Cavaleiros da 1ª. CCAV. 8423, em Santa Margarida: 1º. cabo Hélio Cunha, furriel Américo Rodrigues, alferes Lains dos Santos e furriéis Plácido Queirós e Américo Rodrigues. E os que estão mais atrás? |
O dia 2 de Maio de 1974, uma quinta-feira de há 47 anos, foi tempo de «efectivamente decidida a realização dos exercícios da Instrução Operacional». Para decorrerem «entre 3 e 10 de Maio», lê-se no livro «História da Unidade».
O BCAV. 8423 estava, ao tempo, aquartelado mo campo Militar de Santa Margarida, no RC4 (e respectivo Destacamento), com destino marcado para Angola. Faltava saber o dia.
O condutor Vicente Alves e o atirador Ezequiel Silvestre (1º. cabo) em 2016 |
A véspera fôra dia do primeiro 1º. de Maio depois do 25 de Abril, com dezenas de comícios e manifestações por todo o país e um «grito» transversal a todas elas: «Independência imediata para as colónias» - por estas se subentendendo Angola, Moçambique e Guiné/Cabo Verde. Não se falava em Timor, nem em S. Tomé e Príncipe.
Kennetk Kaunda, presidente da Zâmbia e nesse dia falando em Lusaka, a capital do país e na sua primeira declaração oficial depois do 25 de Abril português, pediu ao novo regime de Lisboa para que «conceda a independência a Angola e Moçambique». E reafirmou o seu apoio aos «movimentos de libertação que lutam contra as forças militares portuguesas em territórios africanos».
Um ano depois e com os Cavaleiros do Norte a jornadear pelo Uíge, e citamos o Livro de Unidade, «pareceria que o fim tácito de vários anos de guerra em Angola traria como consequência situações de acalmia em todo o território». Mas não era bem assim, como se afirmava nos muitos incidentes militares entre os movimentos emancipalistas - e em particular entre o MPLA e a UNITA - que, só em Luanda e como ainda ontem aqui lembrámos, resultaram, nas vésperas, em «mais de uma centena de mortos»
Victor Velez |
Velez, furriel de Zalala,
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