Os furriéis milicianos Cruz, rádio-montador, e Viegas, de Operações Especiais (Rangers), ambos da CCS do BCAV. 8423 e nas férias angolanas da Nova Lisboa huambana de Abril de 1975 |
Grupo de militares do BCAÇ. 5015, aquartelado no Songo e do qual, a 14 de Abril de 1975, saiu um Grupo de Combate para reforçar os Cavaleiros do Norte, ao tempo em Carmona e no BC12 |
Aos 14 dias de Abril de 1975, há 46 anos, a guarnição dos Cavaleiros do Norte, em Carmona, foi «temporariamente reforçada» com um Grupo de Combate do BCAÇ. 5015, cuja 1ª. Companhia estava instalada em Chimacongo, passando por Lucunga e Songo.
O objectivo da rotação deste grupo do Songo era claro: «(..) cumprir a intensa actividade de patrulhamentos mistos», que vinham a assoberbar as NT.
«(...) Os incidentes de Luanda e Salazar vieram de ressaca até Carmona, dando origem a que houvesse que fazer intervenção a conflitos diversos, o mais grave deles em 13 de Abril, na própria cidade, aquando uma acção de fogo entre o MPLA e a FNLA, através de elementos das suas forças militares», relata o livro «História da Unidade».
«(...) Os incidentes de Luanda e Salazar vieram de ressaca até Carmona, dando origem a que houvesse que fazer intervenção a conflitos diversos, o mais grave deles em 13 de Abril, na própria cidade, aquando uma acção de fogo entre o MPLA e a FNLA, através de elementos das suas forças militares», relata o livro «História da Unidade».
O incidente é o mesmo que aqui ontem historiado e que originou o louvor do alferes miliciano Meneses Alves.
Lutas entre o MPLA
e a FNLA
Eu e o Cruz continuávamos por Nova Lisboa e Luanda, a capital angolana, recebia uma delegação da OUA e da ONU, formada por 4 elementos e ali deslocada especialmente para, segundo o Diário de Lisboa desse dia, «estudar o panorama político de Angola, onde as lutas entre ao MPLA e a FNLA ameaça pôr em risco a passagem pacífica para a independência».
Eu e o Cruz continuávamos por Nova Lisboa e Luanda, a capital angolana, recebia uma delegação da OUA e da ONU, formada por 4 elementos e ali deslocada especialmente para, segundo o Diário de Lisboa desse dia, «estudar o panorama político de Angola, onde as lutas entre ao MPLA e a FNLA ameaça pôr em risco a passagem pacífica para a independência».
A da ONU, após protesto do MPLA, assegurou que não teria interferência na actividade política. Iriam, durante 10 dias, «estudar as necessidades do país no campo social e económico».
O MPLA, ao tempo, também se opunha ao envio, para Angola, de uma missão da OUA e da ONU para investigar as confrontações armadas ocorridas na cidade. Lúcio Lara, alto dirigente do movimento/partido e chefe da Delegação em Luanda, afirmou mesmo, numa conferência de imprensa, que tal interferência «era contrária aos interesses nacionais».
O MPLA, ao tempo, também se opunha ao envio, para Angola, de uma missão da OUA e da ONU para investigar as confrontações armadas ocorridas na cidade. Lúcio Lara, alto dirigente do movimento/partido e chefe da Delegação em Luanda, afirmou mesmo, numa conferência de imprensa, que tal interferência «era contrária aos interesses nacionais».
Adão Morais, 1º. cabo
de Zalala, faria 69 anos!
O 1º. cabo Morais foi atirador de Cavalaria da 1ª. CCAV. 8423 e faria 69 aos a 14 de Abril de 2021. Faleceu a 7 de Agosto de 2009.
Adão Luís Correia Morais era natural de Fundões, freguesia da Ordem (Lousada), e lá regressou no dia 9 de Setembro de 1975, no final da sua jornada africana de Angola. Profissionalmente, foi canalizador da Câmara Municipal de Lousada e, em 2008, foi operado ao coração, nessa altura recebeu o implante de quatro by-passes. Dessa se livrou!
Adão Luís Correia Morais era natural de Fundões, freguesia da Ordem (Lousada), e lá regressou no dia 9 de Setembro de 1975, no final da sua jornada africana de Angola. Profissionalmente, foi canalizador da Câmara Municipal de Lousada e, em 2008, foi operado ao coração, nessa altura recebeu o implante de quatro by-passes. Dessa se livrou!
O destino traiu-o, em 2009, quando lhe foi despistado um tumor na zona abdominal - a que foi tratado, mas ao qual não resistiu. Faleceu a 7 de Agosto de 2009 e deixou viúva Maria Olívia Neto Morais, 3 filhos (2 rapazes, de 34 e 20 anos, e uma rapariga, de 29) e 3 netos.
Assim nos veio contar o Tomás, em tempo e hoje o recordamos com saudade! Até qualquer dia... RIP!!!
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