quarta-feira, 14 de abril de 2021

5 400 - Cavaleiros do Norte reforçados em Carmona com grupo da BCAÇ. 5015

Os furriéis milicianos Cruz, rádio-montador, e Viegas, de Operações Especiais (Rangers),
ambos da CCS do BCAV. 8423 e nas férias angolanas da Nova Lisboa huambana de Abril de 1975 

Grupo de militares do BCAÇ. 5015, aquartelado
no Songo e do qual, a 14 de Abril de 1975, saiu um
Grupo de Combate para reforçar os Cavaleiros
do Norte, ao tempo em Carmona e no BC12


Aos 14 dias de Abril de 1975, há 46 anos, a guarnição dos Cavaleiros do Norte, em Carmona, foi «temporariamente reforçada» com um Grupo de Combate do BCAÇ. 5015, cuja 1ª. Companhia estava instalada em Chimacongo, passando por Lucunga e Songo. 
O objectivo da rotação deste grupo do Songo era claro: «(..) cumprir a intensa actividade de patrulhamentos mistos», que vinham a assoberbar as NT.
«(...) Os incidentes de Luanda e Salazar vieram de ressaca até Carmona, dando origem a que houvesse que fazer intervenção a conflitos diversos, o mais grave deles em 13 de Abril, na própria cidade, aquando uma acção de fogo entre o MPLA e a FNLA, através de elementos das suas forças militares», relata o livro «História da Unidade». 
O incidente é o mesmo que aqui ontem historiado e que originou o louvor do alferes miliciano Meneses Alves.
Notícia do Diário de Lisboa, sobre
Angola, de 14 de Abril de 1975

Lutas entre o MPLA
e a FNLA 

Eu e o Cruz continuávamos por Nova Lisboa e Luanda, a capital angolana, recebia uma delegação da OUA e da ONU, formada por 4 elementos e ali deslocada especialmente para, segundo o Diário de Lisboa desse dia, «estudar o panorama político de Angola, onde as lutas entre ao MPLA e a FNLA ameaça pôr em risco a passagem pacífica para a independência». 
A da ONU, após protesto do MPLA, assegurou que não teria interferência na actividade política. Iriam, durante 10 dias, «estudar as necessidades do país no campo social e económico».
O MPLA, ao tempo, também se opunha ao envio, para Angola, de uma missão da OUA e da ONU para investigar as confrontações armadas ocorridas na cidade. Lúcio Lara, alto dirigente do movimento/partido e chefe da Delegação em Luanda, afirmou mesmo, numa conferência de imprensa, que tal interferência «era contrária aos interesses nacionais».
Adão Morais
1º. cabo de Zalala

Adão Morais, 1º. cabo
de Zalala, faria 69 anos!

O 1º. cabo Morais foi atirador de Cavalaria da 1ª. CCAV. 8423 e faria 69 aos a 14 de Abril de 2021. Faleceu a 7 de Agosto de 2009.
Adão Luís Correia Morais era natural de Fundões, freguesia da Ordem (Lousada), e lá regressou no dia 9 de Setembro de 1975, no final da sua jornada africana de Angola. Profissionalmente, foi canalizador da Câmara Municipal de Lousada e, em 2008, foi operado ao coração, nessa altura recebeu o implante de quatro by-passes. Dessa se livrou! 
O destino traiu-o, em 2009, quando lhe foi despistado um tumor na zona abdominal - a que foi tratado, mas ao qual não resistiu. Faleceu a 7 de Agosto de 2009 e deixou viúva Maria Olívia Neto Morais, 3 filhos (2 rapazes, de 34 e 20 anos, e uma rapariga, de 29) e 3 netos. 
Assim nos veio contar o Tomás, em tempo e hoje o recordamos com saudade! Até qualquer dia... RIP!!!
- BCAÇ. 5015: Ver AQUI e AQUI

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