terça-feira, 9 de março de 2021

5 363 - Há 48 anos: 322 mortos do IN, 27 baixas portuguesas em Angola!



Cavaleiros do Norte do PELREC: 1º. cabo Hipólito, furriel Monteiro
 (à civil) e 1ºs. cabos Almeida e Vicente. Em baixo, o alferes
 Garcia, Leal, furriel Neto e Aurélio (Barbeiro). Garcia, Almeida,
Vicente e Leal já faleceram

O comandante-chefe das Forças Armadas Portuguesas em Angola, O general Joaquim da Luz Cunha, comandante-chefe das Forças Armadas Portuguesas em Angola, deu conta, em Luanda e a 9 de Março, um sábado de 1975, em conferência de imprensa reportada pela Agência Nacional de Informação 
Cavaleiros do PELREC. De baixo e no sentido dos ponteiros
 do relógio, Botelho (de bigode), Francisco (braços cruzados),
 Madaleno. Aurélio (a espreitar), Florêncio (de bigode), Messe-
jana e 1ºs. cabos Soares e Vicente (ambos de bigode). Atrás
 deles e de garrafa na mão, Ferreira, depois o 1º. cabo Almeida,

Leal (à frente dele), dois NN´s (canto superior direito), NN (a
olhar para a direita), NN (para a esquerda), 1ºs. cabos Silvestre 

e Almeida (ambos de bigode), Gomes e alferes Garcia
(ANI),  que «cerca de 45% dos quadros das FA que servem neste Estado são compostas por naturais de Angola».
«O grupo terrorista que mais se tem revelado nos últimos meses (...) é a UPA (Uniãos Povo de Angola - a FNLA liderada por Holden Roberto), que sob a designação de GRAE (Governo Revolucionário de Angola no Exílio), possui sede em Kinshasa, mas cujas guerrilhas, contudo, se tem limitado a reagir às acções das Forças Armadas», disse o general Joaquim Luz Cunha, acrescentando que o MPLA, o movimento do presidente Agostinho Neto, «tem vindo a executar, por vezes com certa intensidade e nas faixas fronteiriças com a Zâmbia e Cabinda, no norte da província, acções esporádicas, caracterizadas pela implantação de pequenos engenhos explosivos». 
Quanto à UNITA de Jonas Malheiro Savimbi, o último movimento emancipalista a ser criado em Angola e ainda segundo o general comandante-chefe, citado pela ANI, «apenas se revelou em acções violentas de pouco significado no início deste ano». O ano, recordemos, de 1974, numa altura em que os Cavaleiros do Norte ainda se encontravam em Portugal. No Destacamento do RC4, no Campo Militar de Santa Margarida. 
General Luz Cunha

322 mortos do IN, 27
baixas portuguesas

A conferência de imprensa de Luz Cunha deu para se saber, também, do número de baixas do último semestre de 1973: 322 mortos dos três movimentos. O IN.
«As nossas forças tiveram 27 mortos em combate», disse o comandante-chefe das Forças Armadas e Angola, enfatizando, numa outra perspectiva, «a promoção social que os elementos das FA desenvolvem».
Citou alguns números:
- 516 militares desempenham funções docentes, leccionando a
- 9 556 alunos do ensino primário,
- 430 do ensino secundário e
- 86 do técnico.
Os militares também prestaram assistência sanitária a civis, apoiando
- 79 500 pessoas e distribuindo 
- 6 000 contos em medicamentos - o equivalente a 977.743,05 euros, segundo o rec onversor da PORDATA. Por outro lado, foram feitas:
- 3 899 intervenções cirúrgicas. E obras de assistência social no valor de 500 000$00. Que, a valores de hoje, seriam 81 478,59 euros.
Já agora, o Orçamento das Forças Armadas para Angola e em 1974 era de:
- 3 milhões de contos. Hoje, seriam 488.871.523,74 euros.
Cavaleiros do PELREC: Alberto Ferreira (atrás), 1º.
 cabo João Pinto (cabelo rapado), Francisco Madale-
no (garrafa na mão) e João Marcos (de copo não mão)

Cavaleiros da 3ª. CCAV.
para a CCS do 8423.

