domingo, 6 de dezembro de 2020

5 269 - O COVID na vida dos Cavaleiros do Norte! Optimismo do MPLA quanto à independência de Angola!

Cavaleiros do Norte da CCS do BCAV. 8423, todos
 rádio-montadores: soldado António Silva, 1º. cabo
António Pais, furriel miliciano António Cruz e
 1º. cabo Rodolfo Tomás, na parada do Quitexe



A pandemia que tem endrominado a vida do mundo, chamada COVID 19, condicionou os encontros anuais dos Cavaleiros do Norte - os das 4 Companhias - e sabemos agora que há um companheiro afectado: o 1º. cabo Rodolfo Tomás.
«Fui atacado pelo vírus, mas estou assintomático», disse-nos ele, descansando o povo dos Cavaleiros do 
O 1º. cabo Tomás e esposa no encontro
de Penafiel, a 1 de Junho de 2019


Norte sobre a sua situação de saúde. 
Há dias, via facebook pessoal, tinha dado conta de ir «estar ausente de quarentena» e daí termos procurado saber o que se passava.
«Tudo bem e não esqueçam, cuidado muito cuidado, mas sejam felizes», respondeu o bom do Rodolfo Tomás, que há anos anda aos «pontapés» à Parkinson que lhe alterou radicalmente a sua vida e a dos seus mais próximos. Mas a que ele, estoicamente, heroicamente e sem medos, resiste e enfrenta com a serenidade dos bons e a confiança dos homens de fé.
Tudo de bom, pá!.., grande Rodolfo Hernâni Tavares Tomás, 1º-. cabo rádio-montador que, há 46 anos e pelo Uíge angolano, andaste voluntariamente a «passar fitas» (de cinema) aos Cavaleiros do Norte e ao povo da nossa ZA. Para ti e para a tua «mais-que-tudo». Que tudo, e rapidamente, volte ao normal dos vossos/nossos dias!
Futebol no Quitexe, há 46 anos, equipa da CCS: 
1ºs. cabos Grácio, Gomes e Miguel, soldado Bote-
lho (Cubilhas), furriel Miguel (pára), soldado Gai-
teiro e 1º. cabo Soares (em cima). Em baixo, Miguel 
condutor?), furriéis Mosteias e Lopes (enfermeiro), 
Delmar (Morteiros), furriel Monteiro e 
1º. cabo Teixeira (estofador)







Futebol e cinema pelas
bandas do Quitexe

Os primeiros dias de Dezembro de 1974 foram tempo de um 
carrossel de notícias e dúvidas que ao Quitexe chegavam sobre o processo de descolonização de Angola.
Tempos, também, de alguns patrulhamentos e várias escoltas, serviços de ordem e tempos vividos na paz dos anjos (passe o termo) - já sem operações militares pelas matas uíjanas.
Sobrava tempo, mesmo assim, para outras actividades. Já aqui falámos de cinema (com projeções entre 4 e 18 de Dezembro, as do 1º. cabo Tomás), mas o futebol foi outra das atrações do mês natalício de 1974. Há 46 anos.
«Realizaram-se desafios entre as subunidades», anotou o livro «História da Unidade», sem, naturalmente, indicar resultados. A memória faz-nos lembrar que eram «épicos», pela rivalidade (sã) entre as Companhias dos Cavaleiros do Norte.
O dia 6 de Dezembro de 1974 era sexta-feira e, em Luanda, Lúcio Lara, chefe da Delegação do MPLA, denunciou «a existência de um Movimento Democrático para a Divisão de Angola».

A notícia do Diário de Lisboa de
6 de Dezembro de 1974

Optimismo do MPLA quanto
à descolonização de Angola

O Diário de Lisboa de 6 de Dezembro de 1974, há 46 anos, dava conta da conferência de imprensa de Agostinho Neto, que denunciou «o aparecimento de elementos divisionistas, pretensamente pertencentes ao MPLA».
O presidente do MPLA anunciou que tinha sido apresentado aos jornalistas um indivíduo de nome Ikuma Imuene, que «pretendia trabalhar na mobilização de massas na Lunda».
Descobriu-se, disse depois Lúcio Lara, também alto dirigente do MPLA, que, afinal, pertencia a um denominado Movimento Democrático para a Divisão de Angola.
O MPLA, porém e ao tempo, segundo Lúcio Lara, estava optimista relativamente «a esta fase do processo de descolonização, até à constituição do Governo de Transição», sublinhando que esse estado de espírito se devia «ao facto de a calma estar a regressar ao país».

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