quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

5 279 - Movimentos abriram delegações no Uíge! MPLA e FNLA trocam acusações!

A entrada no Quitexe, do lado de Luanda e na Estrada do Café. O furriel Viegas, da CCS
(de frente),  e o condutor Nogueira, do Liberato (de costas),  a 24 de Setembro de 2019


Ao ido dia de 17 de Dezembro de 1974, já lá vão 46 anos e pelas bandas do Uíge angolano do norte, tudo ia nas calmas. Mais ou  menos.
Os movimentos emancipalistas, esses, pelo que recordo na leitura do livro «História da Unidade» - o BCAV. 8423 -, procuravam «ir estendendo a sua acção ao interior de Angola». Por outras palavras, ganhar território futuramente eleitoral.  
Abriram delegações em Carmona e, com o decorrer do mês natalício de há 46 anos, «apareceram secretarias desses movimentos em Quitexe e Vista Alegre».
Em terras da zona de acção dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423. E, de verdade se diga, os primeiros contactos foram muit cordiais e de (mútua) confiança.
Almeida e Brito

Almeida e Brito no Quitexe
como oficial de operações

O comandante do BCAV. 8423 era o tenente-coronel Almeida e Brito, que, na chegada dos Cavaleiros do Norte, já não era «maçarico» no Quitexe.
Carlos José Saraiva de Lima Almeida e Brito era oficial de Cavalaria de carreira e então como major, já por lá jornadeara em 1968, como responsável pelo sector de operações do BCAV. 1917, em regime de substituição.
A comissão desse tempo, e no Quitexe, começou a 24 de Janeiro e  terminou a 17 de Dezembro desse mesmo ano de 1968. Hoje se passam 52 anos.
Atingiu a patete de geral e faleceu, de morte súbita e durante um passeio a Espanha a a 20 de Junho de 2003, aos 76 anos. RIP!!! 
Diário de Lisboa de 17/12/1974

MPLA e FNLA 
trocam acusações 

Ao tempo, o MPLA festejara os 18 anos no Pavilhão dos Desportos, em Lisboa, e, após isso, o seu dirigente Paulo Jorge foi recebido pelo PS. 
A foto, ao lado, que «pescámos» do Diário de Lisboa, mostra, da esquerda para a direita, Jorge Campinos (socialista), Carlos Veiga Pereira, Ilídio Machado e Mário Jorge (do MPLA), Tito de Morais, Manuel Alegre e Marcelo Curto (do PS).
Complicadas pareciam, ir as relações da FNLA com o MPLA. Em Paris, Pakou Zola (do movimento de Holden Roberto), acusava que Agostinho Neto «fez todos os possíveis por criar dificuldades de última hora», à realização da cimeira entre os três movimentos». FNLA e UNITA, segundo disse, «já tinha chegado a acordo», faltando agora «a unificação do MPLA».
China e Roménia davam «apoio sincero e desinteressado» à FNLA e o seu dirigente manifestava preocupações por «a União Soviética apoiar uma das facções do MPLA». 
«Estamos muito preocupados com a política da União Soviética em relação a Angola, a qual poderá conduzir a um guerra fratricida», disse Pakou Zola, em Paris ouvido pela Reuters.

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