A ordem de serviço nº. 64/1974, do RC4, dá conta de várias transferências internas do Batalhão de Cavalaria 8423. 
O BCAV. ganhava corpo e orgânica, a cada dia que passava.
Uma delas, a 28 de Fevereiro e para o PELREC, foi a do 1º. cabo Joaquim Figueiredo de Almeida, atirador de Cavalaria do 1º. EI e natural de Pedrogão de S. Pedro, em Penamacor - onde, de doença, faleceu a 28 de Fevereiro de 2009.
A 1 de Março, da 3ª. CCAV. 8423, todos para o PELREC da CCS e todos atiradores de Cavalaria, foram os seguintes:
- Fernando Manuel Soares, 1º. cabo, da Cova da Piedade, falecido em 2019. 
- Ezequiel Maria Silvestre, 1º. cabo, do Laranjeiro, em Almada.
- João Augusto Rei Pinto, 1º. cabo. Morador no Alto do Moínho,bem Corroios.
- Albino dos Anjos Ferreira, 1º. cabo. que faleceu a 23 de Janeiro de 2017, em Almargem do Bispo, em Sintra.
- José Manuel de Jesus Cordeiro, 1º. cabo. Natural da Portela do Vale de Espinho e morador em Bezerra, em Porto de Mós. 
- Augusto de Sousa Hipólito, 1º. cabo. Morava em Azinhaga da Flamenga, Marvila, em Lisboa. Está emigrado em França.
- Francisco José Matos Madaleno. Da Estrada do Cimeiro, em S. Francisco, agora morador na Saudade, na Covilhã.
- Francisco Alves Miranda, que não seguiria para Angola, por troca. Foi ciclista profissional e vencedor da Volta a Portugal em Bicicleta de 1980.
- Raúl Henriques Caixaria. Natural e residente em Sarge, de Torres Vedras.
- João Manuel Lopes Marcos. Natural e residente no Pego, em Abrantes.
- Francisco Fernando Maria António. De Abrançalha de Cima, freguesia de S. Vicente, concelho de Abrantes.
Cavaleiros do Norte do PELREC: Ferreira, 1º. cabo Vicente (fa-
lecido a 21/01/1997, de doença, em Vila Moreira, Alcanede) e
 Francisco (atrás, de garrafa na boca). Depois, Marcos (meio ta-
pado), furriéis Neto (bigode e braçadeira) e Monteiro (à civil),
 1º. cabo Almeida (f. 28/02/2009, em Penamacor) e NN (cortado);
 Aurélio (Barbeiro) e Leal (f. 18/06/207, de doença e em Pombal)

Da 2ª. CCAV. 8423

- Jorge Luís Domingues Vicente, 1º. cabo. Era de Vila Moreira, em Alcanede, onde faleceu, de doença, a 21 de Janeiro de 1997.
- José Coutinho das Neves. De Rio Mouro e morador em Cabriz, concelho de Sintra.
- Virgílio J. C. Caretas. Desconhecido.
 - Carlos A. Cardoso. Julgado incapaz, não seguiu para Angola.
- Augusto Florêncio. Natural do Midaqueiro, em Santiago de Montalegre, no Sardoal.
- Dionísio Cândido Marques Baptista. Natural da Amora e agora com residência no Seixal. Está emigrado na Suíça.
- Aurélio da Conceição Godinho Júnior. O Barbeiro, de Telheiro, freguesia de Pias, concelho de Ferreira do Zêzere. 
- João Manuel Pires Messejana. Natural da Augusto Machado, em Lisboa. Lá faleceu, de doença, a 27 de Novembro de 2009. Terá sido agente da PSP.

Afonso  e Barbosa de Zalala, 
em festas de anos! 

O atirador de Cavalaria Afonso Figueira da Silva, da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, comemora 71 anos a 9 de Março de 2021. 
Pouco sabemos dela, a não ser que é natural do Montijo, lá regressou, ao nº. 24 do Largo Gomes Freire e a 9 de Setembro de 1975, no final da comissão em Angola. Mais nada sabemos dele. Felicitamo-lo!
Outro «zalala» nascido neste dia, mas em 1952, foi Júlio Araújo Barbosa, também atirador de Cavalaria e que é natural de Arcos de Valdevez. O que sabemos dele também não é muito, a não ser que está(esteve) emigrado em França.





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