5 059 - Cavaleiros do Norte «coesos e disciplinados (...), não olhando aos factores negativos»

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Cavaleiros do Norte da 3ª. CCAV. 8423, todos furriéis milicianos e em frente ao Bar A Cubata, na Fazenda
Santa Isabel: António Fernandes, Vitor Mateus Ribeiro Guedes (que hoje faria 68 anos mas faleceu a 16
de Abril de 1998), Ângelo Rabiço, José Querido e Agostinho Belo

O furriel miliciano João Rito, sentado e de barbas,
foi da 1ª. CCAV. 8423 e apareceu morto, na estrada,
a 17 de Maio de 2008, perto de Ourém

Os dias do Uíge angolano de há 45 anos, continuavam  com os já aqui falados «constantes patrulhamentos nos centros urbanos e nos itinerários principais».
Os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, em esforços multiplicados e mil sacrifícios, sentiam-se e estavam, porém,«coesos e disciplinados (...), não olhando aos factores negativos que lhe eram atribuídos». E não só pela FNLA, o movimento dominante da zona, o que até seria expectável, como também e inexplicavelmente - ainda hoje isso não entendemos... - pela comunidade civil europeia. 
O dia 17 de Maio de 1975, há 45 anos, não foi diferente, mas o mesmo dia de anos depois, «ganhou» significados especiais e diferentes para os Cavaleiros do Norte do BCAV., particularmente os da 1ª. CCAV. (a de Zalala) e da 3ª. CCAV. (a da Fazenda Santa Isabel). 
Significados de perda!
Há 12 anos,em 2008, faleceu o furriel miliciano João Rito, em Ourém e provavelmente assassinado. O furriel miliciano Victor Guedes nasceu em 1952 e hoje faria 68 anos. Faleceu a 16 de Abril de 1998, há 22 anos!

O furriel Victor Guedes
com a quitexana Carla
Gaspar e em 1975

Victor Guedes, furriel
de Santa Isabel !

Victor Mateus Ribeiro Guedes foi Cavaleiro do Norte  especialista de armamento pesado e integrou a 3ª. CCAV. 8423, a da Fazenda de Santa Isabel.
Lá se aquartelou a 11 de Junho, depois do «estágio» do Campo Militar do Grafanil, nos arredores de Luanda e de lá rodou para o Quitexe a 10 de Dezembro de 1974, onde esteve até 8 de Julho de 1975, quando foi para Carmona.
O Victor Guedes foi um bom companheiro da jornada angolana do Uíge, sempre sereno e discreto, zeloso e culto, leal e cumpridor. Regressou a Portugal no dia 11 de Setembro de 1975, à Travessa dos Remédios, freguesia de S. Sebastião da Pedreira, em Lisboa.
Pouco mais sabemos dele, apenas que, em data indeterminada, passou a residir na Rinchoa, em Rio de Mouro (Sintra), e que ali faleceu, supostamente de doença, a 16 de Abril de 1998, aos 46 anos de idade. Muito novo! Tinha nascido a 17 de Abril de 1952 e hoje o recordamos com imensa saudade.

O furriel miliciano
João Rito, em imagem
de civil

A trágica morte 
do furriel Rito !

O furriel miliciano João Rito foi Cavaleiro do Norte da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, e faleceu, em condições trágicas e ainda não esclarecidas, a 17 de Maio de 2008. Hoje se passam 12 anos.
João Correia Marques Rito, de seu nome completo,  era natural de Salgueira, da Freixianda, freguesia de (Vila Nova de) Ourém, e lá voltou, por lá fazendo vida, celibatário por opção (embora se lhe reconheçam algumas paixões), trabalhando na área das resinas.
A sua jornada angolana começou na 1ª. CCAÇ. do BCAÇ. 4617/73, em Camaquenzo, na zona da Lunda - o Comando era em Henrique de Carvalho -, e continuou em Vista Alegre (na Companhia de Zalala, já para lá rodada), a partir de Dezembro de 1974.
A 17 de Maio de 2008, o seu cadáver apareceu abandonado numa estrada de Albergaria dos Doze - ainda hoje não se sabendo se ali foi atropelado e abandonado, ou se, morto noutro lado, ali foi deixado por quem (sabe-se lá quem...) o terá vitimado. Nunca se saberá, apesar da infestogação policial feita!
A comunidade dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 curva-se ante a sua memória e hoje o recorda com emoção e saudade. RIP!