quarta-feira, 20 de maio de 2020

5 062 - O sacrifício do pequeno efectivo existente na Carmona uijana!

A Avenida Agostinho Neto, avenida Capitão Pereira no tempo colonial, vista da praça principal da
cidade. À esquerda, parte do edifício dos deputados uíjanos (cor de rosa) e o telhado de zinco da
velha Pensão Moreno e o Grande Hotel do Uíge. À direita, o Hotel Bago Vermelho
O edifício da Rádio Clube do Uíge, em Carmona,
no dia 25 de Setembro de 2019

Os tempos uíjanos de há 45 anos foram, continuadamente, de permanentes patrulhamento dos centros urbanos. 
A cidade de Carmona era, a toda a hora, «batida» pelos velhos Unimogs - e Berliets, nalguns casos... -, com militares de Portugal e das forças mistas. 
E rara era a noite em que não acontecessem pequenas escaramuças entre os homens da FNLA e do MPLA - armados, não esqueçamos..., e rivais... - que integravam essas forças e se pretendiam sobrepor à outra.
Carmona, a cidade (actual Uíge) capital do distrito/província, era o principal pólo de atenção das exigências militares, que noite e dia e sem descanso, «sacrificavam o pequeno efectivo existente» - o dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423.
Não só em patrulhamentos mistos como também em policiamento militar, para evitar incidentes e controlar as repetidas  provocações da comunidade civil europeia.
O Joaquim Grave a reparar viatura da 2ª. CCAV . 8423
numa acção operacional dos Cavaleiros do Norte

A liberdade
de circulação

A exigência tornou-se bem maior quando foi necessário estender os patrulhamentos aos principais itinerários. E disso já aqui falámos.
O objectivo era claro: «salvaguardar a liberdade de circulação», periclitada pela acção extemporânea de grupos armados, originários dos movimentos e libertação, cada qual à procura do seu seu espaço de controlo territorial e político. 
«As NT colaboraram nessas «barreiras», com vista a salvaguardarem a sua liberdade», anota o livro «História da Unidade».
Registaram-se variados incidentes, entre esses grupos armados e minimamente organizados, com adequada intervenção militar. Sempre sem um medo, rodeados. embora, de mil perigos
Os Cavaleiros do Norte eram «a única autoridade militar constituída» e, intervindo e pacificando as situações geradas neste cenário de imprevistos, mais não fazia que assumir «a razão de estar na zona de acção».


Novo de Zalala, 68 anos
em Oliveira do Bairro !

O 1º. cabo Manuel de Almeida Novo, dos Cavaleiros do Norte da 1ª. CCAV. 8423, festeja 68 anos a 20 de Maio de 2020.
Apontador de morteiros médios de especialidade militar, é natural de Paraduça, povoação da freguesia de Calde, do concelho e distrito de Viseu, e lá voltou a 9 de Setembro de 1975, no final da sua comissão angolana.
 A vida, por informação do furriel miliciano João Dias (TRMS), levou-o para a bairradina zona de Oliveira do Bairro, onde mora e para onde vai o nosso abraço de parabéns!

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