sábado, 1 de maio de 2021

5 418 - O 1º. de Maio dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 em 1974 e 1975 !

Os alferes milicianos António Manuel Garcia (que hoje faria 69 anos mas faleceu
a 02/11/1979, de acidente de viação) e José Alberto Almeida. Atrás, estão os 
1º.s sargentos João Barata e Joaquim do Aires. Todos da CCS

Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa, todos
furriéis milicianos: Matos, Guedes e Melo (de
pé). Letras, Gomes e Cruz (que hoje faz
69 anos em Vieira do Minho

O dia 1 de Maio de 1974 foi intensamente vivido nas ruas de Portugal, com manifestações nas principais cidades e vilas do país. 
«O 1º. da Maio da libertação | Festa da Fraternidade do Povo Português», titulava o Diário de Lisboa, jornal vespertino da capital portuguesa.
Os Cavaleiros do Norte, aquartelados no RC4 e respectivo Destacamento, passaram o dia - foi uma quarta-feira... - muito tranquilamente, em serviços de ordem e muita expectativa quando ao futuro próximo. 
Já por esses dias se gritava «não mais nenhum soldado para a guerra», pelas ruas, praças e avenidas de Portugal inteiro. Mas o BCAV. 8423 tinha consciência de que teria de ir: havia combatentes a render.
Notícia do Diário de Lisboa sobre os incidentes de Luan-
da, de Abril para Maio de 1975. Mais de 100 mortos!

Mais de 100 mortos
em Luanda!

Um ano depois, em 1975 e já em Angola, no chão uíjano que foi chão da sua jornada africana, os Cavaleiros do Norte tiveram notícia dos incidentes de Luanda, que dois dias antes tinham «obrigado» os furriéis Cruz e Viegas a ficar em Luanda, depois do abortado voo do avião que os levaria a Carmona.
Ao princípio da noite desse 1 de Maio de 1975 (já estávamos em Carmona) e após 2 dias de lutas entre os movimentos de libertação rivais, as autoridades militares portuguesas lançaram apelos à ordem. Julgava-se, nessa altura, que os combates «causaram mais de uma centena de mortos e feridos».
Pouco depois, reportava o Diário de Lisboa de 2 de Maio, «a FNLA pediu aos seus partidários que cessem imediatamente todas as hostilidade» e «ordenou às suas tropas que regressem aos respectivos aquartelamentos». O presidente do MPLA, Agostinho Neto, aconselhou os militantes do seu partido «a evitarem qualquer acção ofensiva».
O recolher obrigatório continuava durante a noite e a imprensa dava conta que «a cidade continua a viver num clima de tensão, embora o tiroteio tenha praticamente terminado durante a tarde».
Fôra dessa cidade que, menos de um dia antes, tinham saído os furriéis milicianos Cruz e Viegas.
António M. Garcia

Os (não) 69 anos do
alferes António Garcia

O alferes miliciano António Manuel Garcia faria 69 anos a 1 de Maio de 2021. Hoje! Tragicamente, faleceu a 2 de Novembro de 1979, vítima de um acidente de viação, ao serviço da Polícia Judiciária.
Cavaleiro do Norte da CCS do BCAV. 8423 e comandante do PELREC, era natural de Pombal de Ansiães, em Carrazeda de Ansiães. Cursou Operações Especiais (Rangers) em Lamego, no segundo turno de 1973, com os também alferes Sousa (1ª. CCAV. 8423), Machado (2ª. CCAV.) e Rodrigues (3ª. CCAV.) e os furriéis milicianos Monteiro, Viegas e Neto (CCS), Pinto (1ª. CCAV.) e Letras (2ª. CCAV.).
Comandou o PELREC e afirmou-se como militar corajoso, durante a nossa jornada africana do Uíge angolano. 
O louvor publicado na Ordem de Serviço nº. 162 refere que «como comandante do PELREC, sempre manifestou o maior desembaraço e competência, possuindo alto espírito de sacrifício em todos os momentos difíceis em que foi necessária a sua acção, salientando-se a sua colaboração sempre pronta e esforçada à actividade operacional desenvolvida na cidade de Carmona, aquando dos graves incidentes aí verificados».
«Possuidor de boas qualidades morais,. humanas e militares, o alferes Garcia constituiu sempre um todo coeso com os soldados que comandava, com o que muito contribuiu para que na sua Companhia se mantivesse perfeita disciplina e respeito pela hierarquia, muito facilitando a missão do comando que directamente servia, isto sem que deixasse de merecer o respeito dos seus subordinados, o que o torna merecedor do presente louvor», sublinha o documento.
Hoje, no dia em que faria 69 anos, o recordamos com saudade. RIP!
António O. Cruz

Furriel Cruz, 69
anos em Vila Verde

O furriel miliciano António Oliveira Cruz, da 2ª. CCAV. 8423, nasceu há 69 anos - dia 1 de Maio de 1952. Mas só foi registada no dia 4 seguinte.
Natural do lugar de Figueiró, na freguesia de Mosteiro, do con-
celho de Vila Verde, lá regressou a 10 de Setembro de 1975 - depois da jornada africana de Angola. Cavaleiro do Norte da Aldeia Viçosa, foi atirador de Cavalaria de especialidade militar, cursou na Escola Prática de Cavalaria em Santarém e regressou a Portugal no dia 10 de Setembro de 1975. 
 Fixou-se na sua terra natal, foi professor e, já aposentado, por lá vive e para lá vão os nossos parabéns!
  
F. Carlos


Carlos, sapador da CCS,
69 anos em Tondela !

O soldado Francisco Simões Carlos foi sapador do pelotão comandado pelo alferes miliciano Jaime Ribeiro, do BCAV. 8423.
Cavaleiro do Norte da CCS, a companhia do Quitexe uíjano (e depois no BC12, em Carmona), regressou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975, no final da sua (e nossa comissão miliyar em Angola).
Regressou à sua natal terra do Botulho, no município de Tondela, onde vive e onde é empresário do sector das limpezas. Comemora 69 anos e para ele vai o nosso abraço de parabéns.
A Fazenda Maria João, a de Zalala


Gonçalves, 1º. cabo de
Zalala, 69 anos em França !

O 1º cabo Joaquim Teixeira Gonçalves foi 1º. cabo atirador de Cavalaria, da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, e festeja 69 anos a 1 de Maio de 2021.
Cavaleiro do Norte de Zalala e depois de Vista Alegre/Ponte do Dange, Songo e CCarmona, regressou a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975, ao lugar de Lordelo, freguesia de Veade, em Celorico de Basto. 
Sabemos,  por informação do furriel miliciano João Dias, que esteve (ou está)  emigrado em França e será lá que festeja os seus 69 anos!
Onde quer que sejam, os nososs parabéns/






Sem comentários:

Enviar um comentário