quinta-feira, 21 de maio de 2020

5 063 - PM nas ruas de Carmona para resolver quezílias

A messe de sargentos dos Cavaleiros do Norte da CCS do BCAV. 8423, antiga messe de oficiais do
 Bairro Montanha Pinto, em Carmona. Imagem de 15 de Setembro de 2019
Um posto de venda de produtos da terra na Estrada
do Café e entre Aldeia Viçosa e o Quitexe


Os Cavaleiros do Norte do BCAV . 8423, ha 4 anos e pelas nortenhas terras uíjanas do norte de Angola, estavam cada vez mais assoberbados com serviços, patrulhamentos e escoltas, que «esgotavam» a sua capacidade física e mental.
O Uíge era, e citamos o livro «História da Unidade», «uma espécie «ilha no mar da FNLA», com todas as inconvenientes posições» que de tal advém». Com frequentes escaramuças entre elementos dos movimentos de libertação.
O Songo, a uns 40 quilómetros de Carmona (agora Uíge),  era onde estava, há 45 anos, a 1ª. CCAV. 8423, a do capitão Castro Dias - ida de Zalala, depois de Vista Alegre e Ponte do Dange.
Os crescentes e multiplicados incidentes de Carmona, por Maio fora, levaram os responsáveis militares a preparar uma nova remodelação no dispositivo militar. 
«O galopar desenfreado dos acontecimentos leva a admitir a necessidade de, pelo menos, fazer vir a 1ª. CCAV. para Carmona, abandonando Songo e Cachalonde, porquanto se interpretam como desnecessárias, senão inconvenientes, tais guarnições militares», lê-se no livro «História da Unidade» - o BCAV. 8423.
Viegas, Mosteias e Neto: três dos furriéis
milicianos  da Polícia Militar (PM),em
1975 e da cidade de Carmona

PM nas ruas para
resolver quezílias

A rotação, porém,  só viria a acontecer entre 6 e 12 de Junho seguintes, já depois dos dramáticos incidentes dos primeiros dias do mês, em Carmona - que sucederam aos que desde há meses se multiplicavam em Luanda e outras cidades de Angola, entre as forças da FNLA e do MPLA.
A cidade de Carmona respirava aparente serenidade, que as NT iam assegurando como gestores das cada vez mais visíveis diferenças entre os militantes e militares locais daqueles dois movimentos. 
E com a comunidade civil. 
O serviço de Polícia Militar (PM), exercido por Cavaleiros o Norte mais operacionais - casos dos furriéis milicianos Neto e Viegas, de Operações Especiais (Rangers), e do sapador Mosteias, que alternadavam 24 horas seguidas a patrulhar a cidade e os seus locais pais frequentados pelas NT... - foram um seguro garante da, e citamos o livro «HdU», da «resolução das muitas quezílias existentes entre a população civil as NT».
E isto, sublinhe-se, «devido a animosidade que aquela tem com estas». Animosidade, insultos e provocações constantes da comunidade civil para com
Carmona, actual cidade do Uíge;: a rua que liga a do
Comércio (do Pinguim) à do Cime Moreno e Rádio Clube 
 a tropa portuguesa, as NT.

A área mais
fulcral do distrito

A situação, vista 45 anos depois, ainda nos parece uma ilusão: como era possível, a tão reduzida guarnição militar, manter a segurança na cidade e nos itinerários de acesso? Sem dúvida, só com multiplicados esforços e sacrifícios do pessoal - normalmente dia-sim-dia-não de serviço, ora interno (no BC12), ora no exterior, neste caso «mantendo permanentemente o patrulhamento nos centros urbanos e nos itinerários, especialmente em Carmona», considerada, sendo o livro «História da Unidade», como «a área amais fulcral do distrito».
Não faltou determinação e coragem aos Cavaleiros do Norte!

Sem comentários:

Enviar um comentário