quinta-feira, 9 de julho de 2020

5 113 - O soldado «comando» amputado de um pé, na Baixa do Mungage!

O furriel Viegas, ladeado pelos 1ºs. cabos António Pais (viseense que amanhã festeja 68 anos, em 
Atouguia da Baleia, Peniche), à esquerda, e  Emanuel Santos (ausente nos Estados Unidos).
A cervejar e mariscar no Bar do Rocha, vila do Quitexe e em 1974

Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423: 1º. cabo Marques (Car-
pinteiro, falecido a 01/1/2011, em Esmoriz)), Duarte (cozi-
nheiro?), Rebelo, NN, alferes Ribeiro, 1º. cabo Almeida 
(cozinheiro), NN (negro), Messejana (f. a 27/11/2009, de
 doença, em Lisboa), Florêncio (barbas) e alferes António
 Garcia (f. de acidente, a 02/11/1979) 


A Operação Castiço DIG, a de «estreia» dos Cavaleiros do Norte pelas matas uíjanas de Angola, terá sido concluída a 9 de Julho de 1974, há 46 anos.
Não há certezas sobre a data precisa mas nela não se registaram incidentes especiais, mas com ela, e nela, o «baptismo de guerra» dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 foi tempo de vários contactos com o IN.
Um incidente, porém, foi trágico para um soldado da 41ª. Companhia de Comandos, que ficou amputado de um pé, por ter accionado uma mina anti-pessoal num dos perigosos trilhos da Baixa do Mungage.
A 41ª. CC, de resto e por isso mesmo, «retirou da Zona de Acção após umas escassas 18 horas de operação». A evacuação do ferido foi feita pelo PELREC do BCAV. 8423 e logo a 41ª. CC abandonou a operação, quando a sua participação «envolveria 8 dias de actividade operacional».
O furriel António Dias, da 41ª. Companhia de Comandos,
que o PELREC «achou» há 46 anos na Baixa do Mungage,
onde socorreu um soldado amputado de um pé

Considerado inoportuno
continuar a operação

O abandono da 41ª. CC foi-nos explicado, há dois/três anos, pelo furriel António Dias, conterrâneo que a integrava e naquela madrugada trágica lá então inesperadamente conhecemos. 
«Julgo que foi por ser considerado inoportuno continuar a operação, tendo em conta os riscos que se percepcionavam e o facto de já estar em andamento o processo de descolonização de Angola», disse-nos o António Dias, que agora é  empresário ligado aos sectores florestal e agrícola nas serras de Águeda, de onde é natural, e com quem, de quando em vez, recordamos a madrugada deste trágico caso, na Baixa do Mungage.
A 41ª. CC´s era comandada pelo capitão Octávio Emanuel Barbosa Henriques e, entre outros, incluía o alferes miliciano José Gomes e os furriéis António Dias e Valongo (que era angolano e tinha sido futebolista do FC do Porto e, suponho, internacional júnior).
António Pais e esposa
no encontro de 09/06/2018

Pais, 1º. cabo da CCS, 66
anos em Atouguia da Baleia !

O 1º. cabo António Correia Lourenço Pais foi rádio-montador da CCS do BCAV. 8423 e festeja 68 anos a 10 de Julho de 2018, em Atouguia da Baleia, em Peniche
Cavaleiro do Norte do Quitexe e na cidade de Carmona, era (é) natural do lugar de Travassos de Cima, freguesia de Rio de Loba, no concelho de Viseu, e lá voltou a 8 de Setembro de 1975, no final da sua (e nossa) jornada africana do Uíge angolano. Por lá fez vida familiar e profissional, trabalhando na área da pichelagem, saneamento e electricidade.
Agora e, já aposentado esde há alguns anos, está radicado em Atouguia da Baleia, no concelho de Peniche, para onde vai o nosso abraço de parabéns!

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