (pintor), NN
atrás), Serra (mãos no cinto), Pereira (mecânico),  1º. sargento Aires
(de óculos), alferes Cruz  (de branco), Celestino, furriel Morais (de
óculos), NN e NN e Vicente À frente, D. Teixeira (estofador), Mar-
ques (Carpinteiro, falecido a 1/11/20111)Madaleno (tronco nu)
e  Esgueira. Quem identifica os NN?
A 30 de Dezembro de 1974, lá pelas uíjanas terras do Quitexe angolano, de Aldeia Viçosa e de Vista Alegre/Ponte do Dange... -, os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 continuavam a sua jornada africana num dia-a-dia sem grandes problemas.
Serviços de ordem e patrulhamentos na Estrada do Café (a cargo, estes, dos grupos operacionais) ocupavam os dias (e noites) das guarnições, numa altura em que, felizmente, cada vez mais os «hábitos de guerra» era radicalmente mudados. Muito embora, devido a desactivação dos grupos de mesclagem, fosse «maior o esforço das tropas metropolitanas».
O Gabinete de Acção Psicológica continuava muito activo, esse sim, com sessões de cinema, jogos de futebol e a já aqui falada corrida de S. Silvestre, que fecharia o ano da sede do batalhão, em ambiente desportivo e no âmbito do plano de acção psicológica. Pelos outros aquartelamentos dos Cavaleiros do Norte do  BCAV. 8423, outras actividades de lazer e festa se preparavam e se iria desenrolar.
Notícia do Diário de Lisboa de há 41 anos,
sobre a cimentos dos movimentos angolanos

A cimeira angolana
anunciada para Portugal

A grande novidade do dia 30 de Dezembro desse já distante 1974, tinha a ver com a data (anunciada) da realização da Cimeira dos três movimentos de libertação com o Governo de Portugal: 10 de Janeiro de 1975 «algures, em Portugal». Até lá, disse Jonas Savimbi em Lusaka, UNITA, MPLA e FNLA «realizarão uma cimeira para concordarem numa plataforma comum, para apresentarem nas conversações com o Governo Português». Isto, numa altura em que, segundo as agências noticiosas France Press e a Reuters, se registavam «progressos recentes na melhoria das relações entre os três movimentos de libertação, através da assinatura de acordos».
Observadores internacionais, em Lusaka e citados pelo Diário de Lisboa, afirmaram que «essa cimeira apresenta-se como uma gigantesca evolução no caminho do entendimento dos três movimentos, para se encontrar a adequada solução angolana de independência»
«O nosso objectivo é ter em Angola um Governo de Transição antes do fim de Janeiro e a independência dentro de 9 a 12 meses», afirmou Jonas Savimbi, o presidente da UNITA- enquanto o Diário de Lisboa escrevia que «foi dado um passo em frente pela solução do problema de Angola, o maior território colonial português em África»

Octávio Botelho
sargento-ajudante
Octávio Botelho, sargento
ajudante, 83 anos nos Açores

O sargento-ajudante Octávio Botelho, antecessor dos Cavaleiros do Norte por terras do Uíge, festeja 83 anos a 31 de Dezembro de 2019.
Combatente do Batalhão de Artilharia 786, entre 1965 e 1967 - unidade com companhias no Quitexe,no Liberato, em Santa Isabel e em Zalala - Octávio Botelho cumpriu três comissões em Angola, antes, a de 1965 a 1967 (uma) e a de 1970 a 1972 (a segunda).
Natural do Faial da Terra, nos Açores, pré-aposentou-se em 1990 e aposentou-se em 1996, tendo já colaborado com este blogue. Vive agora na Ribeira Grande, ilha de S. Miguel, com a saúde «não muito boa», ele nos disse, mas claramente à altura dos próximos desafios, os dos próximos anos.
Para lá e para ele, vai o nosso abraço de parabéns!

domingo, 29 de dezembro de 2019

4 920 - Os movimentos de libertação na zona de acção do BCAV. 8423

A entrada de Vista Alegre, na Estrada do Café e do lado de Luanda (para Carmona). Aqui esteve
aquartelada a 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, entre 21 de Novembro de 1974 e 6 de Junho de 1975,
quando rodou para o Songo. Imagem de 24/09/2019
Combatentes e militantes da FNLA e do MPLA em Vista
Alegre, em data imprecisa de 1974/75 ainda no tempo do
aquartelamento local da 1ª. CCAV. 8423 


Os movimentos de libertação de Angola, pelos tempos de há 45 anos e no solo uíjano do norte, por onde jornadeavam os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, continuavam, com mais ou menos facilidade, a sua instalação no território.
E continuavam, nalguns casos, ocupando antigas instalações militares dos portugueses, noutros criando 
A Casa dos Furriéis no Quitexe em 1974/75
delegações políticas - que, na prática, acabavam por ser mini-aquartelamentos, bem o sabíamos. 
«Abandonados que foram alguns locais, começou a verificar-se uma aproximação dos movimentos, nomeadamente aos povos já há tempo fixados, na sua maioria com incidência da FNLA, mas também, em alguns casos, do MPLA», lê-se no livro «História da Unidade», o BCAV. 8423.
«Adivinha-se uma reserva latente entre os dois movimentos, já que na área predomina a FNLA. No entanto, não se tem verificado actos que possam preocupar as suas actividades», sublinha(va) o HdU, acrescentando que tais actividades «começaram também a entrar junto das populações europeias, que continuam pensando com reservas sobre o seu futuro, mas aceitando de bom grado, pelo menos aparente, a presença efectiva daqueles movimentos». Da UNITA, nem se falava. Era um movimento de libertação ausente do norte angolano.
Convívio de civis com militares, no balcão da messe de sargen-
tos do Quitexe, onde se vê o furriel miliciano Ribeiro (de gar-
 rafa na mão), o 1º. sargento Luzia (de costas), o sar. Dias e o
o 1º. sargento Joaquim Aires. Todos os outros são furriéis: An-
tónio Lopes (de óculos e cigarro na mão), Viegas, Bento (de bi-
gode) e Flora. Depois, Rocha (de bigode), Carvalho (bigode e

boina), Gre
nha Lopes e Luís Capitão. Em baixo, Armindo Reino

O governo Provisório
e os movimentos

O Governo Provisório de Angola, também  há 45 anos, «refuta(ou) energicamente as acusações feitas em Kinshasa (...) sobre o caso dos 2000 refugiados catangueses que desde 1963 se encontram em Angola e recusaram regressar ao Zaire, apesar da amnistia concedida pelo presidente Mobutu».
Os ditos refugiados estavam maioritariamente «instalados no distrito da Lunda, constituíram família, vivendo ordeiramente», segundo relatava o Diário de Lisboa, citando um comunicado do Governo Provisório, acrescentando que «foi livremente que tomaram a decisão de não voltar ao Zaire e preferindo continuar a trabalhar em Angola».
Estes acontecimentos chegavam ao Uíge - ao Quitexe, a Aldeia Viçosa, Vista Alegre e Ponte do Dange? Não chegavam oficialmente e deles (e de outros) apenas tínhamos conhecimento através da imprensa, em particular pelo jornal «A Província de Angola», diário que se publicava em Luanda - o actual Jornal de Angola -, que regularmente chegava ao Quitexe.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

4 918 - A cimeira inter-movimentos de libertação e o Governo Português!

Os 1º.s cabos António Pais e Emanuel Santos (agora emigrado nos Estrados Unidos, ladeando
o furriel Viegas, aqui no bar do Rocha e va mariscar e a cervejar  para o apetecido prato 
de bife com batatas fritas e ovo a cavalo 

A casa do sr. Guedes e o restaurante Topete, local de «culto»
da tropa portuguesa, situado na Avenida do Quitexe (ou
Rua de Baixo), para Camabatela.

Aos 27 dias de Dezembro de 1974, há precisamente 45 anos, ainda a faladíssima Cimeira Inter-Movimentos de Libertação estava ainda por marcar. 
O presidente Jonas Savimbi, da UNITA, partira de Brazaville, na véspera - onde conferenciara com dirigentes do MPLA (incluindo Agostinho Neto) e era para Lusaka que se expectava o iminente encontro tri-presidencial. Sem
Notícia do Diário de Lisboa de 27/12/1974
ainda se saber a data.
A Luanda e na véspera, regressara a delegação portuguesa que, em Kinshasa, se encontrara com Holden Roberto, o presidente da FNLA. Em Lisboa, um comunicado oficial da Presidência da República, negava o dia 3 de Janeiro como o dia da cimeira. A data fora avançada por um diário da capital. 
«Esclarece-se que a notícia em causa carece de fundamento», referia a nota do Gabinete de Costa Gomes, frisando que «no presente momento. toda e qualquer informação sobre o assunto é prematura, nomeadamente quanto a datas e locais».
O dia 27 de Dezembro de 1974 era uma sexta-feira (como hoje) e, pelo Quitexe, justamente por ser sexta-feira, costumava ser de belos e bem apetitosos jantares no Pacheco, no Topete ou no Rocha, restaurantes da vila uíjana muito afreguesados de pessoal militar.
A malta aburguesava-se um bocado, começando com uns pratos de marisco (os convencionais camarões..., coisa rara para os nossos paladares e consumos do tempo) e umas boas cervejas Cuca´s - ou a Skol, ou a Eka, ou a então muito nova N´Gola, marcas que matavam a nossa sede desse tempo.
A malta aburguesava-se um bocado, começando com uns pratos de marisco (os convencionais camarões..., coisa rara para os nossos paladares e consumos do tempo) e umas boas cervejas Cuca´s - ou a Skol, ou a Eka, ou a então muito nova N´Gola, marcas que matavam a nossa sede desse tempo.
Armindo Reino
em 2019
A. Reino
em 1974/75

Reino, furriel de Santa
Isabel, 67 anos no Sabugal !

O furriel miliciano Reino, da 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel, festeja 68 anos a 28 de Dezembro de 2019.
Armindo Henriques Reino foi especialista de Operações Especiais (os Rangers) e tem a particularidade de ter dois dias de anos: o da data de nascimento (28 de Dezembro de 1951) e a do registo (1 de Janeiro de 1952). Festa a dobrar!
Regressou a Portugal no dia 11 de Setembro de 1975 e fez carreira profissional na GNR, de que está aposentado, morando no Sabugal, a sua terra natal. Para lá e para ele, vai o nosso abraço de parabéns! 

quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

4 917 - Comandante em Carmona, em cumprimentos do Natal de 1974!

O edifício onde, em 1974, funcionava o Comando do Sector do Uíge (CSU) e Zona Militar Norte
 (ZMN), na cidade de Carmona, agora Uíge. Actualmente, é o Tribunal Militar das Forças Armadas de
Angola. Foto de 25 de Setembro de 2019
Almeida e Brito
Ornelas Monteiro


O dia 26 de Dezembro de 1974, pelas bandas do norte angolano, foi tempo de o comandante Carlos Almeida e Brito se deslocar a Carmona, onde  foi retribuir a mensagem de Natal do comandante do Sector do Uíge.
A mensagem sublinhara a certeza de todos os militares deslocados «estarem a cumprir uma alta missão, ajudando a construir, em paz, um novo país de expressão portuguesa». E que, nesta quadra em que todo o mundo se deseja «paz na
Notícia do Diário de Lisboa
na terra aos homens de boa vontade», e citamos o livro «História da Unidade», «juntemos os nossos esforços para que em Angola se consiga essa paz e, indiferentes a ofensas e calúnias, com a consciência tranquila, prossigamos confiantes e seremos até ao fim, para que possamos dizer, com satisfação e orgulho, missão cumprida».
Um ano depois, exactamente a 16 de Dezembro de 1975, foi o dia de o tenente-coronel Carlos José Saraiva de Lima Almeida e Brito assumir o comando do Regimento de Polícia Militar (RPM), em Lisboa, com o 2º. comandante José Luís Jordão Ornelas Monteiro, também tenente-coronel e que, em Maio de 1974, então major e 2º. comandante do BCAV. 8423, foi «desviado» para o Comando Chefe das Forças Armadas na Guine (agora Guiné-Bissau). Por isso, não seguindo para Angola com os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423.

Carlos Mendes

Mendes, 1º. cabo da CCS,
67 anos em Abrantes !

O 1º. cabo Carlos Alberto Serra Mendes, da CCS do BCAV. 8423, festeja 67 anos a 26 de Dezembro de 2019.
Bate-chapas de especialidade militar, foi Cavaleiro do Norte do Parque-Auto comandado pelo alferes miliciano António Albano Cruz e regressou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975, no final da sua jornada africana do norte de Angola e ao Pátio Joaquim Pedro, em Abrantes. 
Sabemos que mora(rá) no Bairro Catroga e Gaio, da freguesia de S. Vicente, também em Abrantes, para onde vai o nosso abraço de parabéns!  
Fazenda Zalala

Martins de Zalala
faleceu há 15 anos !

O soldado Fernando Martins, atirador de Cavalaria da 1ª. CCAV. 8423, faleceu há 15 anos.
Cavaleiro do Norte de Zalala, «a mais rude escola de guerra», e depois de Vista Alegre, Songo e Carmona, regressou a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975,  ao lugar de Ermida, no município da Sertã. O que sabemos dele, por informação do furriel João Custódio Dias (TRMS), é que faleceu em Coimbra, a 26 de Dezembro de 2004. Hoje se passam 15 anos!|
Hoje o recordamos com saudade! RIP!!!

quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

4 916 - O Dia de Natal de 1974 por terras uíjanas dos Cavaleiros do Norte!

O comandante Almeida e Brito, o segundo a contar da direita, no jantar  de Natal de Aldeia Viçosa, na
 2ª. CCAV. 8423 e há 45 anos. Da esquerda para a direita, furriel José Fernando Melo, alferes Jorge Ca-
pela e João Machado, tenente-coronel Almeida e Brito e capitão José Manuel Cruz

Consoada do Natal de 1974, em Vista Alegre. Reconhecem-se
 os furriéis Queirós (o terceiro do lado esquerdo) e Eusébio
 (o primeiro o lado direito). Quem conhece os outros
Cavaleiros do Norte?
 

O dia de Natal de 1974, há 45 anos, foi tempo de o comandante Almeida e Brito se deslocar a Aldeia Viçosa e Vista Alegre para confraternizar com os Cavaleiros do Norte ali aquartelados, respectivamente a 2ª. CCAV. 8423 e a 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala.
Almeida e Brito almoçou em Vista Alegre e daqui ainda foi ao Destacamento de Ponte do Dange, ambos comandados
O enfermeiro José Leal no almoço de Natal de
2019, no Porto e com os furriéis Mota Viana,
Manuel Pinto e Victor Velez
pelo capitão miliciano Davide Castro Dias. No regresso ao Quitexe, jantou com a guarnição de Aldeia Viçosa, liderada pelo capitão miliciano José Manuel Cruz.
Hoje, 45 anos depois e fazendo sumário das dezenas (que foram centenas...) de mensagens de natal recebidas pelo blog, fazemos na de José Leal, que foi enfermeiro de Zalala, o abraço para todos, a todos agradecendo todas as gentilezas.
José Manuel do Carmo Leal regressou a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975, à Rua da Fonte, em S. Mamede de Infesta. E por lá  fez vida, sendo um dos muitos Cavaleiros do Norte que foram ficando por trás da memória. Até que, em 2016, descoberto pelo furriel José António Nascimento (emigrado nos Estados Unidos), começou a participar nos almoços de natal dos «zalalas».
A saúde «traiu» o seu bem-estar e já há alçguns anos vítima de um AVC, segundo o furriel Manuel Pinto, faz-se acompanhar da esposa, para qualquer lado. Mora agora perto do Hospital de Santo António, no Porto.
«Não pode andar sem ajuda de terceiros», precisou o Manuel Pinto, dando conta, também, que «participou no almoço deste ano», a 14 de Dezembro de há poucos dias deste 2019 que está a terminar.
A Fazenda Santa Isabel, onde se aquartelou a
3ª. CCAV. 8423, a do capitão José P. Fernandes 

Tobias e António de Santa Isabel
festejam 67 anos em Dia de Natal !

António e Tobias são dois Cavaleiros do Norte a 3ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Santa Isabel, que festejam 67 anos no dia de Natal de 2019. 
António Joaquim da Silva António foi soldado atirador de Cavalaria e regressou a Portugal no dia 11 de Setembro de 1975, a Alfragide, no município de Oeiras. Mora agora no Pragal, em Almada.
Diamantino Rodrigues Tobias também foi soldado atirador de Cavalaria e no mesmo dia regressou a Pernelhas, lugar da freguesia de Parceiros, em Leiria, onde ainda reside.
Parabéns para ambos!

terça-feira, 24 de dezembro de 2019

4 915 -O Natal de 1974 nas guarnições do BCAV. 8423!

O comandante Carlos Almeida a Brito na consoada do Natal de 1974, no Quitexe, ladeado pelo furriel
Armindo Reino, à esquerda, e, á direita, o clarim Armando Silva e capitão José Paulo Falcão. De costas,
o capitão António Oliveira. comandante da CCS do BCAV. 8423
Natal do Quitexe, em 1974. Na fila de trás e à direita, o
 Gaiteiro (o primeiro, de bigode), Serra, 1º. cabo Malheiro

 (boina no ombro) e do Aurélio (Barbeiro). A olhar, de frente 
e de bigode, aqui em baixo, o Monteiro (Gasolinas) e a
 seguir o Cabrita, o Calçada e o Coelho (sapador)? O
 sétimo é o Florêncio. E os outros, quem os identifica?

A véspera de Natal de 1974, há 45 anos e no uíjano Quitexe do norte de Angola, começou comigo a pôr braçadeira de serviço e assumir a função de sargento-dia. Nada a que já não estivesse habituado, em dias especiais da nossa jornada uíjana de Angola. 
Correu bem, o dia todo, sem percalços e por todo ele se foi expectando a ceia de
Natal de 1974 em Aldeia Viçosa: o
1º. sargento Norte e os furriéis Mou-
rato, Matos e, à frente, o Letras
consoada, que foi no refeitório dos praças,
para toda a guarnição mas tinha a benção e a arte de cozinha das nossas Amazonas do Norte.
Que surpreenderam!! E de maneira!!!!
Estava tudo às mil maravilhas e não foram poucas as emoções e saudades que ali se «mataram», na frente de tão farta mesa e tão deliciosa ementa.
O mesmo aconteceu nas outras duas subunidades dos Cavaleiros do Norte do  BCAV. 8423: a 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, comandada pelo capitao miliciano José Manuel Cruz, e a 3ª. CCAV.  8423, a de Zalala e do capitão miliciano Davide Castro Dias, agora em Vista Alegre.

Natal de 1974 da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala,
mas aqui já em Vista Alegre. Há 45 anos !!!

Ementa europeia
na mesa de Natal

A ementa das compridas mesas do refeitório dos praças, no Quitexe, foi à moda das nossas casas europeias de família, não teve sequer falta de bacalhau (que foi o óbvio rei da consoada...), nem faltou o polvo e mais outros pratos típicos da época - enchendo de regalos os variados gostos dos comensais. E 
saciando o apetite devorador dos jovens Cavaleiros do Norte da CCS (a do Quitexe) e da 3ª. CCAV. 8423 (a de Aldeia Viçosa), então na força da sua juventude e ali sendo cúmplices de momentos muito especiais. 
Doces e aletrias, rabanadas, mexidos e sopas, frutos secos, queijos, arroz-doce, leite creme e outros acepipes, tantos outros acepites..., nada faltou na farta mesa do refeitório do Quitexe - onde comungaram, em partilha solidária, cúmplice e amiga, oficias, sargentos e praças das duas companhias, sem distinção..., todos irmãos da noite tão especial como aquela. Que nunca tínhamos vivido foram das nossas lareiras e do conforto e intimidade das nossas famílias.
As bebidas foram para todos os gostos, sem abusos, muito embora os bravos e emocionados, diríamos que nostágicos Cavaleiros do Norte não se tenham feito rogados. E, vamos lá, até um ou outro tenham abusado. Nada de mal ou execessivamente a mais. Ou talvez não!

Os alferes milicianos António Garcia e José Alegria
 Almeida, personagens de um momento muito especial
 da consoada de 1974, no  Quitexe! Atrás, os 1ºs. sar-
gentos João Barata e Joaquim do Aires

Noite de emoções
e lágrimas de saudade

Os alferes milicianos Jaime Ribeiro e António Albano Cruz recordam-se dessa saudosa e sentida noite de Natal de há 45 anos e lembram que «era tanta a quantidade e a variedade» de comidas e de... bebidas, que «alguns até entraram de gatas nas suas casernas e quartos». 
«Acho que isto tudo, esta vivência muito particular, afinal, até nos ajudou a criar a nossa personalidade, a nossa maneira de ser e estar e a ter forças nos momentos difíceis que por lá atravessámos, tanto jeito ou falta nos faziam», comentou o alferes Cruz, estes anos todos depois.

José Alberto Almeida, o alferes miliciano de reabastecimentos, recorda o achar de outro alferes - o António Manuel Garcia, de Operações Especiais (os Rangers) -, recolhido no canto do bar de oficiais, em momento de choradas saudades da família, enquanto no refeitório o «povo» do BCAV. 8423 continuava a festejar a data e fartava a fome das ementas de época, bem regadas a cerveja e também vinho - que vinho houve, sem faltas..., nessa nossa consoada de há 42 anos!!! Vinho e mimos, muitos mimos..., que nos encheram o corpo e o espírito! E parece que foi ontem à noite!!!

Neto, Viegas e Monteiro, três furriéis milicianos da CCS
do  BCAV.  8423, especialistas de Operações Especiais

 (Rangers), aqui já no Quitexe. Apresentaram-se no
 no RC4 na véspera de Natal de 1973. Há 46 anos!

Três «Ranger´s»

da CCS no RC4

Um ano antes, precisamente um ano antes, a uma segunda-feira de véspera de Natal de 1973, apresentaram-se em Santa Margarida e no RC4, os três futuros furriéis milicianos especialistas de Operações Especiais (Rangers) da CCS do BCAV. 8423.

A Ordem de Serviço nº. 301, do RC4. de 26
Ordem de Serviço do RC4, de 26/12/1973,
 com a apresentação, no RC4, dos futuros 

furriéis milicianos, Neto, Monteiro 
e Viegas, do BCAV. 8423
de Dezembro
de 1974, dá conta que a 24 de Dezembro (desse ano), às 11 horas se apresentaram, «vindos do CIOE, por terem sido nomeados para servir no ultramar, com destino às companhias que se indicam, do BCAV. 8423/73/RC4/RMA». E lá estão os nomes: Neto, Monteiro e Viegas, «pagos até 22 de Dezembro e abonados de alimentação até 23 de Dezembro, portadores da relação modelo 9 de fardamento e aumentados ao Regimento e ao BCAV. 8423». Nem mais!
O sargento e o oficial de dia, principalmente este, ainda brincaram connosco - teríamos de «entrar de serviço às 14 horas», o que significava lá passarmos a noite de Natal. Era o que nos faltava, mas, expedito, o Neto logo sentenciou o nosso destino próximo: «Vamos embora, castigo maior que o de ir para Angola, já não nos pode acontecer».
Saímos do RC4, no SIMCA 1100 dele, chegámos a Águeda e o Monteiro telefonou para Fornos, em Marco de Canaveses, para um irmão o ir buscar ao Porto. Em Águeda, ainda chegou a tempo de apanhar a carreira para a capital do norte e foi passar a noite de Natal a casa.
* Noite de Natal de 1974, ver AQUI

segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

4 914 - As saudades do tempo angolano. O furriel Guedes! Portugal com a FNLA!

O que resta do edifício do Comando do BCAV. 8423, em imagem de 24 de Setembro de 2019. A con-
 soada de 2019 decorreu no refeitórios dos praças, que fica(va) por trás do monte de ervas que se vê 

entre as ruínas e o imbondeiro. À esquerda e ao fundo, vê-se a Igreja de Santa Maria de Deus do Quitexe

Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 numa tarde pré-natalícia
 de 2019: os furriéis milicianos Ricardo, Viegas e Querido e, à
 frente, o cozinheiro José Rebelo

A vida fez encontrar quatro Cavaleiros do Norte num almoço pré-natalício, pela Lisboa que foi capital do grande império que do Minho ia parar a Timor: os furriéis Querido, Ricardo e Viegas, o cozinheiro José Rebelo.
O Querido e o Rebelo já por outras vezes foram achados na Odivelas por onde fazem vida. Do Alcides dos Santos da Fonseca Ricardo é que, ao vivo, notícias não havia, desde para aí 1995 ou 96. A memória já não dá para tudo.
O almoço meteu bacalhau e muita 
António Guedes
conversa, muitas saudades das terras uíjanas do norte angolano e dos companheiros que por lá jornadearam connosco. Algumas que nem se podem contar. 
Histórias, também, e muitas, do relacionamento com a comunidade civil quitexana e uíjana e dos alguns (des)amores e (des) encontros que, há 44 para 45 anos por lá se fantasiaram.
O dia foi também tempo de se saberem boas notícias do furriel António Artur Guedes, que foi Cavaleiro do Norte da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, e há semanas vítima de um AVC que o «atirou» para o Hospital dos Lusíadas. 
Recupera em casa, com limitações físicas na perna direita e já bem melhor do braço, mas muito estimulado e confiante. Como ele mesmo nos contou, em telefonema de Natal emocionado e feliz.
Tudo de bom, pá! O teu momento é para os forres, como tu!!!
Holden Roberto

Portugal e FNLA
reunidos no Zaire

A esse dia 23 de Dezembro de 1974, mas em Kinshasa, no Zaire, consumava-se a reunião entre a delegação portuguesa e Holden Roberto, o presidente da FNLA.
O Diário de Lisboa desse dia noticiava as «diligências em curso para a próxima convocação, em Luanda, de uma conferência que reunirá os dirigentes portugueses e os chefes dos movimentos de libertação».
A delegação portuguesa era liderada pelo brigadeiro António da Silva Cardoso (comandante da Região Militar de Angola) e António Carlos Magalhães Metelo (membro da Comissão de Descolonização).
Preparava-se um conferência, em Luanda, que reuniria delegados em representação do Governo de Portugal e dirigentes dos três movimentos de libertação - antes da prevista cimeira, a que se viria a realizar no Algarve. 
Sonhos de um tempo de franca alegria e (in)fundadas expectativas!
O alferes Carlos Sampaio, ladeado pelos furriéis
Mota Viana e Eusébio Martins, à esquerda, e
Jorge Queirós, à direita

Alferes e furriéis milicianos
no BCAV. 8423 e no RC4 !

O dia 23 de Dezembro de 1973, um domingo, foi tempo de apresentação de vários futuros Cavaleiros do Norte no RC4, em Santa Margarida, «nomeados para servir no ultramar, com destino ao BCAV. 8423».
Os seguintes:
- Alferes milicianos atiradores de Cavalaria Pedro Rosa e Carlos Sampaio (para a 1ª. CCAV.), João Periquito e Jorge Capela (2ª. CAV. 8423), Mário Simões e Carlos Silva (3ª. CCAV.).
- Alferes milicianos de Operações Especiais (Rangers) Mário Jorge Sousa (para a 1ª. CCAV.), João Machado (2ª. CCAV.) e Augusto Rodrigues (3ª. CCAV.).
- Furriéis milicianos Américo Rodrigues (para a 3ª. CCAV. 8423) e José Querido, António Flora (para a 3ª. CCAV.), todos atiradores de Cavalaria.

domingo, 22 de dezembro de 2019

4 913 - O Portugal de há 45 anos! O empréstimo americano...

Natal na escola primária do Cazenza, aldeia da área «metropolitana» do Quitexe. 
Reconhecem-se, a Irmã Maria Augusta Capela e os alferes Pedrosa, Hermida
(mãos na cinta), Pedrosa, Barros Simões, Cruz, Ribeiro e Garcia (com
 o dedo a apontar). Em primeiro plano, de óculos, o padre Capela

Consoada de Natal no Quitexe. De frente, os furriéis mili-
cianos Rocha e Fonseca (ambos de bigode), Viegas, Belo
(de óculos), Ribeiro e Pires (TRMS). De costas, Monteiro,
Pires (sapadores), Machado e Dias (de óculos)
A 22 de Dezembro de 1974, há 45 anos, chegou ao Quitexe aerograma de minha mãe, lembrando-me o Natal que pela primeira vez iria passar sozinha - ao tempo recentemente viúva e sem os três filhos, num curto espaço de tempo. Eu, o mais novo, na guerra colonial (a milhares de quilómetros), e minhas irmãs recém-casadas e nas suas casas.
O jornal de Águeda nesse dia recebido levou-nos a notícia da morte do engº. Carlos Rodrigues, que tinha sido nosso professor (meu e do Neto), no decorrer de uma viagem a Espanha, e trazia novidades políticas. 
O PS, pela voz de Mário Soares, anunciava que, relativamente ao seu primeiro congresso na legalidade, «o objectivo final é a destruição do capitalismo».  O CDS afirmava-se como «defensor da propriedade privada, recusando a economia do Estado». O ministro Almeida Santos garantia que «haverá lugares na metrópole para os funcionários das ex-colónias». 
Os Estados Unidos iam emprestar 500 000 contos a Portugal, para um programa de habitação social. O empréstimo poderia chegar aos 1,375 milhões de contos e já tinha aval do Congresso norte-americano. 
Um dos dias de véspera fora de festa de Natal no Cazenza (foto) e pelo Quitexe levedava o entusiasmo e a ansiedade pela realização da festa da consoada, que seria (e foi) de terça para quarta-feira, dia 24 de Dezembro de 1974.
Ver AQUI
Os furriéis milicianos Carlos
Letras e António Chitas

Apresentação do Chitas,
futuro furriel da 2ª. CCAV.!

O então futuro furriel miliciano Chitas, da 2ª. CCAV. 8423, apresentou-se no RC4 «nomeado para servir no ultramar» a 22 de Dezembro de 1973, há 46 anos!
António Milheiros Courinhas Chitas, Cavaleiro do Norte atirador de Cavalaria, é natural de Cabeção, em Mora, e regressou a Portugal no dia 10 de Setembro de 1975. Sabemos que, por razões de natureza profissional (relacionada com a construção civil), voltou a Angola, por onde andou vários anos, e que mora no lugar do Sobralinho, em Vila Franca de Xira.
Eduardo Tomé

Tomé de Aldeia Viçosa, 67
anos em Sintra !

O condutor-auto Eduardo Pedro Tomé, da 2ª. CCAV.- 8423, festeja 67 anos a  22 de Dezembro de 2019.
Cavaleiro do Norte de Aldeia Viçosa, a do capitão miliciano José Manuel Cruz, voltou a Portugal no dia 10 de Setembro de 1975, à sua natal terra da aldeia de Alvarinhos, freguesia de S. João das Lampas, em Sintra. Ainda lá mora, agora no Largo do Saibro, e para lá. para ele, vai o nosso abraço de Parabéns